02. De repente no lar nem doce lar assim.

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Onde será que essa mina se meteu? Tô nessa escola já faz uma hora procurando por Jamille e nada dela vei! Ela precisa de mim

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Onde será que essa mina se meteu? Tô nessa escola já faz uma hora procurando por Jamille e nada dela vei! Ela precisa de mim.

Minutos depois eu achei a belezura na biblioteca, ela estava falando sozinha, e esse era o momento perfeito para me apresentar.

E foi assim que Jamille Vitória e eu nos conhecemos.

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- Jamille, você sabe a resposta dessa questão? - Perguntou sua professora de matemática.

Ôxe mainha! Essa é fácil! - Pensei.

Jamille parecia não saber a resposta, então eu dei uma ajudinha.

- Fala vinte e cinco! - Apareci ao seu lado.

Ela pareceu surpresa por eu ter aparecido do nada. Eu não sou tão feio assim.

- A resposta é vinte e cinco professora. - Gritou.

A professora ficou de bocaberta por que achou que Jamille não estava prestando atenção.

- Correto Jamille! - Disse.

Ela voltou a escrever no quadro.

- Eita que menina inteligente! - Sorri.

- Valeu pela resposta baiano. - Falou baixo.

Ainda estava chovendo aqui em BH, bem diferente da Bahia que é só calor pra todo lado. Quando eu ainda estava lá, eu senti que eu tinha uma missão aqui, e fui o mais rápido possível pra cá. Não gosto de pessoas tristes o tempo todo.

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- Ainda não entendo como você apareceu pra mim do nada. - Disse Jamille antes de colocar um biscoito na boca.

- Tu me chamou menina Jamille.

- Uai, não chamei não.

- Tá, eu fui por que eu quis. - Sorri.

Percebi olhares das pessoas sobre nós, quer dizer, a Jamille. Mas parecia que ela nem dava bola.

- Aqui é minha casa baiano Samuel.

A casa é simples, e é toda verde. É uma casa que chama muita atenção.

- Sua mainha tá aí? - Perguntei.

Ela riu.

- Está sim, mas se ela me ver conversando sozinha, ela vai me encher o saco.

- Vamos entrar, e se ela aparecer, você fica de boca fechada.

Ela assentiu, e nós entramos.

A sala estava vazia, mas ouvimos vozes que estavam vindo da cozinha. Jamille se aproximou do cômodo, mas quando ela chegou perto da entrada, eu entrei na sua frente e coloquei a mão na boca, indicando silêncio.

- Temos que internar ela em um hospital psiquiátrico, não dá mais!

Estávamos próximos de frente para o outro, eu conseguia sentir a sua respiração, não sei como. Ela estava assustada, na verdade eu não sei se era por que ela ouviu aquilo, ou pela nossa proximidade repentina.

- Isso parece ser grave, e ainda não descobrimos o porquê dela falar sempre sozinha. - Um homem que deve ser seu pai completou.

Jamille Vitória estava chorando na minha frente após ouvir essas palavras. Eu queria abraça-la, mas não tinha como.

- Borimbora daqui Jamille! - Falei.

- O que é borimbora? - Disse em meio às lágrimas.

- Quer dizer vamos embora, agora vem!

Ela subiu as escadas o mais rápido possível, em direção ao seu quarto.

- Eles me odeiam Samuel! - Gritou.

- Cumequié? País não odeiam os filhos. - Falei perplexo com a situação.

- Os meus sim, por causa de uma besteira, que eles e todos ao meu redor causam!

- Pare de chorar pequena Jamille, por favor. - Pedi.

- Queria poder te abraçar pra ver se isso tudo acaba. - Confessou.

- Também queria abraçar tu. Mas eles não podem fazer isso contigo, com a própria filha!

— Parece que eles podem, Sam.

Ela me chamou por um apelido, eu nunca tive um antes.

Sorri.

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Menina Jamille dormiu depois de um tempo, e eu fiquei admirando seu quarto. A parede é cheia de fotos dela quando criança, principalmente sorrindo, um sorriso que eu não estava vendo em seu rosto. Havia fotos com seu pais, mas ao passar do tempo, elas sumiram e só sobraram fotos dela sozinha em algum lugar

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De Repente Você ApareceuOnde histórias criam vida. Descubra agora