Capitulo 2

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Dois replays da sua vida não é um terço da infância de Jongdae, às imagens do pior dia da vida do Kim, rondam  sua cabeça, 8 anos que a mesma cena se passa repetidamente em seu psicológico.
Ele não queria estar ali, naquela prisão de portas de aço, torturas que só quem esta lá dentro sabe como é, cercado de pessoas "loucas", enfermeiros que só estão ali para ter o pão de cada dia nem ao menos se importando com os pacientes. Ele queria dar um fim naquilo, e esse dia séria hoje, o plano tinha tudo para dar certo, sair para o refeitório, dar o perdido em Luhan, e nos enfermeiros e guardas, e entrar na salinha de remédios que ficava responsável por um moço alto, que sempre saía num intervalo de 5 minutos. Tudo daria certo, se o corpo do recém médico não tivesse esperando-o atras da grande porta de aço, com aquele sorriso radiante, o Kim se perguntava da onde o médico tinha tanta felicidade para estar trabalhando em  um manicômio... e ainda mais sorrir para si.

-Jongdae- exclamou com um grande sorriso- Pensei que não iria sair para almoçar, não parecia estar muito animado para isso-
-E não estou- ditou andando ao refeitório
Ele teria que bolar um plano rápido para despistar o médico
-Bom Jongdae- correu a passos longos para alcançá-lo- Conheci um amigo seu-
-Um amigo meu?- suspirou- Luhan certo?  não sei porque ele insisti em dizer que somos amigos, ele e pegajoso e chato-
-Uall- exclamou alto o médico que fez o Kim dar um pulinho de susto- Me desculpe pelo grito- ditou baixinho- Você falou mais que 6 palavras isso e um avanço- sorriu
De resposta só ouviu o suspiro do Kim, o mesmo percebeu que não poderia se drogar ate à morte, pelo menos não hoje.

-Dae- gritou- Achei que não viria amigo- ditou o chinês
-Já disse que não sou seu amigo, para de me encher o saco porra- ditou as últimas frases gritando deixando o chinês cabisbaixo é saindo de perto dos Kim
-Porque você foi tão rude com ele? ele só quer ser seu amigo Jongdae- ditou o médico
-Pois eu não quero saber dele, vivi sozinho não e agora que vou ter alguém do meu lado- saiu andando para umas mesas afastadas perto das janelas, ate que foi parado com uma mão segurando a sua-
-Você tem a mim agora Jongdae, vou estar ao seu lado, te ajudar em todos seus problemas- o médico passava seu polegar nas mãos magras e frágeis do Kim-

O paciente tinha seu coração acelerado, nunca ninguém o importou com ele todo esse tempo, só teve enfermeiros e médicos que judiaram dele, e claro ele não deixou barato, talvez seja por isso que toda vez havia sacos pretos com cheiro de gente morta saindo do hospital.
O Kim mais novo desfez o contato e voltou a atenção ao chinês que estava sentado com um menino de capuz preto.
-Você quer ir lá? pedir desculpas por ser rude?-
-Que?- gritou- N-não- olhou para o médico que ja o olhava fazendo o desviar o olhar
-Quer sim Jongdae, você não é uma má pessoa, vamos la sim?- sorriu

O médico o puxou com cuidado as mãos magras do paciente.
-Luhan- o medico chamou  a atenção do chinês
-Jun? sim?-
-Jongdae quer sentar com vocês, e te falar uma coisa- rodeou os braços pela cintura do Kim mais novo e o empurrou para sentar- Diga a ele Jongdae- sorriu
-Filho da puta- ditou baixinho recebendo um olhar feio do Kim mais velho- Ok, Er Luhan?- o olhou - Diga Jongdae- o chinês disse- M-me me desculpa ta- exclamou nervoso- o olhar confuso do chinês, o sorriso do médico para si e a cara sem expressões do menino de capuz, o estava deixando ansioso demais, deixando suas mãos frias e um leve tremor, ate que sentiu um calor nelas, olhou assustado e encontrou as mãos de Junmyeon entrelaçadas na sua e junto um olhar como se dissesse - Calma estou aqui-,o que no momento o acalmou, depois de tanto silêncio o chinês se pronunciou
-Eu te desculpo Dae- gritou abraçando o Kim mais novo que logo fez questão de sair do abraço-Também não precisa de agarração ok?- o chinês concordou com um sorrisão.
Junmyeon e Luhan conversavam animadamente, como se fossem amigos de longa data e que estavam em um shopping no domingo, o menino de capuz preto que tinha o nome de Sehun, falava algumas coisas, o Kim mais novo optou por não participar da conversa, ja que socializou muito hoje coisa que há 8 anos não fez , preferiu ficar com as mãos no queixo observando o médico que não tirava o sorriso do rosto, ele parecia aqueles super heróis que nada e nem ninguém abala, Junmyeon era um moço jovem, muito esperto, e de uma beleza inexplicável, o cabelo penteado em um topete perfeitamente, óculos de grau que davam o ar de gente esperta o que valorizava mais ainda o rosto angelical do mesmo, os olhos redondos e brilhosos do médico eram lindos, Jongdae deu todas essas características ao seu novo obstáculo, e ele podia admitir, o psicólogo era um gostoso. O humor do Kim mais novo mudou de imediato ao reparar demais o quanto Junmyeon era um moço bonito, e ja ele um caco, tão novo mais tão quebrado, quanto feio por dentro e por fora, os braços cheios de roxos, cortes, ele mesmo dava essas características a si mesmo, o Kim mais novo levantou rapidamente, assustando os que estavam sentados menos o de capuz preto que não esboçava muita expressão, saiu em passos rápidos, sua cabeça já estava o matando, pensando naquela noite, pensamentos pessimistas sobre si mesmo, sentia tudo ao seu redor rodar, a fraqueza atingia o corpo magro do Kim sentiria que iria morrer no corredor de um manicômio, que maravilha pensava Jongdae, mas ele sabia que não seria agora , não era a primeira vez que isso acontecia o máximo era ele desmaiar.
Quando sentiu que iria cair tentou se segurar nas paredes acinzentadas e com o corpo mole começou a escorregar ate o chão, a única coisa que ouviu era a voz doce e calma de Junmyeon.
Por mais que seja meio inacreditável, Junmyeon estava "tranquilo", enquanto o Kim mais novo estava desacordado na cama, leu a ficha do paciente, que havia todos seus sintomas até as tentativas falhas de suicídio ja que sempre alguém chegava antes do mesmo o cometer , desde que foi internado, não que o tranquilizasse saber que desmaios  e tentativas de suicídio eram algo quase rotineiro na vida do menino. O recém médico chegou perto da cama fria de ferro, que o corpo fraco de Jongdae estava, passou seus dedos delicadamente em seus cabelos castanhos.
-Espero conseguir cuidar de você- sussurrou e passou pela porta de aço que trancava o paciente do resto do hospital.

O expediente do recém médico havia acabado, o mesmo saía pela grande porta de aço novamente, chegando em direção ao seu carro, pensando em Jongdae realmente o menino tinha grandes problemas, e ele iria resolver todos eles, a ideia de se mudar aos dormitórios existentes no hospital para médicos, o deixava ansioso iria se mudar para lá em 2 dias, o que deixava feliz pois assim ficaria mais tempo lá com Jongdae.

O Quarto 666Onde histórias criam vida. Descubra agora