PRÓLOGO

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Egito. Região oposta à Luxor. Deir el- Bahari.
Descendo pela fenda que leva ao esconderijo de Deir el- