Segunda Lua

A verdade

Ao mesmo tempo, eles acordaram.
Respirando fundo, aflitos, em busca de ar. Encararam as macas, olharam toda enfermaria: estavam na escola.

"Mãe/Pai!" Falaram ao mesmo tempo, chamando seus respectivos responsáveis. Rapidamente, o Hatake e a Uchiha se aproximaram dos filhos. "Quem é você?" Eles se encaravam, falavam juntos, até a entonação era a mesma. "Por que estamos falando juntos?!" Gritaram. Shinju suspirou, e o Hatake mais velho não parava de encara-la. Ela o fitou com uma expressão confusa.

"Por que tanto me encara?" Aquilo foi como uma kunai indo certeiro ao coração de Kakashi, por mais que ele esperasse essa pergunta.

"Você não se lembra? De nós?" Ele tentou. A mulher negou com a cabeça.

"Você é muito burro de aparecer na minha frente, é claro que eu me lembro de você. Hatake." disse o sobrenome dele entre dentes. Os jovens confusos estavam se irritando.

"Mãe/Pai!" Chamaram. "Me ajudem!" Pediram. O Hatake e a Uchiha se encararam e depois olharam os filhos.

"Vamos contar tudo o que aconteceu, mas primeiro, no meu ponto de vista." Kakashi olhou-os.

"Só contarei o que me lembro. Então, foi quando eu tive ele" apontou para Hikaru. "E logo em seguida você, filha." Shinju falou, deixando Kakashi surpreso. Quietos, eles concordaram em ouvir.

"Kashii! Me ajuda! Está na hora..!" Chorava de dor. Sua barriga não era tão grande, então achava que seria fácil ter somente um bebê. Mas ao contrário do que pediu, Kakashi estava paralisado, ele tinha medo, ele tremia. "Amor..por favor.." Ela suplicou, gritando de dor em seguida. O Hatake então acordou de seu transe e foi até ela, a pegando estilo noiva.
Nesse mesmo momento, homens do clã Onmyō tentavam arrombar a porta.

O motivo?

O filho de Shinju e Kakashi era proibido. O Chakra que nele havia era poderoso demais para deixar que ele nascesse, seria uma ameaça a humanidade. O Hatake, amedrontado, deitou a namorada na cama e se preparou para lutar.

"Me desculpe, amor.." Ele pediu, não sabia como os homens o haviam achado naquela floresta. Quando a porta foi arrombada, ouviu-se o grito de Shinju. E Kakashi na hora atacou os homens.

Ao lado de fora, eram mais de cem homens contra um. Mas, Kakashi era o ninja dos mil jutsus.

Kakashi usava sua kunai e ao mesmo o jutsu bola de fogo. Tentava a todo custo não ser atingido pelo poder de luz e trevas daquele clã, ou poderia ser seu fim.

Kakashi estava esperando o momento certo para acabar de vez com aqueles homens.

E o momento veio.

O choro do bebê cortou por toda floresta, parecia mais um rugido.

Nesse mesmo momento, Kakashi fez com que chamas envolvessem todo o redor da floresta, fazendo os ninjas inimigos queimarem.

Vendo os inimigos mortos, Kakashi suspirou e voltou-se para a casa. Com medo, receoso, ele botou a mão no batente de madeira. E ao entrar, ele se arrependeu.

Como ele havia previsto, a maldição ainda estava com ele. Tudo que ele menos queria, era aquela maldição inútil.

O bebê era menino. De novo, como sempre. Era um menino. Mais uma vez, sua família tinha um menino, uma maldição, uma praga que amaldiçoou toda sua geração a ter um filho do sexo masculino.