3 de fevereiro de 2018
07:30Descia as escadas ainda de pijama, já sorridente, como de costume.
Sua mãe sentada num banquinho perto do forno, observava o bolo que começava a deixar um cheirinho delicioso pela casa.- Bom dia, Am. Como vai a aniversariante?
Pergunta boba... Soledade, mãe de Amélia, tinha certeza na resposta que receberia da filha.Na mesa, um cartão vermelho escrito "Amélia" em letra de forma caprichada se destacava em meio aos pratos e talheres do café da manhã, e sem exitar, Am o abre sorrindo, esperando ser de seu pai, já que o mesmo morava longe por conta do trabalho.
"Querida Am,
Deve estar se perguntando o porquê de ter recebido uma carta em vez de uma mensagem decorativa pelo celular ou coisa do tipo... mas pelo que te conheço, coisas simples te fascinam, e pensei que uma carta serua capaz de arrancar um sorriso verdadeiro desse teu rostinho... bom, não é seu pai, mas acho que uma carta de um amigo não é nada mau, não acha? Am, sei que não nos vemos mais, mas isso não muda o fato de eu realmente querer ver você feliz. Não quero que sorria por força do hábito, te conheço melhor que ninguém e sei que concorda comigo.
Bom, se não me engano hoje é seu aniversário, e mais que qualquer um, desejo parabéns por continuar aqui, sempre sorridente e assim do jeito que é. Agora, Amélia, te peço com todo meu coração, quero poder mandar essa carta muitas vezes mais, não faça nada que eu não faria, ok?Do seu velho amigo, Gusta."
Aquela carta mexeu com Am... não era de seu pai, e sim de Gustavo, o único no mundo que realmente a conhecia. A única pessoa que que ela podia contar, a única que ela queria poder contar.
15:45
Bolo sobre a mesa, velas acesas. Familiares reunidos em volta dela cantando.
Ao final de tudo, o mais esperado do Parabéns. Am sopra as velas, todos a aplaudem e então num sussurro ela parece gritar em silêncio:-Desejo estar morta...
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sem título
RomanceNão ia escrever essa história, não acho boa, tem mil histórias melhores, fanfics e poemas... por que perder tempo com essa?