Julho/2018
Hoje eu acordei animada, e acordei cedo. O que um beijo não faz? Levanto, arrumo minha cama e vou para o banho. Ao passar pela cozinha vejo que a mãe ainda está aqui. Dou-lhe um beijo e vou para o banheiro.
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- Acordada agora, Laria? Pensei que fosse passar as férias dormindo. - Diz a mãe enquanto passa manteiga em seu pão. Está eu e ela, o pai já foi para a mercearia, e Cássia ainda está dormindo.
- Sim, mas eu mudei de ideia. - Respondo enquanto levo o pão a boca.
- Está certo, filha. Hoje é dia de lavar a mercearia. Quer ajudar?
- Quero, quero sim. - Pulo da cadeira e a ajudo a guardar as coisas. Cássia não toma café. Depois de juntar tudo, vou para o banheiro escovo os dentes e desço com a mãe. Eu amo lavar coisa, gosto de mexer com água. É maravilhoso.
Ao chegar na mercearia, o pai está levantando os bancos e as cadeiras. Mãe pede para que eu pegue a mangueira na parte de trás da mercearia, no quintalzinho que tem no fundo. A pego e volto. E nós começamos a lavar.
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- Mário! - O chamo ao ver passar em frente a mercearia. Ele freia a bicicleta e eu corro até ele. - Você sumiu. O que houve?
- Tenho andado mais com os meninos. A gente tá' indo pra roça do pai de Lucas agora. Todos os dias 'nois' vai. - Lucas é amigo de Mário. Já o vi algumas vezes, mas nunca conversamos.
- Ah, sim. Bom, se divirtam. E apareça mais vezes. - Digo voltando para a mercearia. Ele acena e segue em direção ao campinho.
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Estou na despensa da mercearia repondo algumas coisas, e guardando outras.
- A Laria, tá' aí? - Ouço uma voz feminina lá na frente.
- Sim, tá' sim. Está nos fundos. Pode ir lá. - Diz papai. Ouço passos, mas continuo com o que estou fazendo. Quanto mais cedo acabar isso, melhor.
- Oi. - Olho para trás e vejo Sara. Ela está sozinha. O que é bom, já que decidi ontem que não gosto de Mariele.
- Oi. - Respondo e termino de guardar as coisas.
- O que está fazendo? - Ela me pergunta enquanto encosta na parede. Acabei.
- Agora não estou fazendo nada, já que acabei aqui. Por quê? - Pergunto me virando para ela.
- Eu vou ir na pracinha. Vou andar de patins lá. Quer ir? - Patins são uma praga. Eu sempre caio e me machuco. Sempre.
- Sabe que não sei andar nessa coisa, Sara.
- Tudo bem. Você pode ir para me ver. - Ela sorri orgulhosa. - Por favor. - Juntas as mãos implorando. Concordo rindo e nós saímos.
- Pai, vou com Sara para a pracinha. O senhor precisa de mais alguma coisa? - Pergunto quando chego em frente ao balcão. O pai está colocando as cadeiras nos lugares.
- Não, obrigado. Tá' tudo bem agora. Você já pode ir. - Aceno e saio com Sara rumo a pracinha. Hoje tá' quente.
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- Elas decidiram não vim. Estão cheias dos segredos essas duas. - Continua Sara me contando sobre Beatriz e Mariele. Estamos em frente a pracinha agora. Sara se senta em um banquinho redondo e calça os patins. - Tá' certa de que não quer andar?
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Um Amor De Temporada
RomanceLaria sempre apaixonada por circos, nunca se imaginou apaixonada por um cria de circo. O amor floresceu rápido, e as chamas faiscavam e se espelhavam por todos os ângulos. Ignorante os que não enxergam o romance. Fracos de fé os que proibem e j...