11.

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- Marcus?- Cory o olha.

- Você ia beijar ela?- Marcus diz segurando uma garrafa de cerveja.

- Marcus...- me aproximo dele.

- Você é uma vadia, ia beijar ele...- me empurra para trás com tudo, fazendo-me cair na piscina.

Sinto meu corpo congelar e subo rapidamente pra superfície, todos na festa já me olhavam e eu encarava Marcus furiosa.

- Qual seu problema?- Cory me ajuda a sair da piscina.

Marcus fica quieto enquanto eu deixo Cory me ajudar a subir para o chão. Cory tira sua jaqueta e me cobre, já que minha blusa debaixo era branca e no momento eu tava praticamente nua.
Ouço Casey logo atrás gritando meu nome, eu e Cory paramos e olhamos para trás.

- Aonde você vai?- grita.

- Essa é a sua amiga?- Cory diz baixo.

- Sim.- respondo.- Pra casa, estou toda molhada.

- Vamos, eu dirijo.- ela se aproximou.

- Não precisa ir embora agora da festa...- encaro ela rezando pra que entendesse minha expressão.- Cory disse que me leva.

- Mas e o seu...- arregalo os olhos e sussurro um cala a boca.- Tudo bem, me entrega as chaves.- sorri.- Obrigada, Cory.

Eu e Cory saímos de lá e fomos em direção ao seu carro, ele abre a porta para mim entrar, tenho que dar um impulso pra subir devido a altura do carro. Assim que ele adentra, liga o ar quente e eu o agradeço mentalmente, logo depois liga o som e sua playlist era completa de Green Day.

- Você gosta de Green Day?- sorrio.

- Se eu gosto?- ele diz olhando para o caminho.- Eu amo Green Day.- sorri.

- Eles até que são bonzinhos.- faço uma careta.

- Bonzinhos? Saia do meu carro agora, Maya Monroe.- diz e freia o carro. Rimos e voltamos a ouvir.

Uma música começou a tocar, minha favorita, porque me fazia me identificar completamente com o cantor. Wake me up when september ends. Ouço-a enquanto encaro o caminho todo até minha casa. Ouvir Billie falando sobre a perda de seu pai era como me sentia em relação a minha, histórias distintas mas com a mesma dor. Sinto Cory me encarar quando o sinal fecha logo a frente.

- Se quiser mudar a música...- diz quase que em um sussurro.- Pode mudar...

- Tá tudo bem, gosto dessa música.- o encaro.

Cory volta a dirigir e percebo que estamos quase chegando. Queria ficar mais 2 horas naquele carro conversando com Cory, era algo completamente prazeroso, era bom estar e falar com ele e isso era a coisa mais errada que eu podia sentir ou fazer no momento. Olho de relance para Cory e novamente pego-me julgando sua beleza como a mais linda de todas, eu estava começando a esquecer quem era o seu pai e isso me prejudicaria. Quando sinto o carro parar, olho para Cory tentando pensar em como me despedir.

- Chegamos.- sorri de lado.

- Obrigada por me trazer, não precisava...

- Disponha.- sorri de novo.

Me aproximo dele e me inclino para lhe dar um beijo de despedida, mas as coisas não saíram como esperado ou talvez estava esperando tanto por aquilo que acabou saindo antes do que previ. Cory encaro meus olhos assim como o fiz, senti minha mão automaticamente subi pelo seu pescoço e meu rosto ir de encontro ao seu. O que posso dizer do que senti naquele momento? Eu nunca havia sentido antes. Mas algo em mim implorava para mim larga-lo e sair dali e foi o que fiz, me afastei bruscamente e me desculpei, saindo antes mesml de ouvir alguma palavra sua.
Entrei no prédio e corri para o elevador antes que chamassem, eu estava ainda molhada e uma expressão estranha estava em meu rosto, não sabia o que.
Assim que adentro o apartamento, levo um susto ao ver Casey no sofá.

- Você beijou um Foster.- diz séria.

- Que?- franzo o cenho.

- Eu vi, você e Cory...

- O que tem?- dou de ombros.

- Está gostando dele.- se levanta.

- Claro que não!- exclamo.

- Olha pra você, parece uma adolescente apaixonada.- Casey sorri.

- Preciso me aproximar de Cory, e não vi saída melhor do que faze-lo se apaixonar por mim.- sorrio debochada.

- Ah sim, e depois, quando ele se apaixonar e quando acabar tudo? Vai fazer o que? Matar ele? Magoar ele? Dizer que não sentiu nada?- cruza os braços.

- Casey, eu...- procuro uma resposta mas nada parece fazer sentindo.

- Maya, Cory não é igual ao pai, é visível só no jeito como trata as pessoas.- diz calma.- se quer se vingar dos Foster, faça o que quiser, mas depois que estiver feito, não fique triste por causa de Cory.

- Por que está dizendo isso?

- Porque se você ainda se lembra, Cory é um Foster e se magoar Érica, magoará a ele.

- Eu não me importo.- dou de ombros.

- Não é o que seu coração diz.- Casey deposita um beijo na minha testa e vai embora.

Sento-me no sofá ainda úmida. Casey tinha razão, se eu magoará Érica, isso afetará Cory e não posso fazer isso.
Corro para o computador e encaro a ficha de Collor.
Se quero resolver as coisas com ele, terá que ser diretamente com ele.

Sweet Revenge || Froy Gutierrez.Onde histórias criam vida. Descubra agora