Quando meu soninho da beleza acabou, percebi que estava em uma clareira dentro de uma floresta. Era uma floresta não muito densa, havia um cheiro de terra molhada e podia escutar as cigarras cantando belas canções, além de que já estava anoitecendo.
Eu me levantei e olhei para um único caminho que levava, por eu ser o mais valente príncipe de todo o reino, decidi seguir o caminho. Passou um tempo até que encontrei uma carroça quebrada com um homem jovem adormecido, um bom príncipe é também muito prestativo, peguei alguns curativos na minha mochila para ajudá-lo.
Ele acordou enquanto limpava um machucado na cabeça, ainda estava sonolento igual um zumbi.
-Quem... É você...?-
-Eu sou um príncipe de um reino muito distante, vim com toda honra te ajudar.-
-Onde está aquelas gelatinas nojentas?- Disse ele confuso.
-Acho que bateu com a cabeça forte, aqui não tem nenhuma gelatina, muito menos uma nojenta.-
-Então o que raios é aquilo?-
Ele apontou para o lado esquerdo dele, e lá estava... Eram umas oito Gelatinas de Limão com boca e olhos gigantes amarelos. E eram muito nojentas fediam a lixo de banheiro, eca!
-Corra por sua vida!- Ele se levantou de pressa e começou a correr.
Comecei a correr junto com ele, e as Gelatinas de Limão podre estavam correndo atrás de nós dando pulinhos, era tosco e mesmo assim continuamos correndo.
O caminho que seguimos nos levou até uma cabana abandonada, era de madeira e não muito grande, a porta estava aberta as janelas estavam trancadas havia muita poeira.
Corremos lá para dentro e trancamos a porta, logo que olhei pela janela, não haviam mais oito, eram mais de vinte!
-O que vamos fazer? Vamos nós dois morrer!-
-Calma, me fale sobre essas Gelatinas.- Disse eu de um jeito muito valente.
-Eu não sei muito sobre elas, sei que elas nascem dentro dos esgotos da cidade, e que saem a noite para caçar.-
-Que tal se usarmos o fogo?
-Mas, será que vai dar certo?
-Gelatina derrete facilmente
-É uma boa ideia, vamos usar tochas! Disse ele com esperança.
Procuramos por materias para fazer duas tochas, usamos madeira que naquela casa havia em tudo conter lugar, pedaços de panos e teia de aranha e usamos uma velha pederneira, igual nos acampamentos de verão.
Acendemos elas e estávamos prontos para enfrentar as gelatinas, abrimos a porta e fomos para cima delas, elas estavam com medo do fogo assim como o esperado. Enquanto voltamos para a estrada, um vento frio e úmido assoprou contra nós, apagando as tochas. Saímos correndo no meio da profunda escuridão, e para melhorar, uma tempestade estava vindo.
A sensação de lutar contra Gelatinas de Limão é bem estranha, para começar, elas não são tão sólidas, você acerta elas e simplesmente atravessa o corpo e acho que não machuca. Depois tem o fato daqueles olhos serem um tanto quanto assustadores, as gelatinas que a Rainha fazia para mim eram mais suculentas, e claro, aqueles malditos dentes feios, é muito medonho uma gelatina com dentes e olhos!
Continuamos a correr até que uma Gelatina pulo em mim, acertei ela com o resto da minha tocha, não é muito legal já que ela grudou na minha tocha, como era muito nojento soltei a tocha e continuei correndo.
Elas estavam próximas, até que eu avistei um muro gigante com guardas em cima deles. Eu sabia o que era, era a cidade!Assim que eles viram as Gelatinas, dispararam flechas com a ponta pegando fogo em cima delas, rapidamente afugentando elas. Os guardas abriram os portões e nós adentramos a cidade.
-Muito obrigado!- Disse ofegante por ter corrido muito.
-Vocês salvaram nossas vidas!- Disse o homem
-Não há de quê. Se quiserem, há uma boa estalagem no fim da rua principal.- O guarda dizia seguro de ter sido nosso herói.
-Obrigado!- Continuava ofegante.
-Vamos até a estalagem?-
Fiz que "sim" com a cabeça porque não aguentava falar mais nada.
Fomos até a estalagem no final da rua, a cidade era muito bonita de noite, as estrelas cintilavam e havia pessoas conversando nas ruas, restaurantes abertos, era um lugar muito bom para se viver.Chegamos na estalagem e fomos até a atendente.
-Olá, querem alugar um quarto? São dez moedas de ouro a noite.-
-Eu pago, considere um agradecimento pela ajuda. Moça quero dois quartos-
-Obrigado, qual o seu nome?-
-Me chamo Gimaran.-
-Vou te chamar de Gui.-
-Haha sem problemas. Podemos conversar amanhã? Estou com muito sono-
-Sim, eu também estou- Subimos as escadas e nos despedimos.
Não era lá um quarto decente para um magnífico príncipe, mas a cama era macia. Coloquei meu pijama e não demorou muito até eu cair no sono, mas é claro, sem esquecer de agradecer papai do céu.
Foi uma grande aventura, mas ela ainda só começou, ainda virão muitas outras coisas piores no outro dia, como por exemplo gnomos contrabandistas de fadas.
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O Dragão dele
AventuraEssa história é sobre uma grande jornada de um menino que atravessa o mundo dele para derrotar algo maior do que ele mesmo, todos os seus amigos são diferentes do convencional e isso o torna peculiar. Acompanhe essa aventura cheia de mistério!