Um saxofonista, uma garota apaixonada, jazz e memórias.
Basicamente, sobre como todas as coisas parecem tão perfeitas depois do fim.
Kim Taehyung| Shortfic | Romance| Jazz
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Era perfeito.
Tudo se passava em takes, comocenas de um filme bonito.
O casal abraçado no sofá ouvindo jazz e se beijando ao som de Coltrane. As conversas sem hora para acabar sobre música, literatura, astrofísica ou qualquer outro assunto que ele estudava por simples curiosidade. Ele discursando empolgado, ela encantada. Noites intermináveis, manhãs preguiçosas. Sua imagem tocando saxofone logo cedo, os cabelos bagunçados, a calça de pijama de seda larga, as costas discretamente curvadas e, a depender da estação, a camisa de botões largada sobre o sofá ao lado de uma xícara de café ainda por beber. Tudo isso enquanto as notas do instrumento tomavam conta do cômodo.
Era mesmo um filme muito bonito, ele.
Os passeios semanais nas margens do Rio Han. Não importava a temperatura. Se estivesse quente, alugavam uma bicicleta para presenciar o pôr-do-sol e depois esticariam o fim do dia em uma toalha de piquenique. No frio, ele escondia as mãos dela no bolso do seu casaco e o simples toque dos dedos e os passos sincronizados pela calçada eram motivo para fazê-lo sorrir para ela, por ela.
Seria possível escrever um romance, um soneto, uma tese, sobre aquele sorriso. Como era sempre o mesmo, mas diferente se havia outras pessoas em volta, se logo depois de acordar, se quando partia o beijo, se enquanto cozinhava, se após rir sozinho de uma piada que acabara de contar, se quando encarava a plateia ao soltar o saxofone.
Todos eram belos e sinceros, mas nenhum deles era como quando sorria para ela.
Eu já fui ela e ele foi Kim Taehyung.
Eu continuava batendo na mesma tecla. Vendo tudo como se fosse um filmes de comédia romântica depois do clímax, quando os protagonistas já conseguiram acertar todas as confusões e sua única ocupação era apenas serem felizes para sempre. Essa felicidade plástica e perfeita que só poderia ser fruto da ficção, ou da minha imaginação.
Mas era isso. Depois do fim tudo parecia assim, perfeito.
E nos raros momentos de lucidez eu me perguntava: por que tudo tem que parecer tão maravilhoso depois que acaba? Por que tudo toma contornos tão perfeitos? Por que eu só era capaz de ver as coisas boas? Onde estavam as coisas ruins? Por que eu não encostava minha cabeça no travesseiro e me lembrava das brigas? De quando ele me deixava falando com as paredes? Das vezes em que ignorava minhas ligações? Dos (não raros) momentos em que ele foi um completo idiota? Sim, mas um belíssimo idiota.
Ao invés, na minha cabeça tudo parecia se resumir a uma junção de encerramento de comédia romântica e propaganda de margarina com qualquer um desses filmes indiesem que a protagonista se apaixona por um músico interessante e, consequentemente, irresistível.
De todas as minhas suposições para minha perspectiva absolutamente enviesada, as mais plausíveis eram teorias sobre alguém ter implantado uma espécie de filtro no meu cérebro enquanto eu dormia que só me deixava lembrar das memórias boas, de como foi incrível.
É, foi mesmo perfeito (demonstração do filtro em seu funcionamento ideal).
E talvez ele tenha sido mesmo meu único e verdadeiro amor: Kim Taehyung.
p.s: a protagonista fica extremamente melancólica e piegas quando se lembra daquela pessoa (falha técnica do filtro), mas com razão, já que ele era um em um milhão, um achado que saiu pela porta e parece que não vai mais voltar: saxofonista profissional, inteligente e, sim, absurdamente bonito (filtro novamente em funcionamento ideal).
p.s. 2: alguém traz ele de volta, por favor?
♬
* John Coltrane - foi um saxofonista e compositor de jazz norte-americano, habitualmente considerado pela crítica especializada como o maior sax tenor do jazz e um dos mais importantes jazzistas e compositores deste gênero de todos os tempos (fonte: Wikipedia). (Gravem o nome deste senhor, porque ele vai aparecer bastanteeee!)
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hello my lovesss!
Sejam bem-vindxs a My One and Only!
Antes de mais nada, muito obrigada por estar aqui!
Alguns avisos importantes:
Essa é uma história de universo alternativo, em que tanto os membros do BTS, quanto os demais personagens são originais e desvinculados ao BTS como grupo de k-pop.
A proposta é juntar duas coisas lindas: Jazz e Kim Taehyung. Por isso, todos os capítulo terão como título e/ou inspiração uma música de jazz (assim como o nome da história "My one and only love"). Cada capítulo será uma faixa musical ("track") que compõem o álbum dessa história. Temos duas playlist no meu Spotify: uma "oficial" de mesmo nome da história e uma segunda que eu criei mais recentemente com outras inspirações que não de jazz chamada "My one and Only b-sides" (todos os links estão no meu Linktree no meu mural aqui do wattpad)
Aviso de conteúdo sensível: a história tem um conteúdo melancólico e pode abordar temas como depressão, ansiedade, distúrbios alimentares e menções a tentativa de suicídio. A ideia é que esses temas sejam abordados de forma sutil e não como temática central. Também não haverá cenas gráficas, não se preocupem. Em todo caso, se necessário, incluirei avisos específicos antes de cada capítulo. Porém, se não se sentir confortável com a temática, por favor, não leia.
✨Como a história está em processo de reescrita/revisão, teremos postagens semanais às QUINTAS, por volta das 19h. Anotem na agenda e adicionem a história a biblioteca de vocês, pois é a única forma de vocês serem notificados das atualizações✨
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