Uma longa caminhada

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Ele foi tirado de seu estado de choque por seu amigo Petterson que inexplicavelmente teria aparecido em sua frente. Hoppins procurou longos e negros cabelos, mas não encontrou. O mestre o chamou novamente e desta vez conseguiu a atenção do doutor. O mestre voltava dos depósitos de água, pois teria ficado encarregado de observar o andamento do conserto, e não pôde deixar de se juntar ao amigo que também andava sozinho. Os homens andavam de certo modo correndo um baita risco, já que horas teriam se passado do toque de recolher.

Hoppins andava ao lado do amigo e assim que chegou a Ala 2 ficou com uma imensa pena do mestre que teria que chegar à Ala 15. O doutor acenou e desapareceu por entre os corredores. Mais uma vez, Hoppins teria que abrir a porta de seu quarto por meio de uma falha, que possibilitava destravar a mesma. Sua porta encontrava-se trancada porque automaticamente, cinco minutos após o toque, as portas dos aposentos se trancavam.

-Justin!-uma voz soou com aquele simples termo que causou um frio na barriga do doutor e fez com que uma lágrima solitária descesse sem permissão dos olhos dele.

-Doutor Hoppins!-ele corrigiu ao ver a senhora Albany parada ao lado de Kellin.

Somente sua irmã o chamava assim e ele não podia lembrar-se dela. Não fora de seu refúgio. Não podia sofrer por ela sem olhar a sua foto.

-Desculpe - ela murmurou - Mas o doutor precisa vir conosco!

Da Terra à naveOnde histórias criam vida. Descubra agora