Capítulo 5

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Ouvi o bipe do elevador e parei de digitar a mesma resposta pela milionésima vez naquela semana para a repórter e vi as portas se abrirem, fazendo com que Bruce saísse em minha frente e eu o seguisse.

- Por favor, Brigite, vamos brincar! – Ouvi a voz de Ellie e a vi quando saí do elevador.

- Eu não posso, senhorita Ellie, eu tenho que trabalhar. – Brigite falou, varrendo o corredor dos apartamentos.

- Por favor! – Ellie jogou a cabeça para trás e eu ri fraco.

- Eu tenho que trabalhar, imagina o que sua mãe vai dizer quando ela chegar em casa e não estiver limpo? – Ellie cruzou os braços. – E hoje é quinta-feira, daqui a pouco ela aparece aqui.

- Ah! – Ellie reclamou, virando o corpo, olhando para eu e Bruce. – Bruce! – Ela falou animada. – Quer brincar comigo? – Bruce riu fraco.

- Eu não posso, senhorita Ellie, tenho que trabalhar. – Ellie revirou os olhos, suspirando.

- Por que trabalhar parece ser tão chato? Vocês não podem brincar! –Elaencostou-se à parede emburrada.

- Desculpa senhorita Ellie. – Bruce falou. – Oi Brigite!

- Oi! – Brigite deu um sorriso para ele e encarei os dois por um tempo, abrindo um sorriso discreto, Ellie também encarou ambos e colocou as mãos na boca, rindo sozinha, até que ela olhou para mim.

- Hay! – Ela falou animada.

- Eu estou livre, pequena, o que você precisa? – Perguntei, vendo-a abrir um largo sorriso e ela me puxou pela mão.

- Hay, precisamos trabalhar. – Bruce reclamou, nos seguindo para dentro do apartamento de Ellie.

- Se for mais entrevistas, eu passo! – Falei e vi Bruce bufar.

- Bem, a candidatura é sua, eu estarei no seu apartamento planejando suas próximas respostas. – Ele nos deixou sozinho e eu segui abaixado, sendo puxado por Ellie, até passar pelo apartamento e entrar em seu quarto.

- O que você precisa Ellie? – Perguntei e ela me colocou parada no meio do seu quarto e surgiu com uma fita métrica em minha direção.

- Um modelo, uma mulher seria mais ideal, eu preciso medir a jaqueta que eu to terminando para a mamãe. – Franzi a testa.

- Ah! – Balancei a cabeça. - E como eu deveria te ajudar? – Perguntei, vendo-a puxar uma escadinha em minha direção e subir na mesma com uma prancheta na mão e a fita enrolada no pescoço.

- Só fique parado. – Ela falou firme e eu a obedeci.

Ela começou a mexer de um lado para o outro, medindo a largura das minhas costas, arrastando a escada e medindo a largura dos meus braços e punhos, até que ela apareceu com uma agulha e eu dei um passo para trás.

- Ei! – Falei, dando um passo para trás e ela começou a rir.

- Medo de uma agulhinha? – Ela me zoou e eu ri fraco, começando a fazer cócegas em sua barriga, até puxar a agulha de sua mão.

- Sério, Ellie! O que você está fazendo? – Ergui a agulha e a vi tentando subir na escada para pegar, até que ela bufou. – Ellie.

- É um presente de aniversário para mamãe. – Ela cruzou os braços. – Está chegando e eu ainda não tive tempo de terminar porque ninguém é do tamanho para me ajudar a medir. – Ela suspirou alto.

- E você realmente acha que eu serei a pessoa ideal para isso? – Cruzei os braços.

- Eu sei que não, mas pelo menos eu tenho companhia. – Ela deu de ombros, se sentando no meio da sua cama.

(I Got the) PowerOnde histórias criam vida. Descubra agora