Os Mutantes: O Colar de Aghanim

Capítulo Dois: O Retorno dos Soberanos

Em uma área remota distante cerca de 270 Km da cidade de Parlópolis, uma luz surgiu, brilhante em meio aquela noite fria, um grupo de quatro pessoas surgiu a partir daquele portal e o líder deles exclamou:
-Estamos de volta! – disse Rael, o Senhor dos Elementos dando uma risada malévola.
-Lili, feche o portal! – pediu Yuri, o Espadachim olhando fixamente para a Ilúdica Lili.
A quarta pessoa saiu antes de Lili fechar o portal e olhando ao seu redor disse:
-É, estamos de volta! – suspirou Duda, a Metamorfa e traidora dos Mutantes.
Quando os vilões chegaram de sua viagem, eles andaram por uns trezentos metros e encontraram um caminhoneiro que transportava comida. Duda transformou-se em uma mulher mais bela do que já era e pediu para que o caminhoneiro estacionasse. O homem cedeu aos encantos da bela mulher e parou seu caminhão, desceu e foi ao encontro da bela moça que lhe deu um belo soco, fazendo-o cair desacordado. Os vilões saquearam a carga e saciaram sua fome, enquanto que o pobre homem se encontrava amarrado no pneu do veículo.
Após o saque, Rael com toda frieza propôs aos demais do quarteto uma mensagem para os Mutantes:
-Meus caros colegas, que tal deixarmos uma mensagem para os nossos amiguinhos avisando o nosso retorno?
-Hum... boa ideia! – concordou Yuri.
-Tá, mas vamos usar o que como meio de aviso? – perguntou Duda.
-Ora! É simples minha cara, vamos usar o nosso amiguinho que está ali! – apontou Rael para o caminhoneiro.
-Aquele cara? Sério? No que ele vai nos ser útil? – questionou Lili confusa com a decisão de seu mestre.
-Vou mostrar a vocês! Yuri venha comigo. Virem-se para lá, vocês duas! – pediu Rael, no qual os mesmos obedeceram.
Rael junto com Yuri foram até um campo plano e sem nada, levando junto com eles o pobre caminhoneiro. Quando chegaram até o local determinado pelo Senhor dos Elementos, Yuri conjurou uma arma por ordem de Rael cortou todo o corpo do caminhoneiro que gritava de dor. Com os poderes de controlar os elementos, dentre eles a água, Rael retirou todo o sangue do corpo daquele homem que murchou e morreu imediatamente enquanto clamava por socorro.
Com o sangue do pobre miserável, o vilão escreveu uma frase para os mutantes na qual dizia: “Estamos de volta, mutantes!”. Após toda aquela carnificina, as duas moças aterrorizadas voltaram-se para Rael que estava com um largo sorriso frio de psicopata e chegando até elas disse:
-Sorriam minhas meninas, a noite só está começando!
Após o ocorrido, os vilões se dirigiram até o meio do oceano Atlântico e lá Rael fez surgiu um nova e maior ilha para que ele e sua equipe pudesse residir e arquitetar seus novos planos. Os malvados passaram toda a noite trabalhando e no raiar da aurora estava tudo pronto. Vendo o nascer do sol, Rael exclamou com toda autoridade e toda a raiva dentro de seu frio coração:
-A partir deste dia, começa a minha vingança!
Neste mesmo dia, um destacamento do exército passava pelo local onde o Senhor dos Elementos deixou a mensagem para os seus inimigos. Chegando no local os militares não conseguiram visualizar o aviso, porém eles perceberam o corpo de um caminhoneiro totalmente acabado e murcho, então um dos tenentes pediu para que um avião militar que sobrevoava não muito longe dali desse uma olhada e transmitissem a mensagem escrita. A ordem foi executada, o avião sobrevoou o local e espantado o piloto pronunciou a seguinte frase: “Estamos de volta, mutantes!”, imediatamente um perito criminal que estava no local constatou que a frase foi escrita com sangue.
Todos no local ficaram espantados com tamanha crueldade, e reportaram a mensagem para a base dos Mutantes. Enquanto isso, na base, os demais mutantes ensinavam aos alunos as técnicas e a ética de utilização dos seus poderes. De repente, chegou uma mensagem no computador de Kay que estava dando aula de tecnologia e sistemas de programa para armamentos aos alunos que possuíam inteligência sobre humana, e o mesmo foi averiguar. Chegando no local, o Doutor percebeu que era uma mensagem importante e que vinha das autoridades. Abrindo a mensagem, o Doutor Kiev ficou pasmo com o que viu e de imediato solicitou aos demais professores mutantes que se reuniram na sala de Kay.
-O que foi, o que houve? – perguntou Helô e Bia assustadas.
-Pois é Kay, o que aconteceu desta vez? – questionou Rod.
-Pessoal, algo inesperado aconteceu... – disse Kay parando por um instante.
-Vamos homem, o que aconteceu desta vez! – apressou Joca já preocupado.
-Bom, acho melhor vocês verem com seus próprios olhos... – adiantou caiu virando seu computador para os seus amigos que observaram aquela intensa frase.
-Eu não acredito! – exclamou Ruan com raiva.
-Como isso aconteceu? Como isso é possível? – perguntou Honorato indignado.
-Puta merda, Rael voltou pra falar mais merda ainda! – disse Aldo meio irônico e preocupado.
-Concordo contigo Aldo! – afirmou Vitinho.
-É, pelo jeito eles voltaram, mas por enquanto vamos permanecer na nossa, quietos, não revidaremos! – propôs Joca a todos.
-É... eu concordo com Joca, é melhor ficarmos silenciosos até então, pois se a gente der alguma resposta será um preceito para eles nos atacarem e isso é o que eles querem! – disse Kay concordando e dando sua opinião estratégica.
-Sim, certo, nós concordamos, mas eu queria saber como eles voltaram! – perguntou Léo.
-Bom, na verdade existe algumas formas de voltar. Nós os mandamos para o espaço, mas não sabíamos exatamente para onde, de acordo com o que Vini me disse antes da gente lutar com o gigante. -disse Duarte explicando uma parte da teoria de retorno dos vilões.
-Sim, Duarte está certo. No espaço, existe algumas formas deles conseguirem viajar no contínuo espaço-tempo e chegar até aqui. – explicou Vini.
-Outra forma é eles combinarem seus poderes com uma rocha espacial chamada transtortus, que lhes dão a capacidade de criar apenas um portal momentâneo para onde eles desejam ir. – disse Kay explicando com o seu computador.
-Ah... então é isso! Ok, entendi! – disse Ruan olhando para Léo.
-Então é isso, estamos combinados, ninguém fará movimento ou reação alguma para os soberanos, ok? - disse Joca.
-Ok! Ok! – disse todos saindo da sala.
Quando todos saíram, com exceção de Kay, Rod e Joca, o Senhor do Trovão pediu ao seu amigo Doutor Kiev que enviasse uma mensagem para o governo, dizendo para que o ocorrido fosse ocultado e que nenhuma reação fosse proposta.