As pessoas são tão repugnantes.
Não,eu não culpo elas por tudo!Mas pela perda de Bruno eu culpo,culpo muito.
Bruno era um rapaz alegre,espontâneao,simpático e popular.
Ele não tinha porque morrer se não fosse a porcaria da sociedade.
Ele tinha 15 anos quando descobriu sua orientação sexual,sim orientação e não opção,porque algo assim a gente não escolhe.
Ele tinha uma grande admiração por Paulo,seu melhor amigo,ele adorava o jeito que Paulo sorria,adorava as piadas sem graça que ele fazia, o jeito de como ele cantava errado em inglês,os olhos, ele adorava isso tudo.
Não demorou muito tempo pra que ele percebesse que o que o mesmo sentia era mais do que admiração.
Bastou apenas Paulo arrumar uma namorada.
Bruno ficou extremamente incomodado com aquilo ou como gostamos de chamar,ele ficou com ciúmes do seu melhor amigo.
Bruno demorou dois meses até que resolveu contar seus sentimentos para Paulo,ele não esperava que Paulo deixasse a namorada,para os dois terem o felizes para sempre.
Ele apenas esperava que Paulo,seu melhor amigo desde os 3 anos,o apoiasse quando ele resolvesse se assumir,ele imaginou Paulo colocando a mão no seu ombro quando ele fosse contar para os seus pais extremamente católicos,ele experou que Paulo defendesse ele dos colegas homofóbicos.
Mas não foi isso que aconteceu.Ele só queria aceitação,mas,ele encontrou tudo exceto isso.
Paulo: Como assim você é gay? E pior, tá afim de mim?! Cê tá brincando né cara?
Bruno: Não, essa é a verdade,eu sou homosexual.
Paulo: Homo oque? Cara tu é viado! Eu tô... Tô com nojo de você.
O melhor amigo faz uma cara de ânsia.
Bruno tenta tocar no seu ombro,e Paulo se esquiva como se aquilo fosse contagioso.
Paulo: Quer saber cara,se afasta de mim,não sou amigo de bicha.
Bruno: Mas Paulo...
Paulo: Não me toca com essas mãos nojentas.
Bruno nunca se sentiu tão inferior.
Seu agora ex-amigo saiu dali pisando forte,como se tivesse algum motivo real pra ficar com raiva.O outro garoto ficou ali sentado no banco da cantina,o que ele faria a partir dali,afinal ele perdeu o melhor amigo,resolveu pensar nisso em casa,na hora da saída lá estava Paulo em cima do palco,com uma garrafa de bebida em uma mão e o microfone em outra.
Eu quase não acreditei quando ví aquilo,minha raiva pelos homens só aumentou se é que isso é possível...
Paulo: Cadê você? Cadê a nova gazela da escola?
Os olhos de Bruno se encontram com o do amigo.
Paulo: Aí está você!
Paulo diz e toma mais um gole da bebida.
Todos os olhares estão sobre Bruno.
O garoto gesticula um "PARA" com a boca.Paulo: Você quer que eu pare!? Ué,achei que você queria minha ajuda pra sair do armário amiguinha! Pessoa ai temos um Veado a disposição boa refeição,até rimou...glup.
Ele soluça.
Bruno não segurou as lágrimas, saiu dali correndo,ainda ouvindo as risadas de Paulo.
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Estrelas Suicidas
ContoHistórias de vida,ops... De morte. Esse livro não é uma apologia ao suicídio. Esse livro é uma ideia, isso uma "ideia" que eu estou querendo por em prática,me ajudem aí meus lindos. A tornar minha ideia um fato. Vamos lá 😉. Quem seria o narrador? I...