Capítulo 4

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       Amparada por Jena, Madeleine entrou na casa tremendo, não sabia onde estava se metendo mesmo as pessoas parecerem bem legais e dispostos a ajudá-la

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       Amparada por Jena, Madeleine entrou na casa tremendo, não sabia onde estava se metendo mesmo as pessoas parecerem bem legais e dispostos a ajudá-la. Noah, Will e Cris entraram primeiro fazendo dona Grace e o senhor Roger tirarem os olhos da televisão e olharem surpresos para eles. - Nossa chegando todos juntos. Grace diz sorrindo. - Mas ainda é cedo. Roger diz olhando para o relógio em seu pulso. Mas antes de Grace falar alguma coisa, Jena aparece com Madeleine pela porta. - Mas o que é isso? Grace se levanta e anda rapidamente até elas. - Quem é essa menina? Está machucada! Grace a olha de cima a baixo. - Mãe se acalme. Jena diz puxando Madeleine mais em seus braços ao vê-la tão amedrontada. - Então me fale o que aconteceu. Ela diz já desesperada. - Foi o Noah que... - Não acredito! Grace grita ao ouvir o nome do seu filho, interrompendo Jena. - Noah não me diga que atropelou essa menina. Diz olhando para o seu filho. - Mãe, pelo amor de Deus! Noah se aproxima de Grace. - É não atropelei ninguém, eu a vi jogada em uma praça. Diz antes que sua mãe desse um treco ali mesmo. Grace volta o olhar para a menina que parece assustada e sorri. - Me desculpe querida. Diz e toca no ombro dela. - O que houve com você? Pergunta. - Ela está cansada, precisa tomar banho e comer. Jena diz ainda com os braços ao redor dela. - Claro, leve ela Jena. Grace diz um pouco sem graça.
          Onde ela estava se metendo? Madeleine se perguntou pela milésima vez ao entrar naquela casa. A senhora elegante era a mãe dos três que ela conheceu neste dia, era muito bonita, Jena parecia muito com ela. Jena a levou até o seu quarto, que parecia um sonho de tão perfeito. Ela nunca tinha tido um quarto na vida e aquele era bem maior do que a sua casa no Colorado. - Fique à vontade. Jena diz sorrindo. - Vou trazer algumas peças de roupas para você escolher enquanto isso tome um banho. Madeleine podia dizer que estava tudo bem, que não queria incomodar aquela família e ir embora o mais rápido possível. - No armarinho no banheiro tenho toalhas, sabonete pode pegar o que você quiser. Diz ao vê a sua hesitação. - Obrigada. Ela diz baixinho. - De nada querida. Jena sorri e entra em seu closet.
        Madeleine tira as suas roupas ao entrar no banheiro, e que banheiro! Tinha até uma banheira! Entrou debaixo do chuveiro e o abriu. A água lavava toda o suor, poeira e o melhor a sujeira deixada por aquele monstro. Pegou o sabonete líquido e fez espuma com as mãos passando em seu corpo. Não quis molhar o cabelo, pois iria dar bastante trabalho. Lavou a espuma em seu corpo e desligou o chuveiro, e logo em seguida se enrolou em um roupão na cor creme.
         - Noah me explique essa história direito. Grace perguntou sentada no sofá de frente para os filhos. Noah passa as mãos no rosto e respira fundo e conta tudo para mãe. - Nossa, isso é estranho. Grace diz franzindo o cenho. - Também achei. Roger fala preocupado. - Eu a trouxe para cá porque eu não iria deixá-la ali jogada. Noah diz. - Fez a coisa certa filho. Grace abraça o filho e beija o seu cabelo. - Você é um cara de ouro. Seu pai diz orgulhoso. - Quando ela descer vamos perguntar o que aconteceu. Grace diz se levantando. - Vou terminar de fazer o jantar. Diz e se retira.
       Noah nem ouvia o que Will e Cris falavam apenas fixava o olhar para as escadas esperando vê Madeleine novamente. Mas que droga! Ela estava demorando, devia ser culpa de Jena. - Ei cara! Cris o chama pela terceira vez. - O que foi? Pergunta impaciente. - Você tá muito calado. Diz. - Só estou exausto. Diz e se levanta do sofá andando de um lado para o outro. - Relaxa mano. Will diz ficando também de pé. - Vou tomar banho. Fala e sobe as escadas. - Vou também. Noah fala e segue o irmão.
