Gentileza

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Após livrar-se das peças remanescentes, Rin voltou a subir na cama, sentindo o corpo abaixo do seu tencionar com o contato de ambas as peles nuas e sem nenhum empecilho.

O Matsuoka tinha total ciência do que o rapaz mais jovem queria; ele sentia a forma como Haruka empurrava o quadril contra ele. E justamente por saber o quão apressado o namorado podia ser, tratou de torturá-lo, iniciando um beijo lento no peito do rapaz, ouvindo-o resmungar quando sua língua atrevida rodou em torno o mamilo rosado para logo depois ser mordido de maneira pouco dolorosa.

Os olhos vermelhos atreveram a encarar o seu maior objeto de desejo no momento e o seu corpo todo agradeceu por tê-lo feito, afinal, não havia no mundo algo que satisfizesse Rin por inteiro do que aquele rubor nas bochechas de Haruka, assim como os olhos azuis brilhando em expectativa e desejo.

— Você parece impaciente. – comentou com um sorriso.

— É claro que estou impaciente, você está me enrolando. – Haruka respondeu, agora, completamente irritado por aquela ideia absurda de algemas, do contrário ele poderia persuadir Rin de outras maneiras, mas agora estava incapaz de mover-se.

— Eu estou te enrolando, Haru? – indaga o ruivo enquanto sua mão se guia para o baixo ventre do rapaz. – E como exatamente eu poderia estar te enrolando? Você não disse o que quer, lembra?

A respiração quente do ruivo em seu pescoço faz com que menor se mova desconfortável sentido arrepios em sua espinha com a voz baixa soando perto do seu ouvido, mas não se deixaria abater, não entraria nesse jogo.

— E-eu já disse o que quero. – refutou, sentindo a mão do Matsuoka mover-se sobre seu membro cada vez mais rápido, fazendo-o arfar e morder o lábio inferior para conter-se apertando os dedos.

— Disse? – provocou mais uma vez. A língua do ruivo correndo pela cútis do Nanase do pescoço até a orelha. – Eu não me lembro disso.

Rin conhecia aquele corpo como ninguém e sabia o que fazer para levar o mais novo a loucura. Muitos e muitos meses de prática o fizera descobrir os pontos bons de Haruka, assim como as partes onde sabia que seria agraciado com um delicioso som caso acariciasse corretamente. O pescoço alvo era um desses lugares, e não demorou ao moreno murmurar algo baixinho e para completar Rin acariciou a cabeça bulbosa do pênis que vazava o pré-gozo que cobria seus dedos.

— Eu quero a sua boca... – o tom de voz sempre indiferente agora soava necessitado e quase manhoso. – Quero a sua... Lá.

— Lá? Onde, Haru? Seja mais especifico. – maldoso, o Matsuoka questionou, mordiscando o lóbulo da orelha do mais novo, vendo com prazer a forma como ele arrepiou-se com o gesto.

— Não se faça de idiota!

— Não estou me fazendo. – inocentou-se em meio a um sorriso enquanto afastava-se do menor, chamando atenção de Haru novamente para ele, colou sua testa a dele, engolindo com o olhar a forma como os anises de Haruka brilhavam extasiados. – Afinal, não é você mesmo quem me chama de "Matsuobaka?" – sorriu provocativo. – Me diga, o que você quer?

— Rin...

— Haru?

Normalmente Rin não provocaria tanto, afinal, a chance do Nanase se levantar da cama e desistir do sexo era grande se ele demorasse tanto a dar finalmente o que o menor queria, mas dessa vez ele não tinha escolha, ou ele diria, ou ele diria.

Rin sabia que o namorado nunca havia se arrependido tanto da idéia das algemas como agora.

— Me chupa.

— Como? Não entendi. – o sorriso do maior alargou-se.

— Não entendeu? – enfezou-se, dando um tranco com o braço na esperança vã de quebrar as correntes da algema. – Ok, então saí de cima. Não quero mais nada. – Haruka devolveu irritado fazendo bico e virando o rosto para o lado oposto.

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