Prólogo

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Não tenho muita paciência, e isso dificulta minha relação com outros seres humanos, em especial com meu irmão, Enrico

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Não tenho muita paciência, e isso dificulta minha relação com outros seres humanos, em especial com meu irmão, Enrico.

Ele é mais velho e sempre teve  dobro da minha altura. Digamos que eu nunca saia ilesa de nossas brigas.

Eu amo meu irmão, mas às vezes, - e quando digo "às vezes" eu quero dizer SEMPRE - me irrita. Nunca gostei de relacionamentos sérios, me envolvi em um mas com pouco mais de 2 meses nós terminamos, ele era muito grudento. E esse meu jeito irrita o meu irmão, ele diz que tenho que tomar juízo, ficar mais em casa, arranjar um homem só e arrumar um emprego respeitável. Chato!

Trabalho em uma boate de dança chamada KissMe que fica no centro de São Paulo, e me apresento três vezes por semana junto a quatro garotas, Serena, Carina, Estela e Felipa. Eu as amo!

Depois de um certo tempo de convivência, nos aproximamos bastante e hoje somos praticamente inseparáveis.

A Felipa já teve um caso com o Enrico, ele a adorava, ou melhor, a idolatrava, mas ela só queria sexo e curtição, já ele... digamos que é um exemplo de Don Juan. Romântico, fofo, sedutor e fiel. Um sonho? Sim. Talvez para muitas outras mulheres por aí, um galanteador nato seja um sonho de consumo, mas não para mulheres como nós. Não para Felipa.

Ela é do tipo de mulher que não fica com apenas um na noite, e muito menos na vida. Quando cheguei na boate procurando emprego, ela me ajudou falando com o dono, e mesmo ela negando sempre, eu ainda desconfio de que role algo entre eles.

A Serena também já trabalha aqui, e junto com a Felipa, me ajudaram bastante na adaptação. Já a Carina e a Estela chegaram três semanas depois. Duas loucas! São primas, praticamente irmãs, e segundo elas, não se separaram nunca.

O Hugo, gerente administrativo da boate e braço direito do dono, Sr. Morales, sempre joga um charme para cima de mim, e como não sou de recusar nada, sempre acabo cedendo. Moreno dos olhos verdes. Ah...! Uma perdição!

Quando fui adotada pela mãe - Catarina Gonçalves - e pelo pai - Ricardo Adams -, fui muito bem acolhida e consegui me adaptar bem a nova família.

A mãe sempre fala, ou melhor, falava, que quando me viram naquele hospital, foi amor a primeira vista.
Ainda me recordo de sua voz doce e suave me chamando como um anjo que convida para o paraíso:

[...]"Venha meu pequeno anjinho ruivo, não tenha medo. Eu estou aqui..."

Hoje, só me restam recordações do meu anjo da guarda, minha âncora, aquela que sempre me ajudava a achar o caminho de volta quando estava perdida. A minha mãe!

°°°

A Catarina trabalhava em um hospital no interior de São Paulo como enfermeira, e o Ricardo é advogado. Meus pais biológicos - Teresa e Marcos Soares - sofreram um terrível acidente; foram vítimas de uma queda de avião, onde ninguém que estava no vôo sobreviveu.
O avião tinha como destino Porto Alegre, íamos visitar alguns parentes, eu havia ido na frente com a minha avó biológica, enquanto meus pais biológicos iriam mais tarde porque precisavam, antes, participar de uma reunião na transportadora em que trabalhavam.

Depois do acidente, nenhum parente meu quis ficar comigo, talvez porque eu fosse a cara da minha mãe e isso seria uma tortura diária para eles, ou porque eu não era uma boa menina. Nunca entendi o porquê. Nem pretendo mais.

A partir do momento em que me abandonam em frente aquele hospital, perderam o meu respeito e o direito de serem chamados de família. Além de não terem mais espaço nos meus pensamentos. Não mais.

°°°

Oii meus dengoos!! Tudo bem com vocês? Espero que sim. ♡
O que acharam de Dakota? Depois desse desabafo aqui no finalzinho, confesso até eu quase chorei. :'(
Se gostou, acompanha a trajetória da ruivinha comigo e não esquece de deixar a estrelinha linda e o comentário maroto. ;)

Xeroo!!

DAKOTA - Irmãos Adams | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora