Capítulo 7 - Stabbed in the back

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Donna Collins

Após um longo dia de trabalho e faculdade, tudo o que eu queria era descansar, mas, na verdade, eu fiz o caminho contrário de casa. Podem achar que é loucura, porém mais cedo eu havia passado em frente a uma confeitaria e simplesmente comecei a babar em cima de uma torta de chocolate. Mas, como sempre, meu tempo não tinha permitido que eu entrasse e levasse um pedaço.

Tudo bem, meu dinheiro também não era muito amigável nessa parte. Mas seria só um pedaço, e eu nunca me dava ao luxo de comprar coisas, aparentemente, desnecessárias, então não faria muita diferença.

— Donna! — escutei uma voz doce e feminina chamando pelo nome.

Direcionei meu olhar para o outro lado da rua, vendo que Kaya estava ali, esperando uma brecha dos carros para poder atravessar. Ela carregava algumas sacolas de compras e um copo de café.

Kaya não era exatamente rica, mas com certeza tinha uma condição financeira melhor que a minha. E com certeza ela também tinha um emprego melhor, trabalhando como assistente de gerência em uma loja de roupas e sapatos.

— Sua casa não fica do outro lado? — ela arqueou a sobrancelha, parando em minha frente.

— Sim, mas eu estou indo até uma confeitaria. Preciso de um pedaço da torta de chocolate que vi lá hoje mais cedo.

— Sendo assim, eu vou com você. Preciso de todo o açúcar e cafeína que meu organismo aguentar, porque terei que passar a noite em claro fazendo um trabalho.

— Você e sua mania de deixar as coisas pra última hora — balancei a cabeça negativamente, dando uma risada, enquanto caminhávamos calmamente até a confeitaria.

— Eu tenho preguiça, você sabe — ele me acompanhou na risada. — Mas sempre consigo fazer tudo a tempo. E, de uma forma ou de outra, daqui dois meses estarei me formando, assim como você.

— Mal posso esperar para que esse dia chegue logo — suspirei, abrindo um sorriso bobo. — Nem parece que já são cinco anos morando em Los Angeles e cursando administração.

— Fala sério, nem parece que são cinco anos de amizade — ela me abraçou de lado, mesmo sendo desajeitada por conta das sacolas.

— Uma amizade estranha e engraçada.

— Só estou me importando com nossa viagem — ela sorriu largamente. — Não consigo pensar em outra coisa, todos os dias eu preparo algo novo. Minhas coisas já estão praticamente separadas.

— E eu ainda nem comprei um biquíni novo — fiz uma cara falsa de indignação. — Só me importo em estar lá.

— Nem pense que essa será a viagem mais tranquila de toda a sua vida. Há quanto tempo você não se diverte, Donna?

— Muito tempo — franzi a testa, pensando bem. Naquele momento, nós já entrávamos na confeitaria e parávamos na grande fila.

Era um lugar popular, sempre estava cheio, não importava o horário.

Mas também era caro. Talvez caro até demais.

— Então não tem o que discutir, nós vamos nos divertir como nunca. E claro que garotos estão inclusos no pacote — ela deu uma piscada, fazendo-me quase dar uma gargalhada, no entanto me controlei por estar em público.

— Você é ridícula — revirei os olhos.

— A ridícula que você mais ama.

— Fazer o que, né?

— Ai, deixa de ser idiota — ele riu, dando-me um leve tapa no braço. — Eu estou falando sério, você precisa de diversão, Donna. Cinco anos se passaram, agora chega de pensar em estudos, quero que você aproveite bastante essa viagem.

Hell In NightmareOnde histórias criam vida. Descubra agora