Capítulo 15: Kiss and make up

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Mantive os olhos fechados com força, ouvindo cada disparo.
Aquilo me ensurdeceu, me apavorou, me atordoou.

Meu peito subia e descia desenfreado, devido à respiração descompensada e, quando finalmente tomei coragem para abrir os olhos, ele me encarava de um jeito impiedoso.
A parede atrás de mim estava do jeito que eu deveria estar.

Destruída.

Em segundos, se agachou na minha frente para ficar na mesma altura que eu, e em seguida, acariciou meu rosto.

-Diga que vai ficar do meu lado, Manoban.

Quando JinHwan me disse que haviam lados aqui em Atlanta, ele estava falando do lado do Jungkook, ou, contra ele.
Afinal de contas, por que Jungkook iria me querer do seu lado?

-Você não vai querer ficar contra mim, não mesmo. Você sabe, vai ser melhor assim.

-Eu tenho repúdio de você, Jungkook.

Ele se aproximou e cochicou.

-Se eu fosse você, pensaria melhor. Se você está viva, é porque, infelizmente, minha mãe tem consideração por você.

-Não seja por isso.

Sua mão direita se moveu até seu bolso e trouxe consigo uma pequena faca. Ele cortou as cordas e me levantou da cadeira.

-Terminaremos essa conversa em casa.

Ele me arrastou até o carro, e assim que eu tive a oportunidade, dei uma cotovelada em seu maxilar, e tentei correr, o mais rápido que pude.
Como se nada o afetasse, ele me puxou da forma mais simples que poderia ter feito.

Com a força de seu braço esquerdo ele me jogou contra o capô do carro, ficando sobre mim, fixando seus olhos na minha boca.

-Por que não tenta facilitar as coisas? Estou tentando te livrar de algo pior, e você insiste em se atirar no fogo. Já que é assim, ouça, a partir de agora você é minha, sem limitações, sem direitos. Eu tentei, tentei ser compreensivo. Você vai aprender que as coisas não funcionam do seu jeito.

Sua voz me torturava a cada segundo.
Quanto mais ele falava, mais eu ficava extasiada. Não tinha mais energias nem forças para lutar ali.

Seus dedos, suavemente passearam pelo meu rosto, de forma perigosa, fervente. Depois, aproximou seu rosto do meu, e roçou seus lábios nos meus.

-Ainda que eu sinta raiva de você, não posso evitar me sentir inteiramente tentado por sua beleza.

Seu corpo pesava em cima do meu. A posição atual era desconfortável, visto que estamos em cima de um capô frio.

-Você continua cheirando a pecado. Até assustada fica sexy. Eu adoraria me saciar nos seus lábios! Me diga, Manoban, o que você quer?

-A morte!

Ele, rapidamente desfez sua cara perversa, e segurou meu rosto com violência. Após isso, com a mais pura raiva ele me fez olhá-lo por longos minutos, segurando minha mão como se fosse quebrá-la.

A mim não havia chegado qualquer compreensão sobre os objetivos dele ao fazer aquilo comigo. Sua coxa estava dentre minhas pernas e eu estava presa em seu perfume e em sua brutalidade. Jeon estava irado, perverso, possuído, tentado a me ter, e só depois de muito tempo sendo obrigada a ler suas pupilas foi que percebi que isso estava escrito em seus olhos. 

Enraivecido por eu ainda conter qualquer desejo desconhecido, ele me  puxou para dentro do carro e trancou as portas.

Enquanto dirigia, apertava forte o volante, mordendo o lábio inferior, sem dizer sequer uma só palavra, e eu juro que preferia que ele continuasse blefando como fez momentos atrás.

Soul Criminal: Red- Vol. I [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora