The comeback - Capítulo VII

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• Estou paranóico pra caramba
E eu quero ir pra casa
Mas não há lugar para fugir.
Parece que faz muito tempo desde que eu estive com a cabeça no lugar.

- Young the Giant

•◦ೋ•◦Pov Hayley M.◦ೋ•

Abri os olhos um por um, com certa dificuldade.
Inspirei fundo, piscando algumas vezes.
E assim que finalmente consegui focar a visão, me deparei com uma das melhores e mais raras visões que eu poderia ter.
Seus olhos estavam fixos em mim, em uma expressão ainda sonolenta e preguiçosa.
Pisquei de novo. Me certificando de que eu estava realmente acordada e que aquilo estava acontecendo.
"Bom dia", sua voz rouca e matinal ecoou pelo quarto.
Esbocei um pequeno sorriso por isso, por Deus, eu poderia me acostumar a acordar com isto todas as manhãs. Sem dúvida alguma.
Vê-lo tão de perto era algo tranquilizante.
Antes que eu pudesse ao menos responde-lo, fui trazida ao mundo real com o choro de Hope.
Eu mal pisquei, e ele já havia saído dali e ido em direção ao quarto ao lado.
Me sentei na cama com pressa, olhei pro meu próprio corpo, vendo que eu usava apenas sua camisa e a calcinha. Deduzi estar sem sutiã, assim que eu vi oque supostamente seriam os trapos dele no chão logo a minha frente.

Klaus: - Tudo bem, ela só acordou antes de nós

Sua voz me tirou de meus desvaneios, dei um longo suspiro, aliviada.
Me levantei dali, indo em direção a ambos.

- Bom dia...

Eu disse finalmente, dando um sorriso e pegando-a em meus braços.

{...}

Rebekah: - Por que diabos você está tão aérea hoje, Hayley?!

Rebekah quase gritou, jogando em minha direção um paninho de prato que estava em cima da ilha da cozinha.
Não respondi.

Rebekah: - Na verdade, talvez eu saiba ou imagine muito bem o porquê disso... Como foi sua noite, "Lobinha"?

Ela perguntou com ironia, frisando bem a última palavra, e imitando o mesmo sotaque que Klaus usava.
Revirei os olhos, jogando o pano de volta.

- Oh... cale a boca!

Ela riu, e então ouvimos um resmungar de Hope, que estava no berço.

Rebekah: - Eu cuido disso, querida. Você deve estar cansada.

Riu mais uma vez. Bufei em resposta.
Na verdade, ela estava certa. Em alguns termos.
Mas eu óbviamente não iria admitir isso.
Me sentei em um dos bancos que haviam ali, encarando algum ponto fixo no ar.
Lembrar das coisas que aconteceram na noite passada já era o suficiente pra fazer meu corpo arrepiar.
Oque na verdade, é estranho. Estranho saber que ele tem controle sobre mim mesmo estando longe.
E que as lembranças de coisas que aconteceram a apenas algumas horas são capazes de me torturar.
Mentalmente. E físicamente.
Balancei a cabeça, tentando afastar esses pensamentos.
Nós ainda não tínhamos conversado sobre, Rebekah voltou cedo pra cá, e Klaus teve de voltar pra Nova Orleans, resolver algumas coisas que envolviam bruxas ou algo do tipo.
A verdade é que mesmo tentando evitar, todos os meus pensamentos voltam pra ele.
Mesmo sendo errado.
Mesmo sabendo que isso pode magoar alguém que ele ama. E que talvez, eu ainda ame também.
De qualquer forma, eu não tive a oportunidade de esclarecer algumas coisas.
Não tive a oportunidade de dizer que não foi por vingança.
Que aconteceu porque eu simplismente não conseguia mais fingir não sentir.
Eu não posso ser egoísta.
Não posso ficar entre irmãos.
Não posso estragar ou interver uma relação que dura milênios.
Eles são a base um do outro. E eu não posso simplismente estragar isso.
Não posso.

I saw the love in your eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora