Champagne e Sangue Fresco - Pt. II

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  Enfim... Habemus ANBU!

Não temos nem desculpas, nada que justifique nossa demora (a não ser o de sempre, falta de tempo, a necessidade de trabalhar pra poder comer e essas coisas banais...), mas estamos aqui.

Segunda parte de Champagne e Sangue Fresco. Esse capítulo tá demais! Pra compensar a demora na postagem, tem muita coisa legal aí embaixo!

Não se esqueçam que amamos vocês e obrigada por não desistirem de nós!  

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- Rin. - chamou baixinho, usando de um constrangimento que só tinha quando estava na presença dela.

E então, ele se lembrou de quando ainda era só um garoto arrogante, no auge dos dezoito anos, e conheceu a pessoa que abalaria suas estruturas pra sempre.

Kakashi estava preparado pra ANBU, como a maioria dos filhos de clã sempre estão. Ele estava ansioso pros treinos, pros tutores, pras missões, pra levar adiante o nome dos Hatake. E foi, ainda na cerimônia de apresentação, que ele entendeu que nada seria tão assustador quanto ter que conviver com aquela moça sentada na mesa da frente. Na ANBU, ele foi confiante como Naruto. Foi desregrado como Gaara. Foi selvagem como Temari. Foi animalesco como Kiba. Foi arrogante como Ino. Foi sedutor como Itachi. Mas foi, também, tão apaixonado quanto Sasuke.

Kakashi amou Rin desde o instante em que a conheceu.

- Ora, ora... se não é Hatake Kakashi e um hematoma maravilhoso no braço.

O sorriso dela ainda era o mesmo. Aquele jeito inocente de rir, que ultrapassa os limites da boca e se estende pros olhos, apertando-os tanto que dão a impressão que o que você disse seria capaz de fazer Danzou gargalhar. Os cabelos não eram os mesmos, tinham crescido uns bons centímetros desde então. A aparência era mais madura, apesar de Kakashi ter a certeza de que os anos a tinham deixado mais bonita. Só os olhos eram diferentes. Hoje, o olhar de Rin tinha uma sombra que Kakashi nunca conseguiu tirar.

Foi arrancado de seus devaneios silenciosos, quando ela cruzou os braços sobre o peito, o encarando em desafio. Com certeza Rin sabia o que ele estava pensando. Com toda certeza. Afinal, quem no mundo o conhecia melhor que ela?

- Pois é... - riu, sem jeito, coçando a nuca.

Rin apenas balançou a cabeça em negação. Ele continuava o mesmo, pra ela. Sempre com essa inabilidade de juntar mais de duas palavras na mesma frase.

- Vem, senta aqui. Deixa eu dar uma olhada nisso. - o puxou pela mão e colocou sentado em um dos compridos bancos de madeira, que eram de tudo um pouco naquele ambiente maluco. Faziam a função desde apoio até macas improvisadas.

Mas nada disso chamava a atenção de Kakashi. Não mais do que o movimento de Rin, se ajoelhando no chão à frente dele. Kakashi sempre teve adoração por ver mulheres nessa posição e isso tinha um efeito imediato em seu corpo. Assim que as via se abaixando, o pau ia subindo num maravilhoso movimento contrário ao da gravidade. Menos com Rin. E, muito menos, nessa condição. Ele sabia que não era por isso que ela se ajoelhava e, mais: Nohara Rin dificilmente estaria submissa à ele.

Ali, o que o encantava, era a sutileza dos movimentos. Os olhos dela, fixos no hematoma do braço, como se enxergasse o dano por baixo da pele apenas com aquele olhar meticuloso. O modo como ela prendia os cabelos compridos, sem deixar que um mísero fio escapasse do meio do elástico, e os amarrava em um coque tão extravagante, que parecia uma flor de cabelos castanhos no topo de sua cabeça. O toque leve de seus dedos, conferindo o inchaço e a circulação de sangue. Isso doía, mas Kakashi jamais reclamaria. Não enquanto tivesse os toques de Rin sobre seu corpo.

ANBU - Acadêmia Especial de Assassinato e TáticaOnde histórias criam vida. Descubra agora