Capítulo 10

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       - Minha namorada? Noah a indaga atônito

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       - Minha namorada? Noah a indaga atônito. De onde ela havia tirado isso? Não acreditava que Cris tinha dito à ela que ele tinha uma namorada. Ele estava querendo morrer, só podia! - Sim, a tal da Camila. Diz com um tom de ironia na voz. - Camila não é minha namorada. Diz sério. Nem era e nunca ia ser! - Não é o que parece. Ela diz dando de ombros. Ele sorri de lado. - Não é. Fala firme. - Eu vi vocês se beijando. Diz irritada. - Sim a gente se beijou mais é só, não tem namoro. Diz passando às mãos pelos cabelos. - O Cris me contou o que ela fez lá no bar quando o viu com uma amiga. Fala. - Ela é uma maluca. Diz e sorri. - A gente nunca teve nada, mas ela insiste em ficar no meu pé. Fala olhando-a. - Se não a quer porque não diz à ela? Pergunta nervosa. - Madie eu já falei um monte de vezes e ela não se toca. Diz entre sorrisos.
        Porque ela não conseguia manter a boca fechada? Estava se sentindo irritada demais ao falar sobre a tal Camila. E o pior que ele dizia que não rolava nada entre os dois, é claro que havia algo mais. - Eu e Camila foi só sexo, só isso e nada mais. Ele fala e a deixa constrangida. Abaixa o rosto sentindo-o aquecer de vergonha. Não queria falar nada relacionado à sexo com ele, era um tema bem perigoso para se tratar com ele. - Isso não me importa. Diz querendo encerrar o assunto. Noah fica em silêncio a observando. - Então que tal amanhã irmos dar um passeio por Nova York? Pergunta. - Não sei. Responde com sinceridade. - É só um passeio, creio que ainda não conhece direito por aqui. Insiste com um sorriso arrasador. - Tá certo, eu irei. Concorda. - Amanhã depois do café. Diz e sai deixando-a só.
        Madeleine se levantou da cama no dia seguinte morrendo de sono, e tinha motivos para isso, havia passado a noite quase toda acordada pensando na conversa com Noah. E o fato de ter marcado aquele passeio com ele piorou mais a situação, ela ficou horas e horas imaginando como seria andar com ele conhecendo essa cidade maravilhosa e bastante agitada. Quando caiu no sono era de madrugada,então acordou cedo para se arrumar. Cambaleando de sono foi para o banheiro onde tomou um banho gelado para acordar de vez, sua mãe sempre dissera que um bom banho de água fria espantava a preguiça e o sono. Após terminar se enrolou em uma toalha e escovou os dentes. Demorou um pouco ajeitando e secando os cabelos, e logo se arrumou vestindo um macaquinho floral de fundo preto com flores amarelas. Calçou tênis brancos e fez uma maquiagem básica que Jena havia ensinado. Já pronta saiu do quarto e desceu às escadas e se dirigiu a cozinha onde estava Grace, Roger e Jena já sentados à mesa do café da manhã. - Bom dia. Ela cumprimenta à todos. - Bom dia Madie. Jena responde com um sorriso admirador. - Está linda! Onde vai? Grace pergunta sem conter a curiosidade. - Iremos dar um passeio pela cidade. Madeleine responde sentando-se à mesa. - Com quem? Grace a indaga mais uma vez. - Mãe deixe de ser curiosa, Jena a repreende porém com um sorriso. - Eu só queria saber, até porque ela não conhece Nova York direito e é um pouco perigoso andar por aí sozinha. - Ela irá comigo. Noah diz ao chegar na cozinha e ouvir a conversa. Jena olha para Madeleine com curiosidade enquanto Grace solta um risinho tranquilo. - Que bom que vocês estão bem, só não faça merda outra vez. Grace fala. - Sim mãe, esquece isso. Noah diz ao encher a sua xícara de café. - Madie onde você colocou a minha xícara de porcelana? Não a encontrei no lugar. Grace diz ainda sorrindo. Noah olha para Madeleine tentando não sorri.
