❛ ❁ ❜
Os raios dançavam por entre as nuvens, fazendo a paisagem parecer mais macabra do que parecia. O barulho alto dos trovões serpenteavam como chicotes em meus ouvidos. O castelo a minha frente era enorme, sua porta era cinco vezes maior que eu e de metal, aparentemente. Sinto um arrepio correr em minha espinha, boa parte pelo frio, mesmo com o guarda chuva eu estava molhado e o vento gelado batendo em meu corpo não ajudava muito.
Meu corpo todo tremia, podia sentir meus pés molhados pela caminhada. Achar um castelo, no meio do nada, com uma aparência de mal assombrado, não é muito sábio da minha parte querer me abrigar nele, certo? Mas não é como se eu tivesse muita escolha.
Olho para trás de mim e tudo o que consigo ver é árvores e mais árvores. Com galhos distorcidos, com poucas folhagens e eu posso jurar ter visto olhos olhando para mim por entre alguns arbustos. Tento me lembrar do que Donna — minha professora de poções — sempre me dizia.
— É preciso ter medo para ter coragem, TaeTae.
Bem, eu estava com muito medo no momento, então é uma boa hora pra coragem aparecer. Me viro ficando, novamente, cara a cara com a grande porta à minha frente. Puxo uma grande quantidade de ar para meus pulmões, tentando adquirir alguma coragem com aquele ato, solto o ar lentamente pela boca. Mesmo incerto e com as mãos trêmulas, ergo minha mão direita e bato na porta.
O som de minhas batidas parecem silenciar tudo ao meu redor. Aperto com mais força minha mala, que estava colada ao meu peito. Por alguns minutos nada acontece, mas antes que eu pudesse bater novamente na porta, a mesma se abre.
O som da porta se abrindo é tudo que ouço. Dou meus primeiros passos para dentro do local e antes que eu pudesse cogitar voltar, a porta se fecha rapidamente, fazendo meu corpo pular para frente, juntamente com meu coração.
— No que foi que eu me meti?
Questiono a mim mesmo, enquanto apertava ainda mais minha mala ao meu peito. Olho em volta e tudo que vejo é a escuridão, tento dar alguns passos para frente, ou seria para trás? Meu sentido de direção não estava funcionando no momento. Ouço algumas vozes e sons vindos de algum lugar e tento seguir em direção dos mesmos.
Acabo tropeçando em alguma coisa dura, instintivamente antes de cair tento me segurar em qualquer coisa ao meu redor. Minha destra por sorte — ou talvez nem tanta assim — se segura em algum tipo de tecido pendurado. Tento me equilibrar nele, mas o mesmo não parecia ser muito firme, pois acaba rasgando. Sou impulsionado para frente, e acabo me prendendo entre o emaranhado de tecidos, não consigo ver nada, mas sinto o baque e a dor de quando caio no chão.
O som de antes para de repente. Começo a me debater, tentando sair da armadilha que eu havia me metido. Quando, finalmente, saio, consigo ver a luz. E não era a luz de quando falam quando se está morrendo, mas sim a luz de um lustre pendurado no teto. Percebo estar deitado de costas no chão. Observo bem o teto em cima de mim. A luz do local era uma mistura de amarelo e laranja, dando um ar de conforto pro lugar. Não parecia tão aterrorizante por dentro, quanto era por fora.
O teto do castelo era cheio de desenhos e pinturas diferentes, nunca havia visto nada assim. Com cores vivas, não havia nada preto. Definitivamente, não era tão ruim assim. Pelo menos, eu acho que assassinos e monstros aterrorizantes não teriam uma casa com pinturas felizes, certo?
Viro meu corpo, assim me levantando logo em seguida. Olho para frente e vejo pessoas me olhando, algumas com uma feição de confusão outros de raiva. Estremeço um pouco ao sentir todos aqueles olhares para cima de mim. Haviam ao todo cinco pessoas ali. Pelo menos era o que aparecia em meu campo de visão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um bruxinho para Londres - !Kth+Pjm! [Em Correção]
Fiksi PenggemarTaehyung, um bruxinho que quer muito ir a grande e famosa convenção de bruxos em Londres, decide ir nas suas férias, sozinho. Porém acaba se perdendo no caminho para lá. Tendo então que se virar sozinho, tem que concordar em ter Jimin, um menino mis...