Estava tudo escuro, eu não estava conseguindo ver, ou me mexer, a dor não permitia, ela estava me prendendo em meu próprio corpo.
Meu corpo, ele está diferente posso sentir, mais diferente do que jamais esteve.
Eu não me lembrava como havia chegado aqui, se bem que eu também não sei onde estou.
Sinto o cheiro do oceano, ele está perto , sinto suas ondas quebrando perto de mim, sinto suas correntes sussurrantes se movimentando, tento me mexer , desta vez eu consigo, meu corpo doi ainda mais, trinco os dentes, tenho que suportar, é o único jeito de fazer a dor parar, o único jeito de sobreviver, me arrasto em sua direção, a consciência me abandona aos poucos . Então me lembro da tempestade , ela foi tão forte a esse ponto? Que me trouxe tão longe de casa? Que quase me matou? Na verdade matou, afinal , me tornei prisioneira no meu próprio corpo novamente , antes de alcançar meu objetivo.
E de repente tudo sumiu.
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A dor estava de volta só que em menor intensidade, eu estou viva afinal.
Sinto o cheiro do oceano mas ele esta fraco, ele estava longe mas eu ainda conseguia ouvir as correntes sussurrantes como se estivesse me chamando, ou seria coisa da minha mente? Desejei profundamente que não fosse.
Eu estou deitada em um lugar macio e quente, eu detesto o calor, tento abrir os olhos mas a claridade os machuca, deixo-os se acostumar a luz para poder observar onde estou, mas não chego a fazê-lo, um barulho chama a minha atenção, que som era esse? é simplesmente diferente de tudo o que eu já ouvi, fecho os olhos novamente e tento controlar a respiração, respiração? Desde quando eu respirava? Era uma pergunta totalmente válida ou totalmente estúpida, afinal eu sabia que estava diferente, só não sabia por quanto tempo eu iria continuar assim.
O som estranho estava cada vez mais perto e havia também outro som que identifico como vozes, mas não vozes comuns, vozes humanas, céus eu estava num ninho deles. Ninho? Não sei se esse é realmente o nome, mas é o que minha mente consegue processar no desespero, as vozes estão cada vez mais perto, quando de repente param.
Ouço um som diferente dos outros, é curto e levemente irritante.
- Quando será ela vai acordar? Esta demorando muito. - ouvi uma voz perguntando, era grave e parecia masculina.
-Quando o corpo dela estiver pronto- essa voz era mais delicada, aguda e melodiosa, certamente de uma mulher- tia Mary já falou isso pra você. Vamos já peguei o que queria.
Depois disso ouvi passos e novamente o som levemente irritante , e eu estava sozinha naquele lugar de novo.
Abri os olhos novamente e desta vez tentei me sentar, minha cabeça rodou e vi pequenos pontos pretos em minha frente, voltei a deitar naquele confortável (e quente)lugar e deixei a escuridão me tomar novamente.
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Não sei quando irei postar novamente.
Espero que tenham gostado.
Qualquer erro de português, me avisem.
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My Life With A Mermaid
FantasyJuliette Harper jamais imaginou no que iria encontrar em uma caminhada pela praia. Emma nunca imaginou que poderia ter amigos em terra firme. Enfim nem tudo pode é como imaginamos.