         Madeleine engole seco ao ser perguntada sobre a xícara, o que iria falar? Meu Deus, estava ferrada! - Eu... Eu.. - Eu quebrei sem querer. Noah diz a interrompendo. Grace solta a colher na mesa. - Quebrou? Pergunta baixo. - Foi sem querer, eu juro. Noah fala sorrindo sem graça. Grace sai da mesa e vai até a pia onde se apoia e inclina a cabeça procurando por controle. - Mãe era só uma xícara, posso comprar outra. Fala e na mesma hora recebe um pano de prato mesmo em seu rosto que foi jogado pela sua mão. - Saia daqui! Grita com raiva. - Grace se acalme. Roger se levanta e tenta se aproximar dela que se esquiva. - Acho que vou matá-lo Roger. Diz já chorando. - Era a xícara da minha mãe quer era da minha avó, nunca foi quebrada! Grita entre lágrimas.
         Madeleine engoliu em seco e olhou para Noah que já estava de pé pronto para correr dali se sua mãe resolvesse se vingar. Não era justo ele pagar pelos erros dela, eles já tinham brigado no dia anterior. O certo era contar a verdade, sempre a verdade. - Não foi o Noah quem quebrou fui eu. Madeleine diz quando Grace choramingava nos braços do marido. Jena arregalou os olhos ao vê a ousadia dela de falar a verdade. Grace olha para Madeleine e limpa às lágrimas. - Madie não precisa querer defendê-lo. Fala em um sussurro. - É verdade, fui eu que quebrei, estava falando e a xícara escorregou das minhas mãos. Disse e esperou a enxurradas de palavras que devia vim. Grace apenas a olhou e sorriu. - Tudo bem, era só uma xícara. Diz limpando o rosto molhado. Jena e Noah olhava para ela perplexos, sem entender a calma de sua mãe. - Me desculpe senhora Grace, não irei pegar em suas louças. Diz envergonhada. - Está tudo bem, não se preocupe. Diz e se aproxima. - Agora vai passear um pouco. Diz e olha para Noah. - E você, foi bonito o gesto que fez tentando protegê-la. Fala e passa a mão no seu rosto.
       Ainda atônito com atitude da mãe, se dirigiu à moto ao lado de Madie que continuava calada. - Poxa minha mãe deve gostar muito de você, estava disposto a me matar duas vezes. Diz sorrindo e entregando o capacete a ela. - Talvez vocês que exageram sobre a reação dela. Ela diz e coloca o capacete. - Você viu a reação dela. Fala entre risos e fecha o capacete dela e logo coloca o seu.
          Depois de dirigi por alguns minutos ele para no Central Park e desce da moto e a ajuda a fazer o mesmo. Ela lhe deu um sorriso tímido enquanto ele guarda a os dois capacetes na moto. - Já veio aqui? Ele pergunta. - Não, só em televisão. Diz olhando ao redor, era tudo tão lindo! - Vamos caminhar. Diz e toca em seu braço. Eles andaram ao longo do Central Park, Noah mostrava e explicava alguma coisa e ligo eles sentaram na grama perto do lago. Havia várias pessoas tirando fotos, pareciam turistas,todos encantados igual à ela pelo lugar.
         Madeleine tirou os olhos do lago por um instante e olhou para Noah ao seu lado, ele olhava para o outro lado onde uma família estavam sentados. Ele estava lindo em uma camisa jeans de botão azul e com uma calça bege sem rasgos. Usava dois brincos pretos na orelha, um cordão que sumia por dentro da camisa, tinha um anel no dedo indicador, tudo nele era perfeito. Ele virou o rosto e a pegou no flagra o analisando. Madeleine sentiu o rosto corar com força e abaixou a cabeça morta de vergonha. - O que você está achando de Nova York? Ele pergunta a olhando sério. - Estou amando, é tudo tão diferente de tudo o que eu vi e vivi. Diz com um suspiro apaixonado. - Então não está arrependida? Pergunta. - No começo sim, eu estava com medo, aliás ainda estou. Diz e sorri tímida. - Mas agora me sinto bem. Noah balança à cabeça. - Que bom que está gostando. - Noah eu quero te agradecer por tudo que você fez. Diz e olha nos olhos. Ela tinha adiado esse momento por tempo demais, e seria o correto agradecê-lo pelo o seu gesto de tirar da rua e colocá-la em sua casa. - Você fez algo que eu nunca imaginei que alguém podes se fazer por mim. - Não precisa agradecer, eu faria outras mil vezes. Diz sorrindo discretamente. - Mesmo assim quero agradecê-lo, acho que nunca vou poder retribuir um gesto tão nobre. Fala e olha para o lago. - Claro que pode, sendo feliz aqui. Fala sério. - Eu sei que não posso ficar aqui por muito tempo, você é sua família estão sendo muito bons para mim, mas eu não posso ficar. Diz com um sorriso triste. - Aqui em Nova York você terá muita oportunidades. Fala.
        Noah se sentiu em paz ao estar ali ao seu lado sentado no Central Park. Queria poder puxá-la para o seus braços e abraçá-la feito os outros casais que ali estavam. Ela estava linda, parecia mais leve. - Você combina com esse lugar. Ele diz e suspira baixo. - Acho que não, Nova York é elegante e eu não sou. Ela dá um risinho e olha. - Mas é linda igual à você. Noah diz sério e com a voz rouca. Madeleine franze o cenho. - Nunca saiu daqui? Ela pergunta mudando de assunto. - Não, mas viajo muito. Fala e sorri. - Qual lugar você mais gosta? Pergunta. Noah morde o lábio é fica pensativo. - Vários. Diz dando uma risada. - Onde moraria se não fosse aqui? O indaga outra vez. - Paris, cidade dos enamorados. Fala e a olha com intensidade.
         Não era para ela está olhando para aquela boca perfeita, mas toda vez que tentava olhar para os seus olhos acabava descendo o seu olhar para aqueles lábios. Ele era lindo de todas as formas, e em todas elas seu coração batia mais forte. Como seria em ser namorada dele? Poderia ficar abraçada e lhe dá vários beijos, seria algo impossível. Noah não era para ela, um cara como ele era acostumado a ter qualquer mulher que quisesse, e ela não faria o tipo dele. Talvez ele a visse como uma irmã apenas, alguém para ele cuidar além de Jena. - Não fique assim. A voz dele a despertou dos seus pensamentos. - Como? Perguntou sem entender. - Não sei o que está pensando, mas deve ser algo horrível pois seu olhar se tornou triste, meio perdido. Diz a olhando. - Não é nada. Sorri e olha para as pessoas que caminhavam pela calçada. Sentiu a mão dele tocar a sua que estava em sua coxa, tremeu com um simples contato. - Ainda bem que foi eu que te achou naquela praça. Fala e aperta a sua mão. Madeleine queria afastar a sua mão da dele, não conseguia pensar com aquele fazendo aquilo. As mãos dele eram macias ao contrário das suas que tinham calos por causa do trabalho duro. - Acho melhor a gente ir. Fala puxando a sua mão rapidamente. - Ainda tá cedo. Ele diz ao vê-la ficar de pé. - Mas é melhor voltarmos. Fala nervosa. - Você está fazendo de novo. Fala um pouco chateado. - O que? Pergunta sem entender. - Fugindo de mim, eu devo ser muito desagradável. Fala e coloca as mãos nos bolsos de sua calça. - Eu não estou fugindo. Diz com a voz trêmula. Será que ele não entendia que estava acontecendo com ela? Que ele ao falar daquela maneira doce com ela fazia seu sangue correr mais quente pelo seu corpo? Será que ele não sabia que ela estava fugindo porque não queria ter seu coração machucado? - Não quero ter essa conversa de novo com você. Noah diz se aproximando. - Não quero brigar ou falar algo que com certeza irei me arrepender depois. Madeleine concorda com um gesto de cabeça. - Se eu a magoar outra vez, não terei a mesma sorte com a minha mãe. Fala e sorri, um sorriso capaz de iluminar uma vasta escuridão. Ela não aguenta e também sorri, sempre fala algo certo na hora certa. - Venha vamos caminhar. Diz e estende a sua mão para ela. Madeleine olha para mão estendida e a pega, um choque delicioso se espalha pelo seu corpo. Porque a sua mão na dele parecia ser algo tão certo? Poderia enfrentar o mundo se ele tivesse segurando a sua mão. Assim, juntos.
 

  

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