Como um monstro rasgando meu ventre
E um corvo comendo meu cérebro
Sinto a dor de existir
Em um eterno descalabroAfastei os meus amados
Foi um conjunto de dardos
E o alvo era o meu coração
Carente, ausente
Do que chamam de amor próprioE pelo sangue que corre em minhas veias
Eu ainda estou tentando levantar
Mas fiz todos partirem
Pois sei que não vou sobreviver mais uma noite
Sem lamuriarEntão eu corro
E corro, querida
Mas estou tentando sobreviver
Mesmo nadando nesse mar
Com os meus respectivos pedaços
E tu sabes, estive durante muito tempo soturno
Nada me afeta, querida
Com todo esse temporal em meu âmago
Eu poderia esculpir mágoas
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