Um plano secreto

2 0 0
                                    


Hoppins adiantou-se sem nem antes perguntar o que o Conselheiro da Ala 18 fazia ali. O doutor não teve tempo de pensar como a Senhora lá se encontrava, pois ela já se antecipara dizendo que a situação era grave e ela era necessária. Petterson encontrava-se no corredor, na posição em que o doutor o deixara. Kellin teria achado o mestre e ele conservou-se no corredor.

Senhora Albany disse que era melhor que todos fossem rápidos, o que era engraçado, porque a própria velha Albany não conseguia se apressar devido à idade. O doutor quebrou a cara quando a senhora deu os primeiros passos. Ela já estava a quase dez metros de distância dos homens que ainda estavam parados. Ela lançou um olhar de desaprovação aos conselheiros que iniciaram a caminhada logo depois, e ela continuou a andar atrapalhadamente.

Eles evitavam ao máximo conversarem para não chamarem atenção de possíveis guardas ou seguranças e também para pouparem fôlego, pois a caminhada tomava muito ar. Todas as vezes que o doutor ou o mestre tentavam questionar o outro conselheiro sobre o porquê daquilo, a senhora se virava e emitia um barulho assustador e Hoppins se perguntou se ela estava balbuciando onomatopeias para indicar silêncio.

Já se passavam das quatro da manhã quando eles finalmente chegaram à Sala de Controles Espaciais 3. Com um gesto rápido, a velha Albany inseriu um dispositivo à frente do reconhecimento digital e a porta se abriu. O mestre alemão não deixou de transparecer indignação. Pelo que o médico irlandês sabia, o amigo tentara por três longos anos ter acesso àquela sala, sem sucesso, e agora, a senhora finalmente forneceu a ele o seu maior desejo. Albany alegou ter que estar presente quando seu neto acordasse e aconselhou os homens a terem cuidado, dito isso ela partiu.

Da Terra à naveOnde histórias criam vida. Descubra agora