Ϫ Capítulo 5 Ϫ

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— Chegamos! — Paramos em frente o MASP da Paulista e sorrimos. Olho para os dois que sorriem por estar aqui. Os museus são os principais aliados da REDE e dos Escolhidos. Temos bases por todos os estados e países. Estar na Sede da REDE do Brasil é uma honra para poucos.

Respiro fundo subindo as escadas e entramos no lugar indo na direção do balcão. Eduarda bate o punho cinco vezes na madeira e encara a mulher sentada a nossa frente. — Escolhida, Intangibilidade, Rondônia.

A mulher assente, puxando o balcão e nos dando passagem. Caminhamos na direção da parede, Carlos desenha os triângulos ali mesmo e uma porta surge. Descemos as escadas, que nos levam ao subsolo como já sabemos.

Observo as paredes douradas que nos guiam até um grande salão, com portas no fundo que levam por túneis os refugiados da REDE. No centro, vejo uma cadeira folheada e ouro, com detalhes lindos e encantadores para quaisquer arquitetos. Uma mulher, alta, de cabelos longos e negros como a noite sorri do seu trono. "Celeste, sem duvida!".

— Boa tarde Escolhidos, a que devo a honra de sua visita? — Ela sorri, ficando de pé e vindo em sua direção com sua roupa de couro com detalhes verdes.

— Boa tarde grande líder, somos os representantes da REDE de Rondônia. — Começo a falar, dando uma olhada em Carlos que continua.

— Viemos a pedido de Laélia, nos últimos meses nossos números de Escolhidos vem aumentando, os dons começaram a se repetir de alguma forma. Esta ficando cada vez mais difícil manter nosso segredo. — Meu amigo suspira.

— Achamos que chegou a hora de atravessarmos mais refugiados para viverem em Betha, lar dos Escolhidos e todos os outros grupos. — Eduarda coloca as mãos para trás.

— Sim, imaginei que seria isso mesmo que pediriam, mas vejam só, Jake, nossa Guerreira atravessadora, está morta, assim como Natália. Rayssa esta desaparecida desde a morte de suas amigas e não sabemos mais qual a localização do portal aqui no Brasil. — Celeste, suspira enquanto caminha pelo salão. — Nossos números vem crescendo de fato. Todas as REDE tem entrado em contato, infelizmente com o desaparecimento delas, não temos mais como fazer a travessia.

— Não existe outro jeito de atravessarmos? Não existe mais ninguém que possa indicar a localização? — Suspiro, aflita.

— Sim, existe, um de meus irmãos! — Celeste suspira. — O meu irmão, Canopus, o Sub-ancião do Tempo futuro.

— Como assim? — Carlos pergunta.

— Meu pai, Orion, era o Ancião da pedra do tempo. Quando eu nasci, não vim sozinha, mais duas crianças nasceram, meus irmãos gêmeos. Quando crescemos, fomos nomeados Sub-anciões do tempo. Canopus tem o dom do tempo-futuro, Cecília o dom do tempo-presente, e eu sou portadora do dom do tempo-passado. — Ela sorri. — Então, acho que meu irmão Canopus é o único que pode nos ajudar, porém...

— Porém... — Falamos todos juntos.

— Ele esta desaparecido, assim como Cecília. — Suspiro. — A REDE do Rio de Janeiro era gerenciada por Canopus e a REDE de Brasília era minha irmã Cecília.

— Então, parece que vamos ter que achar seu irmão! — Carlos sorri. Olha para ele assustada. — O que foi? Pelo que vi é isso que precisamos fazer. Vai ser isso ou ter superlotação em todas as REDE e um caos se erguer.

— Mas como vamos achar um cara especifico no meio de tanta gente? — Eduarda cerra os olhos.

— Tem um jeito! — Celeste sorri nos olhando esperançosa. — Nossos colares, eles são fragmentos do colar de nosso pai. Quando estão perto um do outro, eles brilham! Não é muita coisa, mas já ajuda.

— Ajuda mesmo! — Carlos sorri. — Mas, como é seu irmão?

— Parecido comigo, somos trigêmeos! — Celeste segura o riso. Carlos faz cara de tonto.

— Então, Camila pode ajudar ainda mais, rastreando seu irmão pelo sangue dele! — Eduarda sorri me olhando. Franzo o cenho. — É! Você consegue rastrear pessoas pelo sangue, se eles dois tem o mesmo tipo sanguineo e são gêmeos, fica ainda mais fácil!

— É verdade! — Celeste sorri.

— Tudo bem, vamos achar Canopus. — Sorrio olhando meus amigos.

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Caminho pela Paulista verificando a cada instante se o colar de Celeste está em meu bolso. Além de tentar rastrear seu irmão pelo sangue, que esta dentro do seu colar, ela nos disse que ele poderá nos ajudar em momentos de perigo. Caminho com meu salto pela calçada, tentando ficar menos nervosa com essa missão suicida.

— Gente, imagina a gente achar o cara e ele nos levar até Betha! Eu morria do coração! — Carlos saltita feliz. — Meu sonho é morar em um lugar utópico, onde todos tem o mesmo direito, onde ninguém é melhor que ninguém e todos vivem na santa paz dos Deuses. Imagina eu lá rodeado de bicha bonita sem preconceito!

— Sonho de qualquer um amigo! — Balanço a cabeça. — E o melhor, sem um futuro presidente tosco! — Rimos.

— Gente, olha isso! — Eduarda para na vitrine de uma loja e arregala os olhos.

Corremos até lá e vejo as matérias que estão por todos os lados. — A invasão alienígena começou? — Carlos franze o cenho. — Espera, olha! Não é Raiane?

— É sim, a professora da escola que fizemos o estagio! — Eduarda confirma. — Ela manipula água?

— Parece que sim, mas só uma pessoa na vida inteira poderia manipular água! — Olho os dois apreensiva.

— Ela é uma Guardiã! Ela tem a jóia de Ula! — Carlos quase grita. Chamando a atenção para nós.

— Cala boca! — Belisco sua costela. — Vem, precisamos sair daqui agora!

— Gente! — Eduarda aponta para um grupo mais na frente.

Vários homens gritam "Morte aos alienígenas!". Arregalo os olhos e me viro, mas do outro lado, mais gente grita as mesmas coisas. Carlos para na frente de outra televisão, anunciando que aqueles não são os únicos, que existem mais pessoas por ai com poderes especiais e são alienígenas também.

— Estamos fudidos! — Eduarda murmura apertando o punho.

— Vamos logo sair daqui! — Seguro na mão deles e começo a caminhar.

Mais a frente uma explosão chama nossa atenção. Pessoas começam a correr, mas não na direção oposta, na direção das chamas. Carlos some e aparece do nosso lado.

— Gente, é um Escolhido! Eles estão atacando ele! — Ele diz, desesperado.

— Como assim? — Eduarda pergunta.

— Ele foi descoberto, as pessoas vão matar ele! — Carlos começa a chorar.

— Precisamos ajudar ele! — Digo firme.

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⏰ Última atualização: Nov 12, 2018 ⏰

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