Minha Esperança - Livro Um.

Capítulo 1

                             New York, EUA.
   

   Noah Rashford observa atentamente um grupo de cinco pessoas, três homens e duas mulheres entrarem no bar. Era sábado a noite e o bar Rashford estava começando a lotar, todo fim de semana era a mesma coisa. As pessoas sempre preferiam ir para aquele local para beber, ouvir músicas ao vivo, se divertir e entre outras coisas. Quem diria que aquele barzinho no centro de Nova York iria fazer sucesso? Nem ele mesmo acreditava nisso, não quando tinha vários outros bares em Nova York que eram melhores do que aquele. Mas quando seu irmão mais velho Will deu a ideia de abri ele deu a maior força mesmo com o pé atrás, e logo sua irmã mais nova e ele entraram de cabeça e acabaram realizando o sonho. Jena sabia cantar e sempre se apresentava em bares em Nova York e agora ela era exclusivamente do bar Rashford e fazia bastante sucesso. E hoje seria a noite de música ao vivo e ela mais uma vez iria se apresentar. Fazia dois anos em que o bar estava de pé,mesmo com vários problemas que eles enfrentaram e enfrentarão. Seus pais foram os que mais deram força, investiu dinheiro para se iniciar o projeto e até mesmo apareciam para ajudar quando o local estava bem lotado. E tinha ainda o Christopher, seu amigo de infância que de vez em quando aparecia quando ele pedia a sua ajuda, que era quase todos os dias. É claro que o Cris estava de olho em sua irmã, mesmo jurando que não. E falando nele, Christopher atravessa a porta do bar com o sorriso no rosto. - E aí cara já está bem lotado. Diz se encostando no balcão onde ele estava. - Pensei que iria viajar com o seu pai. Noah diz ainda observando o grupo que havia chegado e que agora riam alto falando besteiras. Christopher sorri de lado. - Eu desisti, prefiro ficar por aqui. Fala tirando um cigarro do bolso de sua jaqueta jeans. - Eu sei porque. Noah fala estreitando os olhos enquanto o observava. - Porque? Pergunta desentendido. - Quer que eu diga mesmo? Pergunta emburrado. Christopher levanta os braços em um gesto de rendição. - Tá bem nervosinho. Diz debochado. Tinha tanta mulher por aí para ele cair em cima e o Cris tinha que querer a sua irmã? A sua pequena e delicada irmãzinha? - Eu vou avisar só dessa vez, se tentar algo com a Jena eu juro que te mato e escondo o seu corpo e ninguém achará. Fala baixo fazendo o outro sorri ainda mais. - A Jena não é mais criança cara. - Não quero saber! Grita fazendo um casal que estava em uma mesa perto olharem assustado para ele. - Assim você vai espantar as pessoas. Fala e sopra a fumaça por entre os lábios. Jena sai da porta que ficava por trás do balcão onde Noah está. - Maninho anota aí que precisa comprar mais cervejas. Diz parando ao seu lado. - Oi Cris. Cumprimenta sorrindo fazendo Christopher suspirar encantado. - Oi Jena, está linda hoje. Diz sorrindo de lado. Jena arqueia as sobrancelhas sorrindo. - Obrigada. Fala e sai entrando outra vez para dentro. - Limpa o seu queixo que tem baba escorrendo. Diz rude e olha para o computador em sua frente. Christopher simplesmente sorri. Will chega com uma bandeja com garrafas vazias. - Fecha a conta da mesa quatro. Diz e entrega a nota para Noah. - A Jena vai cantar hoje? Christopher pergunta. - Só depois que você sai. Noah fala sem olhá-lo. Will franze o cenho sem entender nada. - Ele quer a Jena, Will. Noah fala com raiva. - Mas o quê? Pergunta chocado. Christopher engole em seco. - É mentira do Noah. Diz sério. Ele morria de medo do irmão mais velho dela, o Will era bem mais bravo do que o Noah. - Ele não seria louco. Diz e pega a conta das mãos de Noah e sai em direção à mesa. - Você é doido?! Pergunta quase gritando quando o Will se afasta. - Ele iria me matar. Fala com os olhos esbugalhados. - E eu iria ajudar com maior prazer. Diz sorrindo. - Porra cara! Fala e se afasta para começar a trabalhar.
