Fire meet Gasoline

00. Who is she?

Justin Drew Bieber, Long Beach, Califórnia, 04:19 PM.

A brisa do mar fazia com que areia grudasse em minha testa, que estava suada graças ao calor da Califórnia. De quem foi a porcaria da ideia de fazer uma cerimônia na praia? Meu rosto ardia e ainda faltavam 11 minutos para que April - minha futura esposa - entrasse. E quem era esse povo todo aqui? Rostos desconhecidos vinham me cumprimentar, e eu educadamente sorria e agradecia cada "parabéns pelo casamento" que recebia. Como se eu quisesse mesmo me casar com uma mulher dezesseis anos mais velha.

O que eu não fazia pelos negócios?

O sol queimava toda a pele exposta de meu corpo, e eu odiava ter que usar uma roupa tão formal em um local que trazia-me vontade de curtir. Long Beach era uma praia maravilhosa, com o mar tão azul quanto o céu e a água tão limpa que era possível ver meus pés conforme andava para dentro da imensidão que se tornava desconhecida depois de alguns passos, e toda essa beleza natural estava atrás de mim. Era possível ouvir as ondas quebrando segundos depois de serem formadas, e era o único som que me acalmava em um momento como aquele.

A maluca da cerimonialista andava de lá para cá, e não demorou muito tempo para que a música de minha entrada começasse a tocar. Eu mesmo tive que contratar uma mulher qualquer para que se passasse por Pattie, não queria dar o trabalho de fazê-la vir até Califórnia para um casamento sem importância para mim. A mulher ao meu lado era parecida com minha mãe, o que era bom. Quando fui cutucado, sabia que era hora de agir. Com o melhor sorriso que tinha, andei pela nave branca que estava sob a areia. O cheiro forte das flores incomodou meu nariz e os flashes, meus olhos. Continuei sorrindo enquanto era guiado até o altar repleto de lírios brancos, jasmins e lavandas.

Coloquei os braços para trás, observando tantos rostos desconhecidos que pareciam felizes por estarem ali. Coitados, mal sabiam eles que aquilo não era real e muito menos que duraria. Quando a música foi trocada, sabia que era a entrada das madrinhas e padrinhos. O casamento era tão importante para mim que eu não sabia nem quem April havia escolhido para aquele momento. Não participara de nada daquele casamento. O primeiro casal entrou, mais uma dupla que nunca havia visto em minha vida. Quando o segundo apareceu, meu corpo inteiro ficou hipnotizado.

A mulher que entrava com um homem que deveria ser seu pai, pela notável semelhança, era linda. Muito mais linda do que qualquer mulher que eu conhecia. Seus olhos azuis eram visíveis de longe e meu corpo reagiu no mesmo momento que ela me olhou. A vontade que senti foi de segurar em sua mão e fazer dela minha esposa. Seu vestido era curto - obrigada Deus - e o tecido apertava seus seios já que não possuía nenhuma alça que o segurava em seu corpo perfeito. A cor azul Tiffany claro destacava mil vezes mais seus olhos, me fazendo imaginar o quão escuros eles deveriam ficar enquanto estava excitada.

A olhei até que tomasse seu lugar ao lado da outra madrinha, e continuaria a olhar se a marcha nupcial não começasse a tocar.  Então lembrei-me de onde estava e o que iria fazer e a sensação de arrependimento batera mais forte. Se eu tivesse a chance de levar aquela garota para a cama antes dessa palhaçada toda...

April entrou sozinha. Seus braços cobertos pela renda branca e suas pernas de fora não atraiam minha atenção. O vestido era completamente rendado e em sua cabeça havia uma coroa de flores com lírios azuis - para quê estragar as flores desse jeito? -, assim como o buquê em sua mão. Ela estava linda, não poderia negar. April era linda, com o nariz fino e os olhos claros. Seu corpo era lindo também e ela era ótima na cama, mas não me atraía de jeito algum. Para mim, minha futura esposa não era grande coisa.

Segurei em sua mão e a ajudei a subir no altar, as pessoas se sentaram. O ministro ordenado já estava ali, com um sorriso grande no rosto e aparentemente feliz por fazer aquela união. Velhinho agradável, na verdade. Gente boa.

A cerimônia inteira durou quase duas horas, comigo prestes a adormecer a qualquer momento enquanto April tentava não chorar em certas partes. O desastre quase aconteceu na troca das alianças, já que a garota que me hipnotizara mais cedo estava com a que eu colocaria no dedo da minha nova esposa. Quando seus dedos tocaram os meus, o anel de ouro quase foi pra o chão, causando risadas dos convidados e bochechas vermelhas da morena. Um sorriso presunçoso se formou em meus lábios logo que ela mais do que rapidamente voltou para seu lugar.

April agora era uma Bieber.

Já na festa, não consegui sair de perto de April um só minuto, tendo que tirar fotos a todo instante e conversar com seus amigos, só então sendo apresentado para eles, o que era muito bom manter uma boa impressão caso o interesse empresarial fosse o mesmo. Conversei com quase todos os convidados e faltou eu me ajoelhar e agradecer aos céus quando fomos conversar com as madrinhas.

A confusão em meu estômago era o que me incomodava a cada passo que dávamos para perto, e estranhei completamente quando a tal garota parou de falar quando nos viu chegando. A sensação que tive foi de que algo a intimidava. Como seria sua voz? Como seria o tom? Suave ou agudo? Ela falava baixo ou alto? Era escandalosa?

Tantas perguntas.

Levei a taça até meus lábios, tomando um gole de meu champanhe o mais rápido que conseguia, na intenção de lhe falar. April infelizmente falou primeiro.

— Justin, amor, essa é a minha filha Kaya, e aquele é Robert, meu ex marido.

Me engasguei com o champanhe, e encarei a garota de olhos azuis, chocado. Como assim April tinha uma filha e nunca havia me falado sobre?

Foi naquele momento que percebi as semelhanças de Kaya e April. O mesmo nariz, os mesmos lábios, quase os mesmos olhos. April tinha uma filha, e era a mesma garota que eu queria para mim. Maldito karma. Ou destino. A encarava com os lábios entreabertos, e seu pai me cumprimentou. Então lembrei, novamente (como essa garota conseguia me hipnotizar desse jeito?), de onde estava e quem estava ao meu lado. Com um sorriso forçado, acenei com a cabeça. Não conseguia falar, nada saía. Passei a língua por meus lábios lentamente, pensando em todas as formas que eu poderia usar aquela garota.

Sabia que deveria recuar, havia me casado com a mãe dela inferno, mas me conhecia bem o suficiente para saber que não iria. Não com aquela sensação em meu corpo. Desviei o olhar para minha nova esposa, respirei fundo. Um rápido plano se formou em minha cabeça, então sorri. Não iria para o céu mesmo. Me aproximei, meus lábios roçaram sua bochecha antes de depositar um beijo úmido contra sua pele, seu cheiro doce invadindo minhas narinas.

— Estou encantado em conhecê-la, Kaya.

Sussurrei em seu ouvido discretamente antes de me afastar da garota. Eu a queria por completo depois de vê-la surpreds, sua nuca estava arrepiada e sabia disso, os pelos em seus braços denunciavam isso.

E eu sempre conseguia o que queria, mesmo sendo minha nova enteada.

♥
eu aqui de novo escrevendo outra fanfic torcendo para que essa vá para frente pelo amor de deus.
oi!!!!!!!!! como vcs estão????! isso se alguém ler
tá, o tema é bem bem bem polêmico mesmo 100% mas aqui vão informações importantes:
1- kaya tem 19 anos, o justin tem 25. a diferença não é tão gritante
2- é um casamento arranjado, falso, eles sabem disso mas mesmo assim ela não deixa de ser enteada dele.
3- ele NÃO vai ser um otario nessa história e vcs vão ver vai ser lindo
4- deem uma chance mesmo se não for um tema que vcs não gostem, vcs vão mesmo se surpreender.
todo final de capítulo eu irei recomendar uma música inspirada no capítulo (futuramente uma playlist no spotify, talvez) e a música desse capítulo é Womanizer, da Britney Spears. pq essa musica? pq ele é claramente um galinha.
se vcs gostaram, me deixem saber:)))))
alguma dúvida? podem falar comigo por aqui, pelo twitter ou pelo curiouscat. o user é myflatIine/kscodrewlario, essa ordem.
xoxo, m