Capítulo 28

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Dracu estava sentado num tronco na floresta, seu rosto machucado e sujo ,agora era molhado pelas lágrimas de arrependimento, ele ouviu passos atrás dele e assombrado o mesmo se levantou correndo pronto pra atacar mas se deparou com Greenfield.

-Sou eu...

-Não estou no meu melhor momento...então é melhor nem chegar perto de mim -Indagou Dracu engolindo o restante das lágrimas

-Encontrei Trevis morto -Disse Greenfield

Dracu abriu a boca para falar mas fechou a mesma em seguida esquecendo tudo.

-Abraham morreu... -Sussurrou Dracu -ele se sacrificou para me ajudar...o feitiço da casa e tudo mais -Completa ele

-Somos amaldiçoados...

Essas palavras simplesmente escaparam da boca de Greenfield, Dracu o olhou e logo colocou as mãos no bolso que sobrou da sua calça.. Os dois olharam para além da mata e o silêncio repousou ali.

-Somos...

Sussurrou Dracu ainda olhando ao longe.

Vladislav saiu da Carfax logo após Dracu, seu ódio estava tão profundo que ele não sabia se matava somente Dracu ou a humanidade toda.
Ele caminhou em passos largos para o meio de Londres, indo encontrar Sarah...todo sujo e rasgado.

Sarah estava ainda desacordada no chão por conta do golpe de Helsing, Vladislav se aproximou dela ,a pegou no colo e a levou para cabana na floresta e a esperou acordar.

Mais tarde:

Sarah abriu os olhos com certo desespero procurando o ar e logo correu seus olhos pelo local e viu que estava na cabana. A mesma se levantou e caminhou até a porta e viu Vladislav parado perto do rio, ela saiu devagar e foi até ele parando ao seu lado.
O silêncio invadiu o lugar e até mesmos os insetos da mata pararam de fazer barulhos, ruído algum era ouvido naquele lugar.

-Porque não pode com água corrente? -perguntou Sarah repousando seus olhos nele

Ele deu uma suspirada longa e voltou seu olhar a ela.

-as trevas que vive em mim é pura...nada resiste a ela, nada vive perto de mim -Respondeu ele e levou as mãos até uma flor tocando a mesma e no mesmo segundo a flor murchou, deixando sua bela cor e tomando para si o preto da morte -Mas  como  não posso  secar  um  rio  inteiro , e  a  vida  que  a  nele  é pura, água corrente  é uma  fraqueza -Completa  ele  deixando  suas  mãos longe  dos  galhos  floridos

Sarah olhou aquilo e logo voltou seu olhar para ele, como se gostasse do que acabara de ver, o coração dela palpitou de uma maneira feliz e ansiosa...as mãos dela se aproximaram das de Vladislav e tocaram as mesmas e no mesmo instante os olhos dele repousaram nela, o toque frio dele não fez Sarah se arrepiar pois a cada segundo a pele dela ficava fria.

-E porque isso não é  a fraqueza de Dracu?  -perguntou ela o olhando, não reprimindo seu desejo pelas trevas, suas mãos acariciaram o rosto dele e ela o olhava como se estivesse hipnotizada ,os  olhos  dela  estavam  fixos  no  buraco  do  rosto  dele  onde  faltava  um  olho

-Porque Dracu ainda tem algo dentro de si que eu não tenho...amor...A mãe dele, Rosemarie os filhos que um dia ele teve. Eu sei que a cada segundo ele canaliza isso para si e não deixa as trevas assumir o controle de sua mente -Respondeu ele a olhando -é um controle, mas quando ele se ira demais esse controle apenas foge e a besta toma conta dele...antes somente o vampiro, agora ele assume a forma de Lobo... -Completa ele a olhando, sentindo o carinho dela em seu rosto e seus olhos encontraram os dela

Sarah aproximou -se de Vladislav suas mãos seguraram os braços dele com força e ela lhe deu um olhar de maneira fria...e ameaçou joga-lo na água, ele a olhou de modo irônico e deu uma risadinha..

-Faria mesmo isso? -pergunta ele a encarando fixamente

-E porque não? -sussurra ela se sentindo na vantagem

-Porque antes que eu bata na água, seu corpo sem vida cai primeiro -Disse ele pressionando a mão nela

Sarah olhou a mão dele e viu uma estaca pequena, mais como um pedaço de graveto, pressionada contra ela perto de seu coração, ela voltou seu olhar para ele e tirou suas mãos do braço dele.

-Nunca mais faça isso Sarah...pensei que estivéssemos aliados para acabar com Dracu -Diz ele tirando a  estaca de perto dela e jogando na água

-Quem garante que não vai me descartar depois disso? -pergunta ela o desafiando

-Sarah, minha querida Sarah...você esta viva porque eu quis assim, se eu quisesse já teria te descartado, mas não fiz...por outro lado rebele-se novamente e ai...digamos que a situação não ficará agradável para você minha querida -Completa ele se afastando dela e voltando para cabana

Sarah cruzou os braços contra o peito e engoliu em seco o olhando voltar para cabana e logo em seguida ela entrou também o olhando.

-Vamos atrás de Dracu, sim ou não? -pergunta ela ansiosa

-Vamos sim... E neste exato momento -Responde ele pegando sua cartola e saindo da cabana indo em direção as ruas de Londres

Londres (a noite) :

Dracu andava pelas ruas apressado com as mãos no bolso com Greenfield ao seu lado, e a cada ruído nas ruas ele olhava, sua paranóia crescia a cada instante, a sensação de estar sendo seguido, mas não sentia a presença de nenhum outro vampiro além de Greenfield, que estava com o coração bem acelerado por sinal.

Dracu passou pela entrada de um beco e logo ouviu-se um som vindo do mesmo, As orelhas de Dracu se transformaram e se mexeram de um lado para o outro caçando o arquiteto do barulho...o ar de sua boca ficou gélido, ele olhou ao redor e as luzes das velas dos postes se apagaram, Dracu já sabia quem estava por Perto.

Um vulto preto passou diante dos olhos de Dracu, e golpeou Greenfield o jogando contra parade da catedral central de Londres, Dracu ia correr na direção do amigo, mas foi pego antes ,suas mãos agarraram as de Vladislav que o segurava firme e logo  ele Lançou Dracu na direção da escadaria, Dracu caiu nos degraus batendo as costas com violência, ele tossiu sangue e tentou se levantar, tendo a visão de Sarah apontando uma estaca para o coração de Greenfield que estava no chão e olhava ela de maneira fria e cheia de ódio.
Dracu se levantou ficando de quatro nos degraus e seus ossos  começaram a se quebrar, Vladislav pulou em cima de Dracu e o bateu jogando ele mais para cima dos degraus, interrompendo  a  transformação

-NÃO VAI SE TRANSFORMAR NÃO! -gritou ele rindo psicótico

Dracu se deitou nos degraus quase desistindo, ele fechou os olhos e a imagem de sua mãe invadiu a sua mente "vença" ,Dracu respirou fundo e quando ele ia se levantar sentiu o pé de Vladislav pressionando ele contra os degraus.

-Achou mesmo que iria vencer? Você? Apenas um homem fraco, que perdeu tudo? E só tem um imbecil como amigo.... -Disse Vladislav praticamente torturando Dracu com tais palavras

Dracu fechou os olhos e apenas uma lágrima escorreu.

-Chore! Chore mesmo! Fraco! Você é fraco Draculea!  É FRACO!  -Exclamou Vladislav

Os sinos da catedral bateu as doze badaladas, e as forças de Dracu se renovaram sua mente insana tomou o controle e começou a trabalhar num plano e logo o plano estava formado, seus olhos se voltaram para as grandes portas da catedral e logo em seguida para Vladislav.

-Sim meu velho. Eu sou fraco!.... -exclamou Dracu o olhando e um sorriso irônico tomou uma conta de seu rosto

O Príncipe Das Trevas 3 [Concluída] Onde histórias criam vida. Descubra agora