PDV. Dália
-Menina?- acordo com Madalena me chamando no porão.
-Sim - o porão é escuro e minúsculo tenho certeza que depois de passar 2 meses aqui dentro criei claustrofobia.
E sim eu passei dois meses presa como se fosse uma procurada isso porque Bravo não achou meu corpo e não teve mais rastro de Gabriel que deixou uma divida de 5 mil.
Eu só queria saber como ele conseguiu colocar 5 mil de pó no nariz, deve ser por isso que ele sempre andava gripado, sou tirada dos meus pensamentos por Madalena.
- Vamos menina consegui um emprego pra você - meu rosto se ilumina quando ela fala em emprego
Nunca trabalhei não depois que conheci Gabriel antes dele eu cuidava de uma bebê era com o dinheiro de babá que eu pagava o que faltava na faculdade.
- É coisa simples mais o que deixa mais aliviada é saber que você vai estar segura sempre. - Madalena se tornou uma mãe pra mim.
- Na aonde vou trabalhar eu tô tão feliz - pulo no seu colo coisa que eu não deveria fazer com uma senhora de 76 anos.
- Vai trabalhar como empregada na casa de um Delegado do BOPE - paro de respira eu tinha quase certeza que eu tinha sido dada como desaparecida ou até morta e tenho certeza que ele como delegado vai puxar minha ficha. - Não se preocupe sou conhecida da família já trabalhei lá quando Heitor ainda sujava fralda. - eu tinha que agradecer tudo que Madalena tinha feito por mim, por ser minha vizinha ela vivia em constante perigo, Bravo vivia entrando na sua casa e vigiando ela. - Ele não vai puxar sua ficha, você vai dormir lá, você vai estar segura lá meu amor - ela me abraça forte e sinto todo amor materno que um dia queria ter sentido da minha mãe.
- Eu te amo Madalena a senhora é uma mãe pra mim - ela me ajudou mesmo quando não tinha obrigação nenhuma de fazer isso.
- Vamos seu ônibus sai em 1 hora, Maceió é um pouco longe - longe é apelido 4 horas de viagem, mais se for comparado com o tempo que fiquei presa no porão Maceió é logo aqui na esquina.
- Mais eu não tenho nada - tá vou trabalhar mais como vou sair daqui se não tenho nada.
- Eu comprei algumas peças nada que chame à atenção de Bravo e quando você receber seu salário pode compra algo mais do seu gosto - ela me entrega uma mochila - Vamos Heitor odeia espera - ele vai me busca na rodoviária?
- Tem certeza que vai ser seguro sair daqui? - eu sempre morei em Água Branca nunca sai pra outro lugar e depois que conheci Gabriel foi ai que nunca sai mesmo.
Tenho certeza que não vou estar segura em lugar nenhum, não é como se Bravo fosse esquecer que eu existo ou eu não tentei matar ele.
- Você vai estar segura com ele só tenha um pouco de paciência. - é agora que eu falo que esse não e meu forte?
- E a senhora vai ficar bem aqui sozinha? - eu estava preocupada ela sozinha com as visitas de Bravo.
- A querida vou ficar bem - coloco o capuz do casaco e ela me leva até a porta vejo um dos homens de Bravo eu paro na hora e antes que eu volte pro porão ela me empurra. - Ele não vai te machucar - ela realmente me disse isso? - Sou amiga da mãe dele - isso ainda não explica ele estar aqui - Ele me deve um favor e estou cobrando. - ele me olha como se fosse me mata no próximo beco escuro.
Tomei coragem e fui caminhado até o carro que me aproximei ele abriu a porta pra mim.
- Eu não gosto de você e se Bravo descobrir vou ser morto - soltei a respiração que nem sabia que estava segurando - Só tô fazendo isso por ela, agora se você morrer no meio do caminho isso não é problema meu. - acho que isso saiu como uma ameaça.
- Moisés tá assustando a pobre menina - tá ai uma coisa que nunca entendi traficante com nome bíblico.
- Vamos - Madalena me dá um ultimo beijo, entro no carro que sai cantando pneu.
Moisés me explicou que eu vou no mesmo ônibus que Binho leva a mercadoria seria mais seguro já que ele suborna os policiais pra fazerem vista grossa e que tenho descer 6 pontos antes de Maceió pra não correr o risco de ser reconhecida quando seu pessoal for busca a mercadoria na rodoviária.
Ele também me disse que Bravo colocou uma recompensa pra quem me leva pra ele viva ou morta, pois é parece que minha cabeça ta valendo um salário mínimo.
A que ponto cheguei pra valer um salário meu Deus!
Gabriel ainda não deu sinal de vida fazendo sua dívida ser minha, ele gasta 5 mil de pó e eu que nunca comprei nada sozinha sem a supervisão do mesmo tô devendo 5 mil.
- Tome - ele me entrega um casaco, boné e muito dinheiro. - Isso é só uma ajuda sei que você não tem nada haver com toda merda de Gabriel, joga o casaco assim que entra no ônibus - sinto quando ele toca na minha cicatriz na bochecha e por extinto ou medo fecho os olhos e me encolho. - Se eu fosse você cortava esse cabelo, mude um pouco o visual. - ele beija minha testa e eu entro no ônibus.
Apesar de andar com Bravo, Moisés é um cara legal, me sento na ultima fileira do ônibus perto do banheiro que por sinal tava cheiroso, graças à Deus.
Acabo pegando no sono e quando acordo vejo que esta próximo a minha parada.
Me levanto da poltrona e confiro se tudo está onde deixei caminho até o motorista e aviso que vou descer no próximo ponto, assim que desço do ônibus pude ver que ainda era de madrugada que ótima (sentiu a irônia?) o próximo ônibus vai demora uma vida pra passar.
Que droga esse tal de Heitor vai me mata!
🎱🎱
Um novo começo...
Comentem a história só fica melhor se vcs participarem
Link do grupo na minha biografia
Lá vocês ficam por dentro de tudo que aconteceu e o que em todos os meus livros inclusive de novos projetos VOTEM
🎱🎱LR
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Dália - Série "Flores Do Sertão"
ChickLitQuando eu conheci ele tudo parecia perfeito sempre atencioso, carinhoso, preocupado comigo e com o que eu queria. Eu achei que finamente tinha achado a pessoa certa pra mim. Como eu me enganei... Não demorou muito e nos casamos. Foi quando tudo mudo...