Proposta

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Alguns dias mais tarde, enquanto o inverno se aproximava e trazia o frio intenso consigo, lá ia Bianca atrás de seus amigos para poder alertá-los de seu grupo rival. De forma arriscada, ela desce por sua janela e quando enfim toca o chão, aperta os passos para longe de casa.

Estava indo rumo à casa de Daniel, já que era o único que ela conhecia o caminho. Quando passou pelo centro comercial, sentiu uma mão em seu ombro esquerdo. Como instinto, ela pegou a mão do sujeito e torceu junto com seu braço, fazendo ele se ajoelhar e soltar um gemido de dor.

— Calma, calma Bia! Sou eu, Andy!

— Anderson? – ela soltou assustada o braço torcido e olhou para ele. — Meu Zeus! Perdoe-me Anderson, eu não tive a intenção. Tu chegaste tão de repente que me assustou. Perdoe-me de verdade.

— Tudo bem Bia, tu quase me arrancastes o braço, mas está tudo certo – ele riu com o braço ainda dolorido, fazendo a princesa ficar corada de tanta vergonha. — Não precisas ficar tão sem graça, prin... Bianca – corrigiu-se rapidamente e olhou para os lados, verificando que ninguém tinha escutado. Suspirou aliviado. — E podes me chamar de Andy. Estava indo para a casa do Dani?

— Por certo que sim, mas ainda bem que te encontrei pelo caminho. Vamos, venha comigo Andy.

— Queres conversar conosco? Não preferes que eu vá atrás do Lico e encontro contigo e o Dani lá?

— Pode ser, é uma boa ideia. Vá atrás do Lico que eu sigo para a casa de seu amigo.

Assim que se separaram, Anderson foi para o primeiro lugar onde sabia que encontraria o amigo: no bar, cantando umas mulheres, é claro. Dito e feito, quando Andy chegou em um dos poucos bares do vilarejo, viu Lico recebendo um belo tapa na cara de uma das moças que estava ali e tão pouco se importou.

— Lico! – o rapaz olhou em sua direção e acenou. Andy acenou de volta, como quem estava chamando para que viesse até ele.

— Oi Andy, que fazes aqui há esta hora? Não deverias estar na oficina com teu pai? – indagou com uma das sobrancelhas levantadas.

— Deveria, mas acabei encontrando com a princesa – sussurrou a última palavra — e parece que ela está nos convocando para uma espécie de reunião.

— Reunião? Será que ela dará boas notícias?

— Não sei, vamos para a casa do Dani. Marcamos de nos encontrar lá.

~

— Que bom que já chegais, preciso ser breve antes que deem conta de minha ausência no castelo – Bia apressou-se assim que os meninos atravessaram a porta da casa de Daniel. — Trago más notícias. Depois da vossa apresentação, outro grupo apareceu lá para se apresentar. Parece que os boatos de que um grupo havia se apresentado correu rápido no reino – olhares apreensivos encaravam a princesa. — E agradou ao meu pai.

Suspiros e resmungos foram soltos das bocas ali presentes. Elídio encostou-se no sofá, largado. Anderson mantinha a cabeça baixa e as mãos atrás da nuca. E Daniel apoiava seu queixo na mão direita. O clima era de derrota e fracasso.

— Parece que este grupo faz um tal de improviso – Bia disse como se não fosse lá grande coisa, para tentar animar um pouco os meninos. O que não deu muito certo.

— Improviso? Isso deve ser coisa daquele sujeito, o Márcio e os seus outros amigos – Daniel diz com desdém.

— Calma rapazes, nem tudo estás perdido. Podemos reverter a situação.

— E como? – perguntou Lico. — Eles são bons no que fazem, e tiram gargalhadas de muita gente.

— Sim! Eu já os vi se apresentando na praça principal. Juntou uma multidão para vê-los – Andy complementou, reforçando a ideia de que os rapazes eram muito melhores que eles.

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⏰ Última atualização: Sep 25, 2018 ⏰

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