Mafioso Possessivo - Livro Bônus

Capítulo 9

Nikolail Vodkov 

Dois Meses depois... 

Esses dois meses que se passaram não podiam ter sidos mais felizes, Debi está completando três meses e sua barriguinha já é tão evidente. Eu me tornei tão babão que estou me desconhecendo, mais o que não mudou foi minha proteção e possessividade quanto a ela e o nosso bebê. 

Depois da descoberta da sua gravidez, fomos ao médico que nos disse que ela já estava de um mês. Poder escutar o coração do nosso bebê foi a coisa mais incrível que já senti, sempre achei que fosse bobagem mas não, eu chorei feito criança. Meu coração explodiu de alegria por estar vivendo aquele momento tão lindo e claro, junto na mulher que eu amo.

Eu tenho me controlado muito e estou conseguindo parar com as drogas, o cigarro ainda não consigo. Eu não posso e não quero dar exemplo errado para essa criança que vai nascer, não quero ser como meu pai. Eu não posso ser! Eu quero que esse bebê aprenda valores que eu não aprendi, quero que esse bebê sinta orgulho de me ter como pai e não raiva. Deborah está sempre tentando me confortar e dizer que eu não tenho nada a ver com Igor, mas eu sei que sou a cópia dele em muitas coisas e isso me dói por dentro. 

Eu fiz muitas coisas e a maioria não posso apagar, mas vou tentar ser um bom pai, marido, filho, pois o que me resta agora é recuperar o tempo que perdi. Meu irmão agora comanda tudo, eu realmente me desliguei de tudo e não me arrependo. Mesmo ele vindo aqui diariamente me pedir conselhos, como nesse exato momento. 

-Eu já te falei que para lidar com esses caras, você precisa se impor Rodrigo. - gesticulo. - Eles não podem dar pitacos, sua palavra é lei. 

-Eu não sou você Niko. - ele bufa. - Isso tudo é mais complicado do que pensei. 

-Complicado é ficar uma semana sem trepar. - digo. - Olha, seja firme e faça o que estou falando e se não der certo, aponte uma arma na cabeça de um deles e assunto resolvido. Você manda e não eles, você tem o poder então use ao seu favor irmão. - pisco pra ele sorrindo. 

-Você está muito folgado, não vai mesmo me ajudar?

-Você tem o tio Bóris, ele está com você. - toco no seu ombro. - Eu preciso de paz pra cuidar da minha mulher e do nosso bebê que está a caminho, eu já fiz muito e ganhei muita grana. Está na hora de você conquistar o mundo e eu vou ver de longe, claro sempre que precisar de mim estarei aqui. 

-Ás vezes parece que tudo não passou de uma piada. - ele ri. - Você venho pra cá com a intenção de tomar minha mulher de mim, queria fazer um inferno na nossa vida, depois descobre que somos irmãos, você vira melhor amigo da sua ex agora minha esposa, conhece Deborah, vai casar e ser pai... Parece piada. 

-Sim, parece. - sussurro. - A vida deu uma volta em mim surpreendente... Foi bom! Hoje eu sou uma pessoa mais feliz, conheci a mulher da minha vida... Não posso reclamar das voltas que o mundo deu. - ele ri. 

-Eu também não posso reclamar. 

Depois que ele foi embora, eu saiu pra ir buscar a teimosa da minha namorada na faculdade. Mesmo depois de falar que não queria que ela fosse, ela não me obedeceu e foi mesmo assim.

-Amor! - ela sorri ao me ver. 

-Demorou. - falo de mau humor ao ver aquele tal de Paulo perto dela.

-E ai cara! - ele me estende a mão e com muita dificuldade eu aperto a mão dele. - A culpa é minha, Debinha tava me ajudando na biblioteca. 

-Debinha? - eu resmungo. - Quanta intimidade... 

-Niko, por favor. - ela me olha de cara feia. - Espero ter ajudado Paulo, amanhã eu não venho tenho médico então só nos vemos segunda.  

-Ah que pena, minhas manhãs não são ás mesmas sem você. - fala sorrindo e dá um beijo no rosto dela, me fazendo o assassinar com o olhar. - Bom... Já vou. - gagueja ao olhar pra mim assustado.