Amor Sem Preço

Como assim um internato?

 Hora 5:30

  Eu estava arrumando minha mala já sentindo saudades das minhas amigas, pois daqui a estantes iria abandonar a cidade a qual vivia desde pequena.Minha mãe já estava me esperando a um bom tempo no carro, nem sei como ela tem essa paciência toda de me esperar. Nós moramos sozinhas desde que meu pai se foi, e desde então minha mãe teve que aprender a dirigir e trabalhar o dobro  para conseguir pagar as contas.  Foi um momento muito difícil, mas isso só fez eu e minha mãe nos aproximar. 

   Posteriormente, eu tinha acabado de arrumar minha mala e fui em direção ao carro. Minha mãe estava mexendo no celular, enquanto eu botava  a minha mala no porta-malas. Depois, eu entrei no carro, sentei, botei meu sinto  e pergunto para ela:

   -Mãe, eu vou poder visitar minhas amigas nas férias?

   Ela se virou para minha direção e respondeu:

   -Claro filha. - ela diz sorrindo.

   Eu fiquei tão feliz que fui direto abraçá-la. Logo ela começou a dirigir. Eu confesso que estava um pouco curiosa para saber como seria  minha casa nova ou melhor, a escola. Será que terá garotas legais? Ou alguns garotos bonitos? O quê eles vão achar de mim? Eu comecei a pensar, mas eu fiquei com sono. Então, peguei meu fone, botei uma música boa no meu celular e comecei a ouvir enquanto dormia. Quando acordei, percebi que o carro estava estacionado em frente a uma casa bem bonita. Fiquei me perguntando se essa seria nossa casa nova. Me virei para perguntar a minha mãe, mas ela não estava no carro. Decidi aproveitar o momento para explorar a casa conforme a procurava. 

   Ao entrar na casa, me deparo com um homem alto que parecia ter mais ou menos a mesma idade dela. Eu de repente paraliso até reparar minha mãe na cozinha tomando aparentemente um café. Eu corro até ela e pergunto :

   -Mãe quem é ele e o tamos fazendo aqui?!!! - Digo desesperada.

    Ela suspirou e respondeu:

   -Calma ele só é meu novo professor de violão. Tinha acabado de resolver umas paradas com ele. - Diz com um tom suave.

   Eu logo me acalmo e peço desculpas a minha mãe por deixar ela preocupada. O professor entra na cozinha pedindo licença com uma expressão bem séria e diz para minha mãe:

   -Senhorita Elizabeth Rose, poderia falar um minutinho com você em particular?

   -Claro. - Falava enquanto olhava para mim.

   Dei licença para os dois falaram e voltei para o carro, com a mínima vontade de explorar a casa. Eu estava me sentindo como se eu não fosse bem vinda. Então, para não arrumar problema fiquei no carro mexendo no meu celular. Depois de meia hora, percebo minha mãe chegando com seu rosto tapado pela mãos e logo fico preocupada. Ela abre a porta do carro e a vejo chorando. Eu me aproximo dela e pergunto:

   -Mãe o que aconteceu? -Peguntei enquanto a abraçava.

   Ela limpa suas lágrimas e pergunta:

   -Se eu te contar, promete que não vai me odiar? -Faz uma expressão séria.

   No começo achei que fosse mentira, mas depois percebi que a expressão  não era atoa. Então respondi:

   -Eu prometo. 

   Minha mãe me soltou e se afastou de mim. Depois falou:

   -Filha, não fique chateada mas... eu te mandei para um internato. - disse conforme chorava.

   Eu me aliviei, pois eu pensei que seria algo sério. Ela me perguntou enquanto me observava:

   -Você não está triste comigo?