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Após ter saído da casa de Perrie, Jade ligou mais que depressa para sua amiga, combinaram de se encontrar em um café perto do hospital que trabalhavam. Por sorte era folga de Demetria, e puderam se encontrar.

- O que foi que aconteceu dessa vez pra você ligar tão desesperadamente? – Demetria sentou-se na cadeira deixando sua bolsa e jaleco em uma cadeira vaga. Jade a olhou com os olhos vermelhos. – Fala – incentivou-a.

- Perrie mais uma vez – suspirou – Demi, eu não aguento mais – confessou - Essa historia toda tem me deixado maluca. Eu me estressei, e acabei descontando minha frustração nela – bufou.

- Jay, você quer uma opinião sincera? – Olhou para Jade que assentiu. O garçom chegou com o pedido, Jade aproveitou para fazer o dela. -  Eu, Demetria Lovato – apontou o dedo pra si – Acho que já deu o que tinha que dar.  Conhecendo você, eu acredito que você não vá conseguir lidar com uma traíção. Pra que ficar se machucando dessa forma? Acabou, não acabou? Não tem mais que ficar indo na casa dela.

- Eu fui devolver os documentos.

- Certo. Ok! Mas agora corta isso, amiga. Dá um tempo, segue sua vida. Tenta esquecer que Perrie fez parte de sua vida. Recomece, e então lá na frente quando você perceber que isso já não te machuca mais, e se você ainda sentir necessidade de tê-la em sua vida, você vai atrás dela. Mas agora – frizou – Nesse momento eu acho que o melhor a fazer é seguir em frente sem nem olhar para trás. É o melhor pra você. – O pedido chegou, ela agradeceu o garçom que se retirou – Você precisar se amar, Jay – pegou nas mãos de Jade – Se dar ao valor.

- Eu não sei se consigo – disse mais pra si do que para Demi.

- Consegue. Lógico que consegue! E eu vou estar sempre do seu lado. Incentivando sempre a olhar pra frente e, se lá na frente você sentir que é hora de voltar, jamais vou impedir. – sorriu apertando a mão da amiga em apoio.

***
Dois meses depois, Jade estava tentando seguir o conselho da amiga. No primeiro mês, em  seu celular, inúmeras chamadas perdidas e mensagens de Perrie. Limitou-se a responder uma delas dizendo estar bem e trabalhando bastante. No decorrer dos dias, decidiu que o melhor a fazer seria trocar de número e assim o fez.

Em uma conversa com Leigh-Anne, Jade explicou tudo a ela e então depois da conversa não teve um dia se quer que comentassem de Perrie.

E assim os dias foram se passando...

Não é como se ela tivesse esquecido de Perrie, mas sentiu que no momento ela se sentia melhor sem a ex-esposa em sua vida.

...

Dezoito de agosto.

Fazia seis meses que Jade e Perrie não se viam. Seis meses que Jade tomara a decisão de afastar-se de Perrie. Porém, depois de seis meses evitando frequentar os mesmos lugares que a britânica, hoje teriam um evento em comum, dezoito de agosto: chá de bebê do filho de Leigh-Anne com Jesy.

Em uma conversa com Leigh-Anne, Jade agradeceu pelo convite e disse pra entregar uma lembrancinha um outro dia. Reforçou estar evitando Perrie, e também a repulsa que Jessica tinha por ela. E tudo o que ouviu foi: “O filho também é meu, e se você não for ficarei chateada”

E lá estava ela sentada em uma das mesas entre tantos outros amigos do casal. Ao longe, Leigh-Anne agradecia a presença das pessoas junto de Jesy que estava com uma barriga imensa. E de mesa em mesa, foram agradecendo pela presença. Ao chegarem em Jade, Leigh-Anne sorriu, a abraçou e agradeceu pela presença. Já Jesy, apenas deu um sorriso amarelo e murmurou um: sinta-se a vontade. Jade não era boba e nem burra, sabia que não era bem vinda ali, não pela outra mãe da criança. E então o casal saiu agradecendo o restante das mesas.

Cerca de meia hora depois, Jade bebia sua cerveja sozinha na mesa, os olhos varriam o local cheio. Levantou-se indo ao banheiro. Retornou sentando-se no mesmo lugar, voltando a observar novamente as pessoas. Ao passar os olhos pela porta, viu quem não queria ver bem ali, em pé na entrada do local. Bebeu mais um gole da cerveja enquanto disfarçadamente olhava para Perrie com a filha no colo, a criança já estava bem maior do que da última vez que a viu. Ela também estava gordinha, sorria para um casal que brincava com ela. Jade achou uma graça a bolinha no colo de Perrie rindo tão gostosamente. No segundo seguinte, um garoto de aparentemente dezoito/dezenove anos passou pela porta juntando-se a Perrie . Ele carregava a bolsa que parecia pertencer a Olivia, filha de Perrie. Ele cumprimentou o casal que Perrie conversava com um aperto de mão para em seguida grudar suas mãos na cintura dela. 

A cabeça de Jade trabalhava a mil, estariam eles namorando? Quem seria esse garoto? E como um clique, tudo em sua cabeça começava a fazer sentido. Olhou para a garotinha mais uma vez, em seguida para o garoto e viu que se pareciam bastante. Esse era o pai de Olivia. Perrie estava namorando com o cara a qual traiu Jade.

Jade sentiu seus olhos arderem, mas não choraria, não por Perrie. Tomou mais alguns copos de cerveja evitando agora olhar para as pessoas. Focou no centro do local onde faziam algumas brincadeiras com Jesy, quando a mesma errava qual era a lembrancinha que tinha no pacote. Sorriu ao olhar para Leigh-Anne ao lado de Jesy e ver o quanto a amiga estava feliz. Seu celular vibrou na mesa, ela desviou a atenção da brincadeira e leu a mensagem de Camila.

Jade, estou fodida.

Jade leu e em seguida já a respondeu.

Conta uma novidade. *emoji rindo* Quem foi a felizarda da vez?

Clicou em enviar.

Jeed, eu estou falando sério caralho.

Jade viu que não era brincadeira e resolveu falar sério.

Ta legal, me conta o que aconteceu

-

Eu to gravida!

-

O QUE??????  VOCE NÃO ERA LÉSBICA?

- Jade... Jade – Ela ouviu a voz de Leigh-Anne a chamar tirando atenção do celular. Os convidados olhavam pra ela que já tinha as bochechas vermelhas de vergonha de estar sendo o centro das atenções. – Esse é o presente que você deu, vem até aqui, Jesy precisa descobrir o que é, e se errar você pode fazer algo com ela.

- Fraldas? – negou – Mamadeira? – negou novamente enquanto Jesy apertava o embrulho em mãos.

- São só três chances – alguém gritou.

- Chupeta? –Negou novamente.

- Castigo. Castigo – algumas pessoas gritavam.

Jade pegou um batom e pediu que Jesy levantasse a camiseta. Ela então escreveu o nome do bebê Peter e desenhou alguns corações.

Ao longe, Perrie tentava não demonstrar o choque ao ver Jade depois de meses. Suas mãos transpiravam e a inquietação era nítida. Remexia-se o tempo todo.

- Está tudo bem? – O namorado perguntou.

- Sim. Preciso trocar a fralda da Olivia, pode me esperar?

- Mas a fralda está sec.. – Mal terminou a frase e Perrie já havia saído com a filha nos braços para a área externa da festa.

Enquanto tentava se acalmar sentada em um banco, a filha estava sentada na grama brincando com um mordedor.

Lá dentro, Jade disfarçadamente conseguiu sair  do local sem ser vista, prestes a ir embora. Porém encontrou Perrie do lado de fora. Tentou passar e fingir que não tinha a visto, mas Perrie a viu.

- Jade. Eu não sabia que você viria. – pegou a menina do chão e foi até Jade que forçou um sorriso.

- Ah, oi. Vim sim – Silêncio.

- Amor, você já... – o namorado de Perrie apareceu. – Ô, desculpa, eu não sabia que você estava falando com uma amiga. Vem com papai filha, deixa a mamãe conversar . – Perrie engoliu em seco enquanto Jade confirmava suas dúvidas. Ele logo saiu com a filha as deixando a sós.

- Eu posso explicar.

- Ah, claro que pode. Você sempre pode – sorriu irônica indo ate seu carro deixando Perrie sozinha.

Pequena Consequência | Jerrie Onde histórias criam vida. Descubra agora