O início de laços

7 1 0
                                    

Mais uma aula concluída agora vou para meu primeiro dia na lanchonete não sei o que me espera, confesso que tenho medo do que me espera, sinto que algo vai me tirar da zona de conforto e não sei se estou preparada. Ao chegar em frente a lanchonete ela esta fechada e algumas pessoas na porta aguardando para entrar.
Tentei abrir a porta mas estava trancada mas lembrei que havia a porta dos fundos onde vivia aberta e a Sra Petersson me indicou para entrar, ao entrar encontro a no chão desmaiada não sabia o que fazer então gritei pedindo socorro, rapidamente a multidão entrou para ajudar e fomos rapidamente para o hospital.
Já consciente a Sra Petersson informou que é hipertensa e as vezes sofre desmaios porque esquece de tomar seus remédios, agradeceu a minha ajuda e quis levantar para voltar ao trabalho pois as contas precisam ser pagar com o dinheiro da lanchonete, ela desabafou e contou o que estava passando.
Anne o Afonso não é meu filho, ele é filho da minha irmã do meio que faleceu semanas após o nascimento dele, encontrei uma carta que estava debaixo dela ,essa carta eu guardo comigo até hoje as palavras são como herança pra mim:
Querida Pet,
Se esta lendo essa carta provavelmente já não estarei mais entre vocês, confesso que não queria escrevê-la nunca fui boa com as palavras ainda mais despedida, mas vocês merecem uma explicação e como você é mais próxima de todos da família, a mais zelosa e sensata.
Me perdoe desde já por não revelar a minha doença mas há anos eu já sabia e o médico disse que não teria cura e então eu antecipei a vinda do Afonso pois sentia meu corpo morrer a cada dia. Deixei um envelope em cima do armário da cozinha lá tem uma boa quantia que ajudará você a sustentar Afonso até o término da faculdade.
O pai dele me deixou essa quantia como meio de calar minha boca com a doença que ele me deixou assim como ele morreu de forma rápida e silenciosa sigo o mesmo rumo, pesquisei a respeito e vi que poderia morrer por um simples resfriado, que tristeza minha irmã mas o pior de tudo é minha falta de vontade de lutar pela vida, não sei viver com uma doença dessa, todos olhando pra mim sabendo que sou soro positivo.
Mas levarei as memórias nossas conversas o seu cuidado e por isso que te escolhi para cuidar de Afonso, e sei que desempenhará esse papel melhor do que eu, fica a seu critério dizer a ele quem eu fui, não tive grandes conquistas como você, infelizmente todas as minhas escolhas foram erradas e é por uma delas que morro.
Amo vocês, me perdoe por não contar e por não querer lutar talvez eu não tenha essa garra .

O tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora