Capítulo 2

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                           ASHLEY

   -- Nathan, você a viu? É ela sua prometida! -- Digo entusiasmada por acabar de falar com a minha futura cunhada.

   -- Não maninha, não a vi, pois tenho problema de vista. -- Nathan diz sarcástico.

   -- Debochado como sempre! -- Dou um falso sorriso. -- Nossa bruxa tinha razão, afinal, elas sempre tem razão.

   -- Eu sempre tenho razão. Então por isso eu digo, vamos embora daqui! Não quero passar a minha eternidade com essa patricinha mimada.

   -- Mas você tem quer casar com ela Nathan Evans! Só assim teremos paz entre todos os reinos! -- Bato fortemente na parede fazendo todos quadros caírem e se espatifarem no chão.

   -- Eu aguento viver a minha  eternidade em guerra do que viver com essa garota cheia de pesadelos. -- Ele sobe as escadas. -- E você não pode interferir nas minhas decisões, já que eu sou o mais velho aqui.

   -- Velho irresponsável. -- Sussurro.

   -- EU ESCUTEI!!! -- Ele grita.

   A garota? Já encontramos, mas ai vem a parte mais difícil. Fazer eles se apaixonarem um pelo outro.

   -- Maninha, troca a palavra "difícil" por "impossível". -- Nathan diz do seu quarto.

   -- Sabia que entrar no pensamento dos outros é falta de educação?!

                         KAROLYN

   Na lanchonete em que eu trabalhava  tinha um grande movimento e uma grande variedade de pessoas. Mas hoje tudo estava calmo. Nem a senhora que vinha todos os dias às 15:30 tomar seu cappuccino apareceu.
     O relógio marcava a 18:23, meu turno estava prestes a acabar. Eu estava sentada olhando para o nada quando alguém entra pela porta da lanchonete ativando o sino que ficava na entrada. Uma mulher loira e alta com as vestes preta entra.

   -- Boa noite. -- Ela cumprimenta.

   -- Boa noite. -- Me levanto e vou atendê-la. -- O que deseja?

   -- Apenas sua atenção.

   -- Não entendi. -- Começo a ficar um pouco nervosa com o seu tom maléfico.

   -- Quero que me diga seu nome. -- A mulher ordena.

   -- Desculpe senhora, mas quero que se retire. -- Mim afasto.

   -- Ok. -- Ela se levanta. -- Quer se fazer de difícil.

   Ela se aproxima de mim e eu me afasto até que minhas costas bate no balcão. Aquela estranha mulher estava tão próxima de mim que pude sentir sua respiração contra minha face. Ela olha no fundo dos meus olhos e repete:

   -- Qual é seu nome?

   O medo se apossou em mim. Eu não conseguia me mover e muito menos falar.

   -- Karolyn, está tudo bem? -- Bernad, o dono da lanchonete aparece.

   Por incrível que pareça eu consigo me virar para ele.

   -- O que houve minha querida? Está tão pálida como se tivesse visto um fantasma. -- Ele corre para me acudir.

   Eu ainda sentia a respiração daquela mulher sobre mim. Com um pouco de coragem que mim restava eu me viro e não tinha absolutamente ninguém lá.

   -- O que foi? Vou pegar um copo de água para você. -- Bernad entra correndo na cozinha e em segundos volta com um copo de água na mão. -- Beba menina.

   Minhas mãos estavam trêmulas e suadas. Pego o copo de água com a ajuda das minhas duas mãos.

   -- O que houve aqui? -- Bernad pergunta após eu me recuperar desse choque.

   -- Bernad, tinha uma mulher muito estranha aqui. Ela começou a perguntar o meu nome de forma assustadora e... eu só me lembro de você chegar aqui e do nada ela desaparece.  -- Digo olhando para fora como se a mulher fosse voltar.

   -- Você precisa descansar menina. Venha, vou chamar um uber para levar você para casa. -- Ele pega em minha mão.

   -- Não, não precisa. Eu posso ir caminhando.

   -- Você está muito assustada, não é bom ir sozinha.

   -- Eu preciso de um pouco de ar.

   Bernad mim olha com piedade e dá um pesado suspiro e sorri.

   -- Tá bom. Mas cuidado! -- Ele me abraça.


                           NATHAN

   -- Eles já sabem da existência de Karolyn. -- Ashley entra no meu quarto.

    -- Ei! Bate na porta! -- Digo me cobrindo com a toalha.

   -- Você não tem nada a mais do que  eu não já tenha visto. -- Ela diz se sentando na minha cama.

   -- E eles quem?

   -- O Clã Obscuro. Eles já sabem da existência de Karolyn.

   -- E o que eu tenho haver com isso? -- Digo parecendo não me importar.

   -- Nathan! Eles não querem paz! Eles querem guerra! Eles querem Karolyn morta!

A prometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora