► Clima Inesperado

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Alguns dias já haviam se passado desde que Renji começou a trabalhar para o Kuchiki, cuidando de sua pequena filha. Tudo estava correndo tranquilamente, os dois se davam muito bem e o rapaz conseguia acompanhar o ritmo agitado dela sem muitos problemas, era de se esperar já que as crianças eram naturalmente cheias de energia. Byakuya também já havia se acostumado com a presença do outro em sua rotina, mesmo que não se vissem muito já que só trocava algumas palavras com Abarai à noite, quando chegava do serviço e o liberava para ir pra casa. Reconhecia o esforço do ruivo para cuidar de Rukia, mantê-la segura e alimentá-la devidamente. Aliás, o fato de Renji saber cozinhar foi mais uma das "surpresinhas" que teve com ele.

Era mais um dia comum, o moreno estava no trabalho e Abarai estava saindo de seu apartamento, trancando tudo devidamente enquanto checava o relógio de pulso. Dali a meia hora Rukia sairia da escola e era o tempo necessário para o ruivo chegar até o local e pegar a menina. Renji andava tranquilo pelas ruas, cumprimentando algumas pessoas da vizinhança e chegou ao ponto de ônibus, sendo que o transporte não demorou muito para aparecer e deu sinal, entrando e se sentando em um dos bancos perto da porta. Mantinha o olhar no relógio pra ter certeza que não se atrasaria, não queria deixar a menina esperando e riu quando percebeu que estava parecendo o Byakuya, checando as horas constantemente para evitar atrasos.

Desceu no ponto mais próximo da escola de Rukia e andou mais um pouco até chegar lá. O local era separado em dois grandes prédios, um para o fundamental e outro para o colegial, e Abarai ficou parado na frente da porta do fundamental já que a garota estava no primeiro ano. Passou a ver varias crianças saindo do prédio, mas nenhuma era a pequena Kuchiki e, à medida que os minutos passavam, quase todas as crianças já haviam saído sem sinal da morena e isso fez Renji ficar preocupado, entrando no prédio para procurá-la. Não foi difícil encontrá-la assim que subiu as escadas para o segundo andar, vendo-a no corredor com um grupo de garotos e isso não parecia ser algo bom.


– Devolve o Chappy!! – Rukia ordenou, estendendo a mão furiosamente para o garoto mais alto do grupo.

– Por que não vem pegar então, Kuchiki?! – o garoto desafiou, erguendo o braço que segurava o coelho de pelúcia que pertencia à garota.


A morena se aproximou rapidamente, pulando enquanto tentava alcançar seu precioso brinquedo. Os outros garotos caçoavam da garota por não conseguir pegar por ser mais baixa que eles, Rukia ficava vermelha de raiva enquanto continuava pulando e os garotos a importunavam mais ainda. Os olhos azuis da menor já se enchiam de lágrimas e Renji estava para perder a paciência, sabia que as crianças faziam travessuras umas com as outras, mas não iria deixar que a fizessem chorar, era sua responsabilidade mantê-la bem. Porém, antes que Abarai pudesse fazer alguma coisa, o barulho de passos rápidos foi ouvido no corredor e um garoto menor apareceu, correndo a toda velocidade e empurrava o garoto maior por trás com toda a força que dispunha, fazendo-o cair no chão.


– Droga!! – os garotos resmungaram, olhando torto para o outro menino que chegou. – Vamos embora!

– Toma o seu coelho fedorento! – o menino se levantou e jogou o brinquedo de volta nas mãos da garota antes de sair correndo com os outros.

– Rukia! – Abarai finalmente se aproximou e recebeu um abraço dela – Você está bem?

– Sim! – a pequena Kuchiki assentiu positivamente, apertando Chappy nos braços enquanto se virava para seu salvador – Obrigada, Ichi!

– Não deixe esses garotos perturbarem você de novo, Ruu! – respondeu o menino com um sorriso de consolo, colocando as mãos no bolso da calça.

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