        Jena estendeu o vestido rosa com estampas floridas para ela. - Esse vestido foi presente de mamãe, mas eu não gosto desse estilo princesa. Diz sorrindo. - Experimenta? Pergunta estendendo o vestido para Madeleine que o pega. - Eu não posso usar, foi um presente. Diz com receio. - Não se preocupe. Diz e coloca várias lingeries em cima da cama. - Não sei qual tipo de lingerie você gosta, trouxe algumas para você escolher. Diz. Madeleine olha as lingeries de cores e modelos variados, todos de marca. - Obrigada Jena. Diz emocionada. Nunca ninguém fez isso por ela ou sua mãe um dia, e aquela família a tinha aceitado tão bem mesmo sem conhecê-la. - Não precisa agradecer. Diz e se aproxima. - Nem sei o que teria acontecido se o seu irmão não tivesse me encontrado. Diz com a voz embargada. - Ele é um anjo. Jena diz com sinceridade. E era verdade! Havia ficado ali por várias horas e ninguém ao menos a olhou. - Achei que teria que ia passar a noite na rua. Diz sentindo às lágrimas vindo outra vez. - Vai ficar tudo bem. Jena a abraça com carinho. - Se vista e desceremos para jantar. Diz e dá um beijo em seu rosto e segue para o banheiro.
        Madeleine escolheu um conjunto de calcinha mais confortável e logo vestiu o vestido florido que lhe caiu muito bem. Em cima da cama tinha até acessórios variados e ela escolheu uma pulseira com detalhes de coração. Prendeu o cabelo em um lenço vermelho e calçou uma sandália rasteirinha que coube direitinho em seus pés.
        Noah retornou a sala após tomar um banho super rápido e encontrou apenas seu irmão Will, seu pai e Cris conversando. E nada de Madeleine! Ele havia se vestido com uma camisa preta com o nome Merci escrito e uma calça jeans azul com rasgos nos joelhos, sua mãe perguntava se ele tinha somente esses tipos de calças. Ele era um tipo de cara que gostava de se vestir bem, era vaidoso mais não gostava de estrapolar. Mas ele gostava de andar bem vestido e isso chamava a atenção das mulheres. Depois de uma eternidade Jena desce às escadas e Madeleine a segue com os olhos esbugalhados. Seus olhos se encontram e logo ela desvia rápido. Ela estava linda! Parecia um anjo.
          Madeleine precisou se agarrar ao corrimão das escada para não cair ao sentir o olhar dele sobre si. Não conseguia entender o que estava sentindo. Não conseguia olhá-lo nos olhos, se sentia acusada, indefesa. Ele parecia surpreso ao vê-la. E como ele era perfeito! Tudo que ele vestia caia perfeitamente nele. - Vamos jantar. Roger diz quando elas chegam a sala. Madeleine tinha perdido todo apetite, depois de tudo que tinha passado não conseguiria engoli mais nada. Desde que soubera da viagem não conseguia comer direito. Sob o olhar de Noah ela caminhou até a cozinha, e nossa que cozinha! Havia uma grande mesa já com pratos, copos e talheres, tudo era muito limpo e arrumado. Se sentou à mesa e logo viu Noah sentando-se a sua frente. Agora não iria comer mesmo!
     - Eu nem me apresentei. Diz Grace sorrindo amavelmente para ela. - Sou Grace e esse aqui é meu marido Roger. Diz tocando o braço de Roger. Madeleine apenas sorri. - Podemos comer? Cris pergunta ao vê todo mundo em silêncio. - Você nem foi convidado. Noah diz jogando o guardanapo todo bordado em cima de Christopher. - Olha a bagunça! Grace grita olhando a briga infantil. - Pode se servi querida. Fala e ela engole em seco, como falar que nenhuma comida iria descer pela sua garganta? Alguns já começaram a colocar comida em seus pratos e ela faz o mesmo. - Espero que aprove. Grace fala colocando um pouco de legumes no prato do marido. Quando ela ia segurar a espátula para pegar o frango grelhado sua mão se cruza com de Noah e ela tira a sua rapidamente, sentindo um tremor da cabeça aos pés. A mão dela estava fria de nervoso e a dele estava quente, apesar do contato ter sido rápido pôde sentir a pele morna. - Pode pegar. Ele diz lhe entrando a espátula.
          Porra! O que era aquilo que ele estava sentindo? As mãos de ambos se encontraram tão rápido e mesmo assim ele sentiu um choque delicioso percorrendo o seu corpo. Ela estava gelada! - Conte-nos um pouco sobre você. Grace pede começando a comer. Madeleine engole em seco, evitando olhar em sua frente, pois Noah estava encarando-a com bastante interesse. - Bom, eu vim do Colorado. Diz e toma um gole do suco de maracujá. - Colorado? Jena pergunta curiosa. - Sim. Eu recebi uma proposta de trabalho com babá aqui em Nova York. Fala com a voz trêmula. - Então eu viajei e fui procurar a pessoa para quem eu ia trabalhar, e ele disse que já tinha arrumado outra pessoa. Diz sem ao menos levantar à cabeça. Não iria falar a verdade! Seria tão vergonhoso. - Ele devia ter avisado. Will diz. - Você ficou pelas ruas? Jena perguntou. - Eu não tinha para onde ir, nem dinheiro, ele havia dado a passagem e só. Fala com a voz embargada. Como ela fora boba, caiu na conversa daquele monstro. - E as suas coisas, não trouxe mala? Noah a perguntou e ela lhe dirigiu um olhar rápido. - Eu fui assaltada, levaram tudo. Grace põe a mão na boca chocada. - Aí meu Deus! Diz. - O assaltante te machucou? Cris pergunta. - Eu tentei impedir o roubo mais acabei caindo no chão. Ela diz tocando no ferimento na boca, e lembrou do tapa que levou. - Nova York anda bem perigosa ultimamente. Roger diz. - Agora você está a salvo com a gente. Jena diz sorrindo. Madeleine olha para o prato e remexe em sua comida. Deus era bom, ela estava sem saída e de repente aparece alguém e a tira das ruas. - Eu não tenho nem o que falar. Madeleine fala olhando para todos e quando seus olhos se encontram com o de Noah sentiu um arrepio. O que estava acontecendo com ela? - Obrigada à todos, de coração. Diz com a voz embargada. - Não precisa agradecer, agora coma aposto que não comeu nada ainda quando estava por aí. Madeleine olha para o prato e coloca um pouco de comida na boca, mais parece que nada desce. - Eu estou sem fome. Diz baixo. - Você precisa se alimentar mocinha. Grace diz com carinho. - Mãe deixe ela, ela precisa descansar não é Madeleine? Jena pergunta. - Sim. Diz sorrindo sem graça. - Filha depois do jantar me ajuda a arrumar o quarto de hóspedes para a Madeleine? Grace pergunta a Jena. - Claro mãe. Apesar de ser uma família acolhedora, ela não podia permacer ali, não era certo, mais não queria voltar para o Colorado. O que diria a mãe? E se voltasse teria que conviver vendo a sua família na miséria, precisava arranjar um emprego. - Eu não posso ficar aqui. Diz quebrando o silêncio. Noah olha para ela com o olhar bem esquisito. - Porque? Will pergunta após tomar um gole do seu suco. - Isso não é certo, vocês sendo bom comigo e eu agradeço muito mais eu não posso dar trabalho para a sua família. Diz dirigindo o olhar para a matriarca. Grace sorri. Não é trabalho nenhum. - Eu não posso me meter em sua família, nem ao menos sabe quem eu sou. Diz com a voz trêmula. - Você nem ao menos tem para onde ir. Grace diz preocupada. Isso era a verdade, se saísse dali não teria para onde ir. - Olha Madeleine, se você quiser gente pode te dá a passagem para voltar ao Colorado. Roger diz fitando-a. Ela podia retornar para a casa de sua mãe, isso era o que ela queria! Mas se voltasse para lá só veria a tristeza de sua mãe por não poder colocar comida na mesa. Aceitava ou não? Mas se ficasse onde iria morar? Ficar ali não podia mesmo que eles dissessem que poderia ficar o tempo que quisesse não se sentiria à vontade entre eles, muito menos perto do Noah que parecia querer dizer alguma coisa pelo olhar. E agora?

Minha Esperança - Livro Um.Onde histórias criam vida. Descubra agora