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O pequeno menino estava sentado na cadeira daquele hospital quase vazio, seus olhos estavam pesados, ele está com sonho, mas não poderia dormir, não alí, não quando sua mãe estava lutando contra a morte.

Ele segurava com força seu ursinho de pelúcia, orava mentalmente para qualquer ser divino que podesse atender seus pedidos naquele momento.

Ao seu lado, seu pai tinha os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça sendo segurada pelas suas mãos, ele batia o pé no chão em agonia, sussurrava algo baixinho, ele estava nervoso, assim como seu filho.

– Papai? - O menininho o chama.

Seu pai o olha com os olhos vermelhos.

– Sim pequeno. - Fala com a voz fraca.

– A mamãe vai ficar bem? - Pergunta preocupado.

– Vai... Vai sim, se Deus quiser. - Fala um pouco nervoso.

O pequeno sai de sua cadeira e vai na frente de seu pai.

– E Deus quer, não é? - Pergunta inocente.

seu pai sorrir fraco, pega o seu filho e o põe no seu colo.

– Quer sim. - Fala dando um beijo na testa de seu pequeno.

O menor  olha para sua roupa, ele ainda estava com seu pijama listrado azul-marinho.

– Estou com sono - Fala o pequeno encostando sua cabeça no peito de seu pai.

– Durma um pouco, daqui a pouco a mamãe já vai estar melhor. - Fala acariciando os cabelos castanhos de seu filho.

– Eu não consigo dormir.

o pequeno escuta seu pai suspirar.

– Eu também não...

fica alguns minutos em silêncio até escutarem passos se aproximarem.

Um homem alto de cabelos grisalhos e com um jaleco branco para perto dos garotos sentados na cadeira, atraindo a atenção do mais velho.

– Senhor Chris Joseph? - Pergunta o médico.

– Eu mesmo. - Responde o Joseph mais velho.

O pequeno em seu colo olha para o médico a sua frente.

– Tenho notícias de Kelly Joseph. - Fala em um tom pouco abalado.

– Ela está bem? A cirurgia ocorreu tudo bem? - Pergunta Chris apertando seu filho mais contra seu corpo

– Cadê a mamãe? - O menor fala baixo.

O homem suspira.

– Eu... Eu sinto muito, ela... ela faleceu. - Fala em tom triste.

C-como a-assim?! - Chris pergunta sentido as lágrimas se acumularem em seus olhos novamente.

– A-a mamãe morreu?! - O menor fala ofegante com lágrimas escorrendo de seus olhos.

– Sim, eu e minha equipe tentamos de tudo, mas não conseguimos, a batida do carro foi muito forte, acabou quebrando uma parte da medula espinal e causando um...

O pequeno sentiu-se desesperado, seu coração batia rapidamente, lágrimas atrás de lágrimas saiam de seus olhos, sua respiração era erradica, ele não escutava mais nada que o médico falava. Ele sentia uma dor enorme dentro de si, maior que qualquer dor de ter um joelho arranhado ou maior que a dor de tentar andar de bicicleta sem as rodinhas e acabar caindo, era uma dor que não se resolvia com uma lavagem de água corrente, um Band-aid e um beijinho.

Tyler Joseph sentiu uma parte de si indo embora, se sentia fraco, se sentia incapaz de fazer algo.

O olhar do Joseph menor foi atraído quando viu alguém saindo de trás do médico, era um menino, ele tinha a mesma altura de tyler, na verdade ele era igual ao pequeno, parecia que Tyler se vendo no espelho, mas um espelho um pouco estranho, o menino a sua frente tinha roupas pretas, as únicas peças de roupa que não eram pretas nele era sua touca sua meia, ambas eram vermelhas, assim como seus olhos. Tyler percebeu que as mãos e o pescoço do seu "clone" também eram pretas, como se fosse uma tinta.

O menino sorriu de canto olhando para Joseph menor.

Tyler sentiu medo.

O menino a sua frente apontou para o que parecia ser as mãos de Tyler, o último olhou para suas mãos que segurava seu ursinho, vendo que elas estavam se tornando pretas, assim como a do menino que estava a sua frente.

Tyler fechou os olhos, afundou seu rosto no peito do seu pai e segurando firmemente a blusa do mesmo.

O Joseph menor sentia seu pai soluçar.

Tyler voltou a olhar para suas mãos, elas estavam normal novamente, ele olhou para onde o menino estava e se assustando ao não o ver mais lá.

Seu cérebro pareceu voltar a realidade assim que escutou seu pai falar repetidas vezes a palavra "não" e o abraçar.

– Me desculpe senhor... - O médico fala desanimado ao ver o pai e o filho sofrer.

– A culpa não é sua, você tentou seu melhor para mantê-la viva, a culpa não é sua--

– A culpa de D-deus. - Tyler fala soluçando.

– Não, não meu filho, não fale isso...

– Foi s-sim, você falou se ele quisesse a mamãe ficaria bem, mas ele não quis, ele quis que ela mo-morresse, a culpa é dele! - Tyler Fala se alterando.

– Eu vou deixar vocês sozinhos... - O médico fala saindo de perto dos Joseph.

Chris suspira e segura o rosto do seu filho limpando as lágrimas que pareciam infinitas nas bochechas vermelhas dele.

– Deus não teve culpa, meu filho. E-ele levou sua mãe para um lugar melhor, ela vai estar feliz lá. - Chris fala baixo e sofrido fazendo com que mais lágrimas saíssem de seus olhos.

– Por que ele levou ela da gente? Ela não estava feliz com a gente? - Pergunta o menor chorando mais ainda.

Seu pai nega com a cabeça e encosta sua testa com a do seu filho.

– Eu não sei, meu filho...

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mais uma FIC

uma FIC com o blarifaice pq tava com vontade

espero que vcs gostem dessa FIC, já tenho um possível final para ela hehe

Acho que deve ter muitas pessoas nervosas agr por conta da eleição (eu sou uma delas), mas eu espero que vc fique bem, respira e tenta se distrair, vai ficar tudo bem...

please, help me  ~Tysh~Onde histórias criam vida. Descubra agora