Encontro mineiros fantasmas

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Após eu acordar de ontem, um dia muito louco que eu chutei gnomos. Acordei com fome, porém Gui pescou alguns peixes com uma lança de madeira improvisada, ele acendeu uma fogueira e fritamos os peixes no estilo acampamento, com as varetinhas e tudo mais.

Saímos da floresta e fomos adiante seguindo a estrada até chegar nas margens do rio que abastecia as fazendas próximas. O dia estava nublado e com frios ventos vindo do norte, os campos verdes com várias flores se encontravam sem vida em uma acinzentada imagem depressiva.

Chegamos às margens do rio, que também estava sem vida e nem os peixes se conseguia ver, continuamos andando por esse triste caminho e quando encontramos trilhos perdidos no chão, fomos atrás deles até achar a entrada da mina.

-Bem, é aqui.- Eu disse enquanto tentava achar iluminação dentro da mina.

-Sim, vamos logo entrar.- E nesse momento tochas se acenderam de dentro da mina, eu e ele engolimos seco e adentramos.

Assim que colocamos o pé lá dentro, a chuva começou a cair e eu fiquei com medinho, mas não tínhamos opção. Os túneis eram relativamente apertados, eram pequenos para o Gui que tinha de abaixar a cabeça, e muito estreitos além do calor que estava lá dentro.
Chegamos em uma bifurcação e no meio delas estava um picareta voando ao maior estilo Herobrine, até que tomou a forma de um mineiro anão esbranquiçado.

-Um... Um... FANTASMA!?- Disse eu e Gui ao mesmo tempo com medo.

-Quem são vocês? O que buscam nesse lugar abandonado?- O fantasma disse enquanto se aproximava de nós.

-Descupa entrar em sua casa sem bater na porta Senhor Fantasma.- Disse eu, segundo Gui nesse momento eu estava tão branco quanto o fantasma.

-Tanto faz para mim, nem lembro meu nome e muito menos quem eu era.-

-Como você morreu?- Perguntou Gui.

-Não me lembro, apenas vago por esses túneis sem rumo.- Respondeu o fantasma.

-Sabe onde podemos encontrar titânio, ouro e alguma gema mágica?-

-Para que? Vender?- O fantasma questionava.

-Quero fazer uma espada para derrotar um dragão- Respondi ele.

-Você não vai conseguir derrotar ele, todos nós sabemos- E assim o fantasma me deixou tremendo de raiva.

-Você não tem a verdade absoluta!- Gui estava em choque.

-Ah não? Acha mesmo que você, um minúsculo pedaço de gente vai conseguir derrotar aquilo que você chama de Dragão? No fundo você sabe a resposta, até seu Sábio da Colina sabe que não é capaz! Desista!- Ele... Me magoou...

-Você não entende... Eu nunca tive escolha de querer ou não derrotar ele... Mas se eu não tentar... Eu... Vou...- Não conseguia dizer nada, eu estava chorando muito.

-Idiota, acha que tudo depende de sua persistência, persistência não faz milagres!- Gui ficou de cabeça baixa.

-EU NÃO QUERO MORRER!- Gritei.

-Mas vai, e você sabe disso.- O fantasma insistia.

-EU NÃO TÔ NEM AÍ! EU QUERO SER ALGUÉM! EU QUERO SER LEMBRADO! EU QUERO TENTAR MESMO QUE SEJA IMPOSSÍVEL!- Realmente estava exaltado.

-Veja!- disse Gui, limpei as lágrimas e quando observei bem vi que o fantasma estava se dissolvendo em fumaça roxa.

-As lendas dizem que mineiros trabalhavam nesse lugar para buscar uma jóia rara, mas nunca encontram e foram esquecidos pelo tempo. E também dizem que eles tentam desanimar as pessoas.- Gui explicava.

O Dragão deleOnde histórias criam vida. Descubra agora