Relação Entre País e Filhos

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Wanna stay
Forever this way

Tradução:
Quero ficar para
Sempre dessa maneira

Kally Perida

Havia me arrumado pra festa dos gêmeos, alguns meses atrás a Mica 635 havia estourado num site musical com música clássica misturada com eletrônica.

Vesti um vestido rosa bebê rendado inteirinho que vinha até nos joelhos e um salto nude.

Estava à procura de um dos gêmeos, quando cheguei na festa.

Me aproximei do Dante e pedi para falar em particular com ele, então os garotos da banda saíram de perto de nós.

— Quer falar comigo? — perguntou curioso.

— Eu sou a..... — quando finalmente iria revelar a verdade, fui interrompida com o tio Simon o chamando até o palco.

— Depois nós falamos — avisou me dando um beijo na testa e indo em direção ao palco improvisado.

Tio Simon começou a cantar a música para os gêmeos.

Era uma canção tão linda, mas creio que foi escrita especificamente para Tina.

Ele saiu do palco com uma expressão nada boa.

Vejo Pâmela lhe cercando apontando a maldita câmera pra cara dele, ela tinha uma canal e um blog onde postava os babados de todos os filhos dos famosos.

— Como se sente ao ver seu pai ter dedicando uma música para vocês, mas escreveu especialmente para sua gêmea? — perguntou afrontosa.

— Pâmela pare de ser venenosa, vai jogar seu veneno para outra pessoa — o defendi irritada.

— Não se preocupe Kally — falou segurando na minha mão — Deixe ela filmar o que irei fazer agora — falou voltando ao palco.

Algo me dizia que ele iria aprontar algo das grandes.

Dante Alvarez

Kally queria me dizer contar algo, mas o meu pai teve que me chamar ao palco sendo que está homenageando a minha irmã especificamente e não pra mim.

A música estava escrita "Tina" no nome dele e não tinha nada a ver comigo.

Ao terminar de cantar nos abraçamos em conjunto, mas me sinto excluído daquilo.

Ao descer do palco fui bombardeado por mais uma pergunta venenosa da Pâmela e sua maldita câmera estava apontada na minha cara. Ela tinha razão apesar de a Kally ter tentando me defender.

Voltei em direção ao palco improvisado, me aproximei especificamente onde a Roller Band estava.

— Tios, será que poderiam me dar licença? — pedi.

Pedro e Nico bateram no meu ombro e saíram, fiz sinal para os gêmeos Navarro pra subirem no palco.

Minha irmã e os meus pais me encaravam sem entender o que estava acontecendo.

— Pâmela grave tudo por favor — pedi — Iremos cantar a nova música do DAK — avisei.

Vejo meu primo subindo ao palco e pegando um dos microfones.

— Antes que cantem a nova canção, venhais anunciar que a gravadora, Bálsamo, irá investir em vocês — anunciou.

Mesmo o Matteo sendo o meu tio, ele ainda não havia dado essa oportunidade pra banda, mas pelo jeito mudou de ideia por isso meu primo que veio dar a boa notícia.

Ambos começamos a comemorar, enquanto todos batiam palmas animadamente.

Fiz um cumprimento com o meu primo e em seguida ele desceu do palco.

— Como todos viram o meu pai fez uma homenagem pra nós, mas a música veio com o nome da minha gêmea como título — falei irritado — E, nessa altura a minha amiga Pâmela veio perguntando, respondendo a sua pergunta; é que o talento dos meus pais veio todo para mim, já minha irmã não tem talento nenhum por isso meu pai fez isso pra ela — humilhei.

Olhei para o lado dela, estava com o rosto tapado no peito do meu pai, provavelmente chorando.

Meus pais me encaravam com um olhar de reprovação, nem me importei com isso.

Meus amigos estavam com uma expressão chocada, nem eles entenderam o motivo de ter feito isso.

Fiz um sinal para que começasse a tocar, o nome da canção era "Baby Mine", foi bem recebida pelo público porque teve muitos aplausos.

Âmbar Smith

Meu marido havia composto uma música linda aos nossos filhos, mas especificamente parecia ser pra nossa filha.

Sei que não fez por mal, já que sempre teve uma afinidade maior com nossa filha, meu filho é distante e difícil de lidar que nem eu.

Me fez lembrar da época em que estávamos num táxi escrevendo uma música.

Me deixou chocada ao ver a maneira que meu filho humilhou a irmã na frente de todos os convidados, não parecia o meu filho falando e a antiga, Âmbar Smith.

Minha filha chorava nos braços do meu marido.

— Irei levar nossa filha pra dentro pra se acalmar e já volto — avisou.

— Tá bom — concordei — Irei falar com o Dante daqui a alguns minutos — falei — Iremos cortar o bolo e acabar com essa festa — avisei.

— Ta bom amor — concordou saindo com a minha princesa.

Depois que Dante terminou de cantar, recebeu vários aplausos assim como o esperado.

Tomei o microfone do meu filho, vendo ele me encarando surpreso e falei em seu ouvido.

— Iremos cantar uma música, juntos — avisei — Já que você está com todo o talento da família — falei.

— Ok — concordou.

Fez um sinal para os seus amigos, eles conheciam bem a música que era "Como me ves", por uma vez terem feito um cover.

Ao terminar de cantar, ouvir os aplausos me lembrei da minha época no "Open Music" com os meus amigos.

— Daqui a 20 minutos iremos cantar parabéns lá no pátio — avisei.

Alguns entraram em direção ao pátio, os amigos do meu filho saíram, ele ia ir atrás deles, mas o impedi segurando o seu braço.

— Não devia falar desse modo da sua irmã — o repreendi — Ela também tem talento — defendi.

— Qual? — a questionei — Nunca nem vi — falou irônico.

— Ela anda de patins tão bem quanto a mim na adolescência — respondi — Além disso, sua irmã tem um grande coração e ama os animais, como diz a música do Nicolas Germano ela é uma menina de ouro — finalizei.

— Ah mãe não quero falar sobre — falou irritado — Vamos logo contar "Parabéns" — propôs.

— Mas antes, irá pedir desculpas para sua irmã — mandei.

— Não irei — falou firme e saiu na frente.

Não sei, mas como irei educar o meu filho, queria saber por onde erramos.

No portão da mansão, Lisa havia chegado bufando devido à correria. Usava um vestido rosa escuro até nos joelhos, cabelo amarrado num coque alto, maquiagem toda trabalhada no brilho com um batom nude e um salto preto.

— Oi, tia — falou — Estou muito atrasada? — perguntou olhando para os lados.

— Não querida — respondi — Iremos cantar parabéns daqui a alguns minutos — falei.

Peguei em sua mão e a guiei até o pátio.

Irei fazer de tudo pra mudar o meu filho pra não ser igual a mim na minha adolescência.

Tudo Mudou 2: Nova Geração 'Simbar/ Dally/ Kevintina'' ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora