Lembranças do passado

Confronto

Dias atrás......

O que você faria se sua vida perfeita desmoronasse diante de seus pés?.
    

Tinha uma vida perfeita até tudo acontecer. Até tudo realmente mudar e as escolhas me transformarem.
   
       
O súbito barulho oco e alto dos meu passos na calçada cinzenta, fazem com que todos na rua olhem para mim. O céu ainda está rosa purpura e o grande sinal do amanhecer aparece.

Estou caminhando para o meu emprego de meio expediente,trabalho em uma empresa de modelo chamada Frozen. O salário é bom o bastante para eu conseguir comprar e pagar tudo o que eu quero.

 
Enfim o sol aparece e abro aos poucos meus olhos afim de me acostumar com a claridade,colocando as mãos sobre os olhos para não ficar cega por alguns minutos.

Ao longe, mas não tão distante vejo aquele grande edifício espelhado e brilhante em que trabalho. Entro pela grande porta giratória do edifício e não demora muito para ser vista entre os funcionários.

— Bom dia Lily! — uma moça de cabelos cor de ouro e olhos azuis me cumprimenta.

— Bom dia Amy — digo ainda meio groge, por conta do sono.

— Tem visita para você — Ela sorri — Não queria deixá-lo entrar, mas ele persistiu.

— Visista?.

— Veja com seus próprios olhos.

 Amy trabalha como recepcionista na Frozen, ela é uma boa pessoa e sempre foi alegre como o Sol retumbante.

Debruçada em sua cadeira, Amy pega o cartão que dá acesso a empresa e com um leve sorriso ela o entrega a mim.

   
Abro a porta em um uníssono, e instantaneamente ouço uma voz ao longe.

— Oi minha linda, que saudade de você — aquela voz no fundo do corredor  me soa familiar.
     

E no fundo do corredor  aparece um vulto de um homem com semblante sério, de cabelos escuros e olhos cor de mel. O homem se aproxima cada vez mais em passos rápidos. Ele sela a sua testa na minha até que fixa seus olhos castanhos nos meu querendo dizer " Eu quero você agora " sempre o Brian manipulador.

Empurro ele  simultaneamente e o empurrão é tão forte que ele dá alguns passos para trás, tentando não cair. Mas o gesto não é suficiente, as palavras fogem  da minha boca:

— Sai daqui seu merda, não quero ficar perto de você.
   
Brian foi meu namorado por dois anos, sempre me sentia bem quando estavamos juntos, até que ele me magoou profundamente. Encontrei ele com uma mulher em nossa cama, tentou explicar, mas não dei importância alguma. Instantaneamente naquele momento de fúria joguei todas as coisas dele pela janela e o expulsei de casa. Em alguns momentos depois, tivemos pequenas recaídas e ficávamos junto, mas nada tão comprometedor e nem sério. Porém agora tudo o que mais quero é esquece-lo.
       
Brian franze a testa, sei que ele não vai cair nessa história novamente mais não custa tentar ... mais uma vez.
   
— Estou impaciente hoje, tive muitos problemas...

Imediatamente ele me interrompe como se estivesse ignorando qualquer palavra dita.

— Lily barreth ,não me faça de idiota, o que você está escondendo de mim ?— ele fica ainda mais sério, sei disso quando me chama pelo nome inteiro.

  
Ele continua enquanto passa os olhos pelo corredor sem qualquer vestígio de alguma vida além de nós dois.

— Chega!!!.

Ele se agita e começa a gesticular,
caminhando de um lado por outro no corredor. Costuma fazer isso quando já sua paciência já havia se esgotado e nesse momento tinha certeza que ficou bem irritado.                             
  
— Já fui muito paciente com você, não dá mais pra te tratar como coitadinha, porque você não é...não é mais, Lily e nunca foi — ele respira fundo — O que passou, passou e já deu tempo o suficiente para que você desse a volta por cima. Eu te conheço,e sei que esta escondendo algo de mim.

— Olha aqui, quem você pensa que é para me impor alguma coisa. Até onde eu saiba quem me fez de idiota foi você — Sinto algo ferver dentro de mim — Eu não vou esquecer o que você fez por mim.

— Mas quando...

Não deixo a sua frase ser terminada e sigo para o corredor. Ele segura os meus braços antes de me afastar o suficiente.

— Só me diga o que aconteceu — O tom de sua voz se acalma.
  
 — Acho que estou grávida e o filho é seu — digo em um tom alto o suficiente para ele ouvir.