A realidade do viver. Jurar nossos corpos uns aos outros mesmo sabendo que iremos ser devorados pelos vermes donos da terra.
Carnalidade, falam de amor, meus caros, isto é apenas sexo! Desejar fluídos à prazeres empoeirados, arranhar a pele até as células mortas pararem escuras em suas unhas, as pernas tremerem e junto com isso o tremor, temor de realmente sentir o maldito amor!
Sentir as caldeiras do coração se aquecerem novamente, remendar as rachaduras de outrora, é sentir o frescor da liberdade mesmo estando caindo por alguém. Muito diferente de apenas trazer visitas à ti, sentir o cabelo grudado a pele, os movimentos repetitivos, oh sim, cada vez mais rápido, o êxtase tomando o seu corpo como um tsunami e para logo depois ser vazio, indiferente, debruçado na sacada fumando, pensando qual vai ser a desculpa de sair o mais rápido dali.
"Oh, preciso preparar os gráficos para a reunião de amanhã", "Minha mãe ficou doente, preciso ir ao hospital", "Alô? O quê? O cachorro ficou doente? Já estou indo!"O amor não é composto por lindas mentiras, olhares e toques. Você não vai saber se é até o momento em que ele te devastar.
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A madrugada pertence aos poetas.
Puisi"Ciscos. É isso que somos, ciscos em um curto espaço de tempo, por isso pergunto para você, aqui, agora: como um cisco momentâneo pode doer tanto?"