Saturdays Of Sun - HyunIn

Jace, telefone, minha casa

Já eram quase 21h30 quando a campainha tocou. Minha mãe veio correndo abrir a porta e eu continuei largado no sofá, mas não por muito tempo.

-Jeongin, meu filho, é pra você - Ela disse sorrindo.

No começo eu parei para pensar quem poderia ser, mas ai lembrei que eu fiquei de receber o Jace em casa antes das 22h. Levantei um tanto eufórico do sofá e fui direto até a porta.

-Olá, Jeongin - ele me disse sorrindo

O que ele...?!

-Você veio de bicicleta? Como assim você veio de bicicleta?!

-Você pediu para entregarem na sua casa, ué.. eu to aqui com o seu peixinho - a expressão dele demonstrava confusão, como se não houvesse nada de errado nisso

-Mas eu achei que você tinha algum funcionário só para entregas, sei lá. Eu poderia ter trazido quando eu fui na loja então. Vir de ônibus seria mais fácil do que de bicicleta - me pronunciei.

-Ah, me desculpe - ele disse sorrindo - é que a loja é do meu tio e ele não tem outros funcionários além de mim...

Eu não tinha mais o que falar, então só abri um espaço para ele passar com o aquário e colocá-lo no cantinho que eu havia separado. Ele subiu as escadas cuidadosamente e em silêncio, deixando o aquário sobre o móvel.

- Prontinho, Jeongin.

-Obrigado....... - puta merda, qual o nome dele?!

-Hyunjin.

-Isso, é, obrigado. - levantei minha mão em um gesto aleatório.

Ficou um silêncio um pouco desconfortável no quarto, mas logo ouvimos um trovão soar do lado de fora.

-Acho melhor eu ir embora - ele se pronunciou colocando a mão no bolso de trás da calça e sorrindo de lado.

-MAS NÃO SENHOR -

Da onde essa mulher surgiu, pelo amor de Deus!?

-Qualquer amigo do Jeongin é meu amigo também e eu acabei de tirar um bolo do forno. Ainda mais com a chuva que está pra cair? O senhorzinho pode esperar. - minha mãe disse depois de entrar no quarto e quase me arrastar para cozinha.

-Mãe, a senhora sabe que eu conheci esse menino hoje, né? E que eu nem sabia o nome dele até alguns minutos atrás? - tentei dizer o mais baixo possível para que apenas ela escutasse.

-A filho, você não precisa mentir para mim. Eu sei sobre você.

Ela ta me abraçando. Por que ela ta me abraçando?!

-Mãe? A senhora sabe o quê? - ????????????

-Que você é gay, Jeongin - ela falou e me soltou.

Por um momento eu travei, e fiquei ali, parado e ela me largou. Como assim a minha mãe acha que eu sou gay? Fui trazido à Terra novamente quando ela passou do meu lado, mas dessa vez acompanhada do balconista. Eu apenas observei a cena.

-Então você tem quanto anos, Hyunjin? - ela perguntou servindo o bolo para ele, quando foi que ele disse o nome dele para ela?!

-Tenho 17, tia. - o balconista respondeu.

Tia?! Assim não dá.

-Mãe, ele precisa ir embora. Vai começar a chover... - foi só eu pronunciar a palavra "chover", que o céu começou a desabar.

Ótimo, agora eu tenho a minha mãe servindo comida para um desconhecido.

-Para de ser chato, Jeongin! - fui agredido com um pano de prato - Sabe, Hyunjin - continuou - o Jeongin tem 18 anos, mas parece um neném. Eu tenho até algumas fotos dele de quando era criança. Quer ver? - NÃO - eu vou pegar.

Eu estava prestes a correr atrás dela, mas eu parei quando eu vi o balconista rindo e me olhando da mesa da cozinha.

-Me desculpa por isso - ri meio sem graça - minha mãe é bem agitada as vezes...

-Eu percebi - ele se levantou - mas eu achei que você fosse mais novo que eu - Hyunjin disse enquanto colocava os pratinhos sujos na pia.

-Eu pareço mais novo mesmo, todo mundo diz isso.

Ele ia começar a lavar a louça e se minha mãe visse isso eu estaria morto.

-Deixa que eu lavo - peguei a esponja da mão dele - você pode secar. Mas então, como é trabalhar na loja? Você ainda estuda?

-Uhum. Eu estudo de segunda a sexta das 7h as 13h, por isso durante a semana a loja abre as 14h30 e fecha as 21h. E aos finais de semana ela passa o dia aberta, menos aos domingos. Eu gosto muito de lá, principalmente dos gatos - disse já secando os pratinhos e colocando-os na mesa.

-Você ainda não terminou o ensino médio né? Eu queria entrar em uma faculdade, mas ainda não sei do que...

-Eu também não sei o que quero fazer, hyung, talvez veterinaria... Tem problema te chamar de hyung? - ele falou isso de uma maneira tão fofa que eu senti vontade de tirar um potinho do cu para colocar ele dentro.

-Não.

-Não o quê?

-Não tem problema, Hyunjin. - terminei o último prato e sequei minhas mãos no pano que estava nas mãos dele. - Acho que parou de chover...

-Hm, é verdade. Melhor eu ir antes que comece de novo - o balconista se apressou em vestir o casado que havia tirado pouco tempo atrás - Você poderia abrir a porta para mim, por favor?

-Claro. - Sai na frente para pegar a chave.

-Foi um prazer te conhecer, hyung, e obrigado por me deixar ficar aqui enquanto chovia. Mande um abraço para sua mãe por mim.

Ele apenas subiu na bicicleta e foi embora.

-Nossa, mas eu não estava achando em lugar nenhu... ué, cadê o Hyunjin? - minha mãe apareceu na sala com 4 álbuns de fotos em mãos.

-Ele já foi mãe, pode guardar essas relíquias. - tranquei a porta e pendurei a chave.

-Aaah , eu queria tanto que ele te visse quando criança. Você era um amorzinho.

-E por acaso não sou mais? - coloquei as mãos na cintura e me fiz ofendido.

-Na verdade não - ela disse rindo e voltando a subir as escadas com os álbuns.

Então eu lembrei do que ela havia me dito no corredor. Talvez fosse melhor eu esclarecer isso agora...

-MÃE! Aquilo que a senhora disse antes, sobre eu ser gay... por que você disse aquilo?

Ela andou de volta para o centro da sala e sentou no sofá.

-Vem aqui filho. - eu me aproximei - não acho que você seja gay. E não acho que você precise de nenhum tipo de rótulo. Mas você tem um coração tão bom, mas tão bom, que eu acredito que você não ligue para o sexo da pessoa e sim por quem ela é. E quando eu vi aquele menino aqui, eu achei que você finalmente tivesse percebido isso, mas se você diz que foi um mal entendido, eu peço desculpas, Innie. - ela disse e beijou o topo da minha cabeça - agora eu vou guardar isso de volta no armário. E o senhor vê se não demora para dormir. Boa noite e eu te amo muito. E me desculpe mais uma vez...

Ela logo sumiu da minha visão enquanto terminada de subir as escadas.

Eu estava meio impactado. Com 18 anos, eu nunca tinha parado para pensar sobre os tipos de pessoas por quem eu me apaixonaria e minha mãe já tinha tudo isso em mente.

-Eu também te amo, mãe. Te amo muito. - sorri indo em direção ao meu quarto.

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Gente isso ficou enorme kksjsjjshsjs
1h45 am e eu vou fazer enem hoje. Ainda bem que é só para treinar né, até pq eu nem estudei kdhdkdjs
Boa noite ♡☆