Prólogo

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Seus saltos altíssimos batiam contra o piso daquele corredor mal iluminado enquanto ela caminhava lentamente

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Seus saltos altíssimos batiam contra o piso daquele corredor mal iluminado enquanto ela caminhava lentamente. Escondia os seus fios  castanhos por uma peruca curta e platinada, trajando um sobretudo bege escondendo a lingerie provocante que usava, a maquiagem forte destacava seus olhos claros e o batom vermelho coloria os seus lábios os deixando parecidos com a mais bela das rosas. A garota era estonteante e sabia disso, pois não hesitava em usar os seus atributos para conseguir o que queria. E agora estava com problemas, uma guerra estava prestes a começar e ela tinha grande parcela de culpa nisso. Tinha que admitir.

Enquanto caminhava naquele corredor de um hotel decadente e sujo, ela pensava em como as coisas fugiram de seu controle. Seu pai está doente, mas mesmo assim não descansaria enquanto não encontrar o seu namorado e mata-lo  lentamente. Afinal, ele havia quebrado o código de honra, traiu a Cosa Nostra. A garota achava esse código uma tolice, já que a única coisa errada que o homem que ela amava havia feito, foi finalmente lhe dar uma chance sem pensar nas consequências que esse envolvimento traria. Mas agora não podia voltar atrás, já estava feito. E seu pai estava morrendo, ela teria que tomar decisões, decisões essas que uma garota de 20 anos comum não deveria ter que tomar, mas ela nunca foi uma garota comum. Ela era Chiara Martinelli. A Principessa da máfia siciliana, não poderia se dar ao luxo de querer ser normal.

Parando em frente a porta, dá três batidas suaves e a mesma se abre. Ela adentra o pequeno quarto abafado rapidamente, era o sinônimo decadência, as pinturas nas paredes estavam gastas, o piso que era de madeira rangia, cortinas rasgadas e a única janela presente no recinto, tinha o seu vidro quadrado. O lugar cheirava a mofo, Chiara olhava para tudo aquilo com um olhar enojado. Pensava em como os padrões dele tinham decaído bastante, o cara que não se contetava com menos do que o melhor,estava hospedado em um hotel caindo aos pedaços, na área mais perigosa de Chicago. E então seus olhos param nos dele.

— Só você para me fazer vir a esse lugar horroroso.— olha em volta.— Você decaiu muito, Ruggero.

— O que eu posso fazer se seu pai está me caçando por Chicago inteira? — Luca se aproxima de Chiara.— Eu não podia voltar para o meu apartamento.

— Nunca pensei que veria você se comportando como um covarde.— solta um riso sem humor e tira a peruca bagunçado os seus cabelos.— O que aconteceu com o eu enfrentaria tudo por você, Chiara?

— Não se comporte como Brianna, essa merda não é um conto de fadas.— Luca a olha seriamente.— Você sabe muito bem o quanto é sério. E você sabe perfeitamente, como o seu pai é. Se ele por as mãos em mim, eu estou morto. Literalmente morto.

— Eu sei.— solta um suspiro cansado.— Me desculpa por falar isso. Eu estou pirando.— fecha os olhos.— Meu pai está doente, mas mesmo assim não para de caçar você pela cidade inteira. Ele está decepcionado comigo porque descobriu o meu trabalho, Brianna está vivendo em seu mundinho cor de rosa de recém casada.— começa a andar de um lado para o outro.— Aquela garota nunca tinha feito nada de imprudente! Como de repente, ela foge e se casa com o seu irmão? Seu irmão!

— Isso é muito simples, a idéia foi de Rafaello.— Luca ri.— Ele sabia que se casando com a sua irmã, seu pai não poderia fazer nada a respeito. Já está feito, eles estão juntos e felizes.

— Aquela falsa puritana.— começa a rir.— Por que não tivemos essa idéia?

— Ainda dá tempo! — me olha em expectativa.— Eu te chamei aqui por um motivo forte. É a nossa última chance.

— Você pensou em uma saída? — abre um sorriso.— Ótimo. Porque eu pensei, pensei, e não encontrei solução alguma. Sou toda ouvidos.

— Foge comigo.— diz de uma vez.— Eu estou indo para a Itália nas próximas horas. Fugimos e nos casamos, seu pai não poderá fazer mais nada contra nós.— abre um sorriso.— Então, o que me diz?

Chiara para no lugar. De todas as soluções que ela pensou que Luca falaria, essa seria a menos provável. Ela queria dizer sim, ela queria dizer mil vezes que aceitava ser feliz com ele, mas as coisas não acontecem como nós queremos. Os problemas aparecem e você precisa lidar com eles, mesmo que para isso tenha que abrir mão de sua felicidade. Agora as coisas mudaram, ela precisava tomar as rédeas da situação, precisava assumir o seu lugar que era de direito na famiglia, criar responsabilidades. Não tinha espaço para uma fantasia. Isso era o mundo real. E então ela falou.

— Não.

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