Lá vem a chuva...
Molhando a rua,
As nuvens tapando a lua,
Fazendo escuridão!Em meio ao chão; encontro-me nua,
Como um recém nascido,
Sou nova neste mundo crescido...
Cheio de superstição...A vida presente parece demente
Sem o mínimo de razão
Nas almas uma fome crescente
Fome de amor...É urgente, é presente, é ensurdecedora
Eles me tocam e eu sinto o esplendor
Daquela vida que já foi acolhedora
De um ser já provou do fervor...Mas só resta confusão,
O que estão fazendo? Parem, por favor
Fiquem longe do meu coração
Me deixem em paz!Eles me puxam, eles me rasgam,
E o meu ser se desfaz
Tão frágil, tão entregue
Eles me apagam...A minha luz se esvai
E de repente tudo acaba
Penso não restar mais nada
Meu corpo cai...Eles continuam gritando, procurando
E eu TENHO que me recompor
Linha por linha, com os resquícios de amor
Que me tem sobrando.Do chão surge uma máscara e um manto
E com medo, eu me escondo neles
E a minha luz não é mais vista por eles
Não se pode ouvir meu pranto...Caminho em meio a eles e ninguém me reconhece
Não me ferem, nem mesmo me tocam
Mas não sou eu; estar escondida me entristece
Meu amor está morrendo, isso me sufoca.No céu surge um brilho singular
Como uma estrela pequena e distante
Refletindo em mim uma chama incessante
E não QUERO mais me esconder; preciso lutar.O que eu faço?
2018.
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Poesias, Velhas Poesias
PoesíaPoesias antigas, de várias outras fases da minha vida... Capa feita pela ShyMinB 💜 ☽