           Noah desvia o olhar de Christopher que estava atendendo uma mesa com quatro homens quando duas mulheres entram pela porta e se dirige ao balcão onde Elliot, o barman está. A moça loira usava uma saia de coro bem curta e apertada e um top de renda também na cor preta, nos lábios um batom extremamente vermelho, a outra era negra com os cabelos pretos e lisos, usava um vestido branco tomara que caia e saltos bastante altos. Elas olham para ele, sorri e conversa entre elas olhando novamente para ele. Noah não iria negar que era bonito, não tinha nenhuma mulher que não olhasse duas vezes para ele. Claro que seu estilo chamava atenção, ele tinha o corpo cheio de tatuagens, principalmente nos braços que já estavam fechados delas, usava o cabelo pretos e lisos para cima e um brinco na orelha. Sua mãe quase infartou quando ele decidiu se encher de tatuagens. A moça loira fala algo para a amiga e se dirige à ele com um sorriso discreto nos lábios. - Olá. Fala com a voz extremamente sexy e quase esfregando os seios em sua cara ao se encostar no outro lado do balcão. - Oi, boa noite. Ele responde sério. Afinal estava trabalhando e levava sério o serviço. A moça sorri e morde o lábio olhando-o intensamente. - Eu sou Sophie. Diz e ri baixinho. - Tudo bem? Ele pergunta. - Eu vi você e sei lá, você é bem gato. Fala com a voz rouca. Noah não pôde evitar um sorriso ao ser elogiado pela tal loira. - Qual o seu nome? Pergunta. - Noah. Responde. - Você é lindo. Fala e toca em seu braço acariciando. - Lindas tatuagens. Continua olhando-o nos olhos. - Obrigado. Ele fala e sorri. - Tem quantas? O indaga se encostando ainda mais no balcão. - Nem sei mais. Responde dando de ombros. - Tem em vários lugares? Pergunta passando a língua pelos lábios cheios e vermelhos. - Aham. Diz e sorri de lado. Jena sai mais uma vez da porta por trás, já arrumada para cantar. - Noah hoje você vai atender mesas também, está lotado. Diz e se dirige para o pequeno palco. - Quem é? A loira pergunta com certa irritação olhando Jena com cara feia. - Minha irmã. Ele diz e sai e dá a volta saindo do balcão. A tal Sophie disfarça a irritação e o olha de cima a baixo. - Nossa você é lindo. Diz mais uma vez. - Fique à vontade, preciso trabalhar. Diz e dá as costas para ela.
        Noah não se considerava um santo, sempre estava com alguma mulher sem compromisso. Mas de uns tempos para cá ele tinha se cansado dessa vida de pegação, querendo ficar tranquilo. Se aquela mulher tivesse dado em cima há um mês atrás ele com certeza já estava agarrado à ela ou senão estaria marcando algo para mais tarde. Só que agora ele estava sem clima nenhum para isso, se falasse isso para o Will ou para o Cris eles não acreditariam.
        Continuou atendendo mesas, levando bebidas e petiscos para lá e para cá, sob o olhar das duas mulheres que estavam em uma mesa. Jena já havia começado a cantar e todo mundo ouvia encantado. Principalmente Cris que parava de vez em quando olhando a sua irmã com a boca aberta. - Cris estão te chamando. Grita para ele. - Ok cara. Fala sorrindo bobo. Cara ele ainda não sabia o que fazer diante do interesse do seu melhor amigo pela a sua irmãzinha.
         Durante a noite o bar Rashford encheu ainda mais e tinha várias pessoas dançando por entre as mesas. - Nossa cara, que loucura! Will diz se encostando no balcão do barmam ao lado de Noah e Cris. - Estou cansado. Noah diz sentando em um banco alto. - Eu vou pedi um aumento. Diz Cris sorrindo. - Veio porque quis. Noah fala bravo. - Eu vim para curti mais vocês sempre me colocam para pôr as mãos na massa. Fala sorrindo. Noah e Will gargalham. - Aquela garota não tira os olhos de você cara. Cris fala olhando para a tal loira que só tem olhos para Noah. - Eu percebi também. Diz Will também olhando sem discrição para as duas mulheres. - Porra, vocês nem disfarçam. Diz irritado. - Vai dá uns pegas na garota? Cris pergunta sorrindo. - Não. Diz fazendo os dois ficarem chocados. - Sério?! Will pergunta olhando-o como se ele tivesse duas cabeças. - Está namorando? Cris pergunta. - Eu não, só quero dá um tempo dessa vida. Diz fingindo não percebe os sorrisos da loira. - Está doente? Will pergunta. - Caralho! Me deixem em paz, estou ótimo. Diz e se dirige à uma mesa que havia o chamado.
         Já era mais de meia noite quando arrumavam tudo para irem embora. - Estou exausta! Jena diz esticando os braços. - Hoje foi muito bom. Diz Will colocando as cadeiras em cima da mesa. - Então eu poderia ir embora enquanto vocês continuam aí. Fala sorrindo. - De jeito nenhum! Noah quase grita. - Você passou a noite sentada enquanto nós andava de um lado para o outro. Fala tirando duas latas de cervejas secas de cima de uma mesa. - Está certo. Diz revirando os olhos.
        Após fechar o bar Noah sobe em cima de sua moto e acelera em direção à sua casa. A noite tinha sido cansativo, sempre era assim nos finais de semana, mas apesar do cansaço se sentia feliz e realizado. A tal Sophie havia lhe procurado antes de ir embora, deixou o seu número e pediu o dele que acabou dando mesmo sem interesse. Só esperava que ela não ligasse e o esquecesse!