Uma História De A-M-O-R parte 1

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Lá vem a chuva...
Molhando a rua,
As nuvens tapando a lua,
Fazendo escuridão!

Em meio ao chão; encontro-me nua,
Como um recém nascido,
Sou nova neste mundo crescido...
Cheio de superstição...

A vida presente parece demente
Sem o mínimo de razão
Nas almas uma fome crescente
Fome de amor...

É urgente, é presente, é ensurdecedora
Eles me tocam e eu sinto o esplendor
Daquela vida que já foi acolhedora
De um ser já provou do fervor...

Mas só resta confusão,
O que estão fazendo? Parem, por favor
Fiquem longe do meu coração
Me deixem em paz!

Eles me puxam, eles me rasgam,
E o meu ser se desfaz
Tão frágil, tão entregue
Eles me apagam...

A minha luz se esvai
E de repente tudo acaba
Penso não restar mais nada
Meu corpo cai...

Eles continuam gritando, procurando
E eu TENHO que me recompor
Linha por linha, com os resquícios de amor
Que me tem sobrando.

Do chão surge uma máscara e um manto
E com medo, eu me escondo neles
E a minha luz não é mais vista por eles
Não se pode ouvir meu pranto...

Caminho em meio a eles e ninguém me reconhece
Não me ferem, nem mesmo me tocam
Mas não sou eu; estar escondida me entristece
Meu amor está morrendo, isso me sufoca.

No céu surge um brilho singular
Como uma estrela pequena e distante
Refletindo em mim uma chama incessante
E não QUERO mais me esconder; preciso lutar.

O que eu faço?

2018.

Poesias, Velhas PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora