O passeio - parte II

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Peter e Ned estavam distraídos observando o urso negro na parte de mamíferos americanos do museu. Todos os alunos estavam tão animados com as réplicas que nem perceberam o professor Santiago se afastar, muito menos a Evie indo atrás dele.

-Isso é sinistro! - Disse Peter encarando o mamífero assustador. - Não é, Evie? - Perguntou. Ao se virar para o lado ele percebeu que a menina não estava mais ali. - Evie? - Seus olhos percorreram por todos seus colegas, à procura de Evie, mas ele logo se convenceu que ela tinha sumido. Isso o deixou com uma pontinha de preocupação, por mais que quisesse ignorar.

-Onde será que ela se meteu? - Perguntou Ned, interrompendo os pensamentos de Peter, que sentiu um novo calafrio. Não era a primeira vez naquela manhã que ele sentia um. - O que foi? Sentiu aquilo de novo? - Perguntou preocupado. Peter apenas assentiu com a cabeça. Seu sentido aranha o alertava quando algum perigo estava se aproximando.

-Algo me diz que a Evie também sentiu. - Comentou encarando o amigo. Ele tinha reparado o quanto Evie estava estranha aquela manhã, mas não teve coragem de perguntar o porquê.

Mal terminaram de falar e as lâmpadas do museu começaram a piscar descontroladamente, até se apagarem por completo. Os alunos começaram a reclamar pela falta de energia, mas Peter sentia que algo mais estava por vir. Poucos segundos depois, o local onde estavam foi invadido por dois seres desconhecidos, vestidos de preto e usando máscaras, causando gritos assustados.

-Santa merda! - Exclamou Ned, baixinho, para seu amigo.

-Olá! - Disse Victor encarando cada um que estava ali, de forma ameaçadora. Ele segurava uma arma na mão, que ele mesmo tinha projetado. Aquela, lançaria a substância que causaria mutações em todos que fossem atingidos. - Bem, sem mais delongas... - Ele apontou a arma para os alunos, atirando dardos cheios da substância desenvolvida por Santiago. Alguns logo foram atingidos, e caíram, inconscientes. Outros, como Ned, correram, desesperados, se escondendo atrás de pilastras.

Peter saiu de fininho, rápido como um raio e se escondeu atrás de uma pilastra. Todos estavam distraídos com Victor e Jöhann que nem perceberam o garoto sair. Ele trocou sua roupa rapidamente, colocando o traje mais moderno do "homem-aranha", que estava guardado em sua mochila, e voltou para onde estava.

- Hey, grandalhão! - Disse chamando a atenção de Victor, que ficou surpreso ao vê-lo. Victor tinha a arma apontada para o restante de alunos naquela sala.- Não no meu turno! - Peter lançou uma teia nas mãos de Victor, o amarrando, mas ele logo se soltou. Peter não desistiu, no entanto, e pulou nas costas de seu rival, tentando amarrar o corpo dele com a teia novamente.

Enquanto isso, Jöhann usava o Olho Cruel de Avalon que estava em sua mão para transportar as pessoas desmaiadas para o laboratório de forma inacreditavelmente rápida, voltando para o museu em questão de segundos, sem que ninguém percebesse.

Victor deu uma cotovelada no estômago de Parker, o arremessando contra o vidro que protegia as réplicas dos esquilos. Peter levantou cambaleante no meio de tantos cacos de vidro, mas percebeu que os dois seres não estavam mais ali. Estava escuro, então, ele usou as lentes de seu traje para clarear a visão. Ele olhou ao redor, observando seus colegas.

- Tenham calma, por favor. - Pediu aos colegas que permaneceram escondidos e encolhidos atrás de uma pilastra. Peter ainda sentia a presença deles no museu. Jöhann apareceu atrás de Peter, causando gritos histéricos dos alunos escondidos. Peter se virou rapidamente e acertou um soco na mandíbula de Jöhann, que balançou um pouco.

- Sabe, você e seu amigo são bem esquisitões! Sem ofensa. - Parker tentou acertar outro soco, mas o dono do rosto cavernoso segurou seu braço e o arremessou contra a réplica do urso negro, que caiu com o impacto. - Nem um pouco gentis também! - Jöhann usou o bastão em sua mão para tentar ferir Peter com uma rajada de energia, mas o garoto foi mais rápido e desviou.

OMG! Meu Pai é um deusOnde histórias criam vida. Descubra agora