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É claro que às vezes as pessoas realmente podem mudar, ou não...

- Jesy, se você sair por essa porta mais uma vez eu juro que termino com você. – Leigh-Anne falou nervosa. Seu tom de voz alto acordou o filho fazendo resmungar no carrinho -  Nós temos um filho pequeno que precisa de nós para tudo, principalmente de você que o alimenta. Você não pode simplesmente sair feito uma doida sempre que Perrie precisar. Ela precisa aprender a se virar sozinha.

- Vai ser rápido meu amor. - Se aproximou de Leigh-Anne que recuou desviando do selinho da mulher. - Perrie tem se sentido mal nessa gestação, não posso deixa-la na mão, e tem a Olivia que tem dado muito trabalho, tem ficado chorona demais.

- Problema da Perrie isso! Não é  seu, nem meu! Se ela arrumou outra gravidez enquanto a filha ainda é praticamente um bebê só lamento! Você que deixe Perrie de lado um pouco e lembre que tem uma família, que tem um filho e que não é só colocar no mundo, precisa cuida-lo.

- To indo, até já. Prometo não demorar. - Pegou a bolsa jogada no sofá, passou pelo carrinho sem se dar ao trabalho de olhar para o filho e seguiu ate a porta.

 - Jesy, você tem certeza disso? Se você sair tenha a certeza que nunca mais nos verá em sua vida. - Jesy revirou os olhos e saiu sem nem pensar.

Leigh-Anne suspirou decepcionada abaixando-se na altura do carrinho para então encarar seu bebê.

- Pronto para partir para bem longe daqui meu amor? - Mexeu nas bochechas do menino. - Vamos voltar para a casa da vovó que mora bem longe.

O que Jesy não sabia era que Leigh-Anne estava mesmo falando sério, e que no momento que chegasse a sua casa não encontraria mais ninguém lá.
                         
*

Cerca de seis meses depois da audiência de conciliação, Jade, Perrie e advogados estavam reunidos novamente na sala juntamente da juíza para a nova audiência para divisão dos bens. A audiência já tinha sido iniciada há algum tempo. Enquanto a juíza falava Jade observava a pequena sala onde estavam, Perrie com uma barriga enorme de gravida olhava para a juíza séria, assim como seu advogado. Seguiu olhando mais um pouco, o guarda da porta parecia tedioso, assim como a escrivã da sala. Jade só voltou à atenção para a juíza ao ouvi-la falar da decisão.

- Determino que o apartamento situado na rua:  Albarengue n:345 fique na posse da senhora  Perrie Edwards. E que os demais bens fiquem no poder de Jade Thirlwall.

- Não, o apartamento já era meu! - Falou em alto e bom som chamando atenção de todos da sala, inclusive de Perrie que a encarava com um sorriso sarcástico. - Não é justo. Ela me trai enquanto saio para trabalhar, volta grávida de outro e a justiça é a favor dela? Que justiça é essa?

- Se acalme Jade, cabe a nós recorrermos. - Selena tentava acalmar a cliente.

- Dona Jade, minha cliente era constantemente agredida por você, não tinha a esposa em casa, vivia na mais completa solidão o dia todo. Não podendo nem ir ao mercado sem sua companhia. Com seus dezessete anos na época, ainda uma criança, não soube usar da tão sonhada liberdade.
 
- Se sua cliente era constantemente agredida por que não houve denuncias contra a minha cliente?

Perrie mantinha a cabeça baixa o tempo todo. Alisava a calça em um sinal claro de nervosismo. Jade transpirava completamente nervosa enquanto a juíza ouvia os advogados.

- Excelência, peço que essas acusações não sejam levadas em conta, visto que minha cliente sempre cuidou bem de sua ex esposa, trabalhando o dia todo, em dois empregos para que assim conseguisse pagar o estudo da ex esposa e oferecer uma vida melhor do que tinha antes quando ainda morava com o pai.

Pequena Consequência | Jerrie Onde histórias criam vida. Descubra agora