Quando éramos crianças

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Oi pessoas. Essa fic aqui veio depois de muitos pedidos insistentes da dona Mayra, minha monbebe favorita.
Ela seria one shot, mas acho que não consigo mais escrever coisas curtas, então mais uma vez essa mocinha me convenceu a dividir em capítulos.
Tbm dedico a fic a May (more2u), que fez a capa e tbm me incentivou muito a escrever, e a Luana, minha maluca favorita.

Será uma short fic, com poucos capítulos tá pessoal. Mas botei todo meu amor nela, pois meu Joohyuk merece ser contemplado e valorizado nesse site que só tem 2won grrr

Espero que gostem e me dêem amor por favorzinho.

🐒

É engraçado como a gente não consegue lembrar de muitas coisas da nossa infância né? As memórias se perdem em nosso inconsciente, e tudo aquilo que não é marcante acaba ficando perdido em algum limbo no nosso cérebro. Com certeza esse não é o caso do dia em que conheci Lee Jooheon. Eu tinha cinco anos de idade, e a professora disse que tinha um amiguinho novo na nossa classe. O garotinho se escondia atrás dela, aparentemente muito tímido diante de todos aqueles olhares.

– O Jooheon se mudou de Daegu para Seul com a família dele, e tenho certeza que vocês vão ser bons amigos pra ele certo?

– Sim senhora Park. – lembro-me muito bem de ter ficado animado, porque sempre gostei de fazer novos amigos.

A tarefa que estávamos prestes à fazer era um desenho, então sentei na mesa redonda que comportava seis crianças, bem ao lado do aluno novo.

– Oi, tudo bem? Meu nome é Minhyuk? Como era onde você morava? Por que se mudou pra cá?

Sim, eu era esse tipo de criança. Não que eu tenha mudado muito hoje em dia, mas acho que assustei o garoto com minha tagarelice típica. Tanto que ele nem me respondeu, apenas levantou e foi sentar em outra mesa, sem ao menos olhar pra minha cara. Pensa só, que abusado!

Naquele dia eu tentei puxar assunto com ele mais uma vez, e de novo fui ignorado. Para a sorte de Jooheon, eu não sou de guardar mágoa, e também sou insistente. Não entendia porque aquele garoto não queria ser meu amigo, justo eu que sempre fui tão legal com todo mundo! Mas na real, ele não falava com ninguém na turma, estava sempre quietinho no canto dele, fazia tudo que a professora mandava, e na hora de ir embora, eu o via encontrar sua mãe, todo cheio de sorrisos que ele não dava quando estava conosco, seus colegas. Eu gostava quando ele sorria, não sei nem dizer o motivo, afinal eu ainda era muito pequeno, mas algo naqueles olhos tão pequenos, e naquelas covinhas dele, me faziam querer sorrir junto.

No dia do brinquedo, eu levei um carrinho de controle remoto que meu pai tinha me dado no natal, e que eu nem gostava de brincar, mas eu não gostava de fato de nenhum brinquedo meu, por isso escolhia qualquer um. Vi que Jooheon não tinha levado nada, talvez a professora tenha esquecido de avisar que aquele dia da semana era o de levar brinquedo. Ela até tentou pegar algum dos reservas que tinha na escola, mas o menino não quis nenhum, e sentou num canto da sala mais uma vez sozinho, só observando os outros.

Eu já falei que sou insistente? Pois é... Mais uma vez fui eu e meu carrinho até o garotinho sério.

– Oi Jooheon, você quer brincar com o meu? – estiquei os braços, segurando o brinquedo em minhas mãos.

– Não precisa, obrigado. – ele estava sentado no chão, com os joelhos perto do rosto, segurando as próprias pernas.

– Eu não gosto de carrinho, pode brincar. – continuei na mesma posição, enquanto ele timidamente pegava o objeto das minhas mãos.

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