Capítulo Cinco:

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Depois de Jimin ter convencido os outros empregados do hotel que ele teria que me ajudar. Nós dois saímos a tarde indo em direção a cidade. No caminho, não nos falamos muito. O que eu agradeço, porque minha cabeça estava mais concentrada no fato de que agora eu havia descoberto que Jimin comia comida normal, logo ele não seria um vampiro. Mas, antes de sairmos do hotel eu vi e guardando alguma coisa vermelha e suspeita em sua mochila — ao qual eu estava olhando fixamente no momento.

— Olha, eu sei que sou lindo, mas não precisa ficar me encarando assim. — ele vira seu rosto em minha direção e me lança uma piscadela.

Sinto minha orelhas esquentarem. Desvio instantaneamente meus olhos dele e ficamos assim até chegarmos a cidade. Não foi muito longe, eu poderia ter chegado até aqui ontem a noite se tivesse andado mais um pouco.

Era uma cidade normal, aparentemente. Pessoas conversando com outras pessoas na rua. Crianças brincando por todo lado. Parecia pacífico. Mas isso até eles perceberem nossa presença. As conversas pararam rapidamente e eles se afastam de nós.

— Qual o problema? Eles não gostam de estrangeiros? Minhas roupas são estranhas demais? — começo a perguntar para Jimin preocupado pelo fato de que eu fosse estranho demais ali.

Jimin cala minha boca com um dedo indicador em meus lábios.

— Eles não estão assim por sua causa, Kim. Estão assim por minha causa.

Jimin fala enquanto anda normalmente, o acompanho também, embora não entenda do por quê terem essa repulsa pelo moreno.

— Eu não entendo, mas por que eles estão assim por você?

Ele se vira pra mim.

— Por causa dos meus olhos. Eles dizem serem olhos de demônio. Por isso eles sempre se afastam de mim.

Me sinto um pouco mal por ter pedido que ele fosse comigo na viagem, não sabia que as pessoas o considerasse isso. Jimin, por mais que fosse possivelmente um vampiro, não era tão mau assim. Mas quando eu iria me virar para pedir desculpas o moreno rapidamente fala.

— Nem me venha com pedidos de desculpas, Kim. Sabe que não estou aqui por você e sim pela sua vassoura, então nada de momentos melosos.

Que grosso. Esqueça tudo o que eu disse. Park Jimin é um demônio mesmo.

❛ ❁ ❜

Eu compro algumas comidas e água fresca para nós na cidade. Conseguimos convencer um morador que iria viajar até a próxima cidade de carro nos levar junto, no capô do carro.

Como já havia anoitecido quando chegamos lá, tivemos que alugar um quarto em um pequeno hotel por ali.

— Uma cama só?

— Isso mesmo senhor, vocês chegaram muito tarde e tudo o que eu tenho é um quarto com uma cama de casal — a recepcionista fala com um tom de tédio em sua voz — se vocês não quiserem podem ir procurar outro hotel. Tenho mais o que fazer.

— Não. — eu exclamo me dando por vencido — Ok, ficamos com o quarto.

Ela me entrega a chave do quarto. Me viro para Jimin, que não havia falado nada até o momento. Ele parecia não ter gostado muito da ideia de dormimos juntos. Seguimos os dois até o quarto em silêncio. Chegando lá, entramos no quarto, dentro havia uma cama de casal, uma mesa com uma cadeira e uma porta, provavelmente, o banheiro. Não era tão bonito e nem tão grande quanto o quarto de hotel de Jimin, mas iria servir.

Um bruxinho para Londres - !Kth+Pjm! [Em Correção]Onde histórias criam vida. Descubra agora