Capítulo 22

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Narrador Safira
Acordo no outro dia, meus olhos pesam e minha cabeça dói, sinto meu corpo mole e minha visão turva. Estou em um quarto. Piso em madeira e teto escuro, paredes em tons cinzas e tudo sujo e empoeirado, móveis na cor preta e isso me assustava.
- Edward. Susurro em uma chance de vê-lo apareçer. Mas nada aconteçe.
...Quando você tiver com o colar eu estarei ao seu lado mesmo que de longe...
As palavras do Edward ecoaram em minha cabeça e eu logo apertei firme o colar dentro da minha mão.
- Edward por favor apareçe. Susurro e logo depois me sento na cama.
Me aproximo da porta e tento abrir e por incrível que pareça ela se abriu.
Tudo na casa dava-me mais medo, os móveis preto e paredes cinzas com tudo empoeirado.- Alguém aqui? Pergunto descendo uma escada. E alguém aparece na minha frente.
- Olá meu doce. Ela diz sorrindo ladinho.
- Ágnes. Digo entre dentes e lanço ela contra uma parede.
- Porque você.. está...fazendo..i..isso. Ela resmunga sem ar enquanto eu a prenso mais ainda na parede.
- Porque eu não faria isso? Pergunto irritada e ela me olha.
- Você me toma por mal, mas não sabes a verdadeira história de como tudo aconteçeu. Ela diz baixo e eu recuo.
- E porque deveria eu acreditar em tuas falsas palavras? Pergunto prendendo ela no ar.
- Porque eu não sei. Ela me olha.- Mas devias me escutares. Ela susurra e eu ergo uma sombrancelha e a solto no ar escutando seu estrondo no chão.
- Eu quero sair daqui. Digo virando as costas.- Se tentares me impedir mato-te. Digo dando alguns passos
- Esculte-me. Ela diz pegando no meu braço.- Por uma única vez esculte-me. Ela diz penosa que por um momento pensei acreditar em suas palavras.
- Cuide que tenho presa. Digo séria e ela acente.
- Venha comigo. Ela pede e eu acinto.
Segui seus passos e paramos em uma grande porta de madeira escura e ela empurrou revelando-me uma sala de estar.
- Diga-me logo suas mentiras. Digo impaciente e ela me olha.
- O Edward tirou minha virgindade e não quis se casar comigo por ter a você como prometida. Ela diz de cabeça baixa e meu coração se aperta.- Ele pode ser tudo menos o que ele te mostra. Ela diz e eu me sinto confusa.
- Porque devia acreditar em tuas palavras? Pergunto ignorando o aperto no meu coração.
- Porque ele não é normal Safira. Ela diz se levantando.
- Está se referindo ao "vampirismo"? Jogo aspar no ar e ela nega.
- Por gostar de submissão. Ela diz e eu engasgo com a saliva.
- Estás louca! Exclamo impaciente.
- Ele já te possuiu ou estou errada? Ela pergunta e eu fico em silêncio.- Não achas estranho ele ter te levado pra cama antes do casamento? Ela pergunta cruzando os braços.- Ele foi suave e bonzinho agora mas depois ele vai querer mostrar o outro lado da face. Ela diz me olhando.
- E porque ficastes com ele? Pergunto o inevitável.
- Porque eu era ingênua e inocente. Ela nega triste e sorri.- Ele foi tão bom na primeira vez mas depois queria me dividir com outros homens. Ela diz triste e chora.
O aperto no meu coração é gigante. Doi imaginar que ele seria capaz de fazer isso. Me dividir entre dois homens? Será que ele seria capaz mesmo disso?
- Não sei se devo acreditar. Digo pensativa e ela me olha.
- Achas que eu exporia minha intimidade sendo mentira? Ela pergunta e eu a olho.
- Sim. Digo curta.- Vindo de tu tudo pode ser mentira. Digo cruzando os braços e ela respira fundo.
- Pois não é. Ela olha pra o chão.- Infelismente não é mentira. Ela diz triste.- Se você voltar pra lá serás obrigada a satisfazer os desejos dele. Ela diz me olhando.
- Okay agora tu vencestes. Digo confusa.- Preciso de um tempo pra decidir o que farei de mim. Digo dando as costas.- Posso ficar? Pergunto e ela acente.
- Sinta-se em casa. Ela diz sumindo em seguida. Respiro fundo e me sento no sofá.
Será que ele seria capaz de fazer isso comigo? Será que ele seria assim? São perguntas sem respostas....
Sei que posso estar sendo desconfiada por não acreditar nele, mas a forma como ela me falou tudo. A confiança nas palavras eram de quebrar todas as confianças.....
Resolvo não pensar nisso e ando pela casa. Passo por uma porta e escuto uns gemidos baixos e algo me diz que devo abrir a porta.
Ao abrir vejo um homem jogado no chão extremamente machucado e passo o olho no local acreditando ser o porão.
Corro pra perto dele e pego sua cabeça colocando em minha coxa. Seu rosto todo cortado e um olho inchado e sua boca branca e desidratada, seus cabelos loiros claros até os ombros e uma barba por fazer pele clara ele até me parecia alguém...
Sub- Agora você me paga sua vadia.. Foi isso que ele tinha me dito antes de eu ser "sequestrada". Não pode ser. Como isso pode ter acontecido.
Com um feitiço crio uma garrafa de água e derramo alguns pingos de água e ele abre os olhos lentamente.
- Quem é você? Perguntamos uníssonos e ficamos em silêncio.
- Shiu eu vou cuidar de ti. Digo passando a mão pelos cabelos dele que acentiu fraco.
****
Com alguns feitiços consigo fazer ele ficar menos feio e ele se senta.
- Como te chamas? O menino diz olhando pra o chão.
- Me chamo Safira. Digo olhando pra ele.- E tu? Pergunto e ele respira fundo
- Princesa Safira Lancaster. Ele susurra e me olha.- Me chamo Matteu Péres. Ele sorri ladinho.
- Impossível. Digo confusa e ele me olha.- Eu vi você no dia do meu noivado e ouvi você me chamar de vadia. Digo irritada e confusa ele nega.
- Não fui eu princesa. Ele nega.- Eu fiquei sabendo da sua chegada e quando faltavam cerca de 4 dias pra a mesma eu fui sequestrado de noite e até então estou aqui. Ele diz passando as mãos nos cabelos.
- Meu Deus estávamos esse tempo todo com um cloner? Pergunto com a mão na boca.
- Eu só espero que esse cloner não toque na Júlia. Ele diz respirando fundo.- Como ela está? Faz tanto tempo que não a vejo. Ele diz sorrindo triste e meu coração se aperta.
- Esses últimos dias ela andava meia cabreira, sempre pelos cantos mas nunca pronunciava nada. Digo preocupada e ele respira fundo.
- Minha morena deve estar correndo perigo. Diz pensativo e respira fundo.- Eu só espero algum dia poder sair daqui. Ele olha para cima. Eu também olho e vejo uma pequena abertura e meu coração acelera.
- Como os outros estão? Ele volta aperguntar me olhando.
- A essa altura do campeonato todos devem estar te odiando, principalmente o Edward que ficou com raiva de você pela forma como me tratasses em algumas festividades da realeza. Digo e ele respira fundo.
- Sinto muito pelo que o meu segundo Eu pode ter feito. Ele diz sorrindo triste.
- Eu vou dar um jeito de te tirar daqui. Digo pegando suas mãos e ele nega.
- Já tentei inúmeras vezes e só me de mal e ganhei muitos machucados e torturas. Ele diz preocupado me fitando.
- Eu não estou presa aqui, posso sair quando quiser e eu não vou deixar isso continuar. Digo decidida e ele me olha.
- Pelo que vejo será difícil mudar teu pensamento. Ele sorri nazal.- Aqui estou pra tentar mais uma vez. Ele diz e eu acinto.
- És minha responsabilidade e nada mais te acontecerá eu prometo. Digo e ele acente.- Mais preciso que participes do meu plano pra que tudo dê certo e isso pode demorar uns dias. Digo e ele acente.
- Pra quem padou mais de meses aqui dentro, uns dias serão meros detalhes. Ele diz e eu acinto.
****
Conto pra ele o plano que bolei e tudo o que precisamos fazer, ele me ajudou e aceitou participar.
No momento tudo o que posso dizer é que terei que fingir odiar o Edward. Mas se quiser ficar com ele preciso fazer tudo certo e seguir a risca, porque muitos estão correndo perigo....

No meio da família real de... Vampiros!? (OBRA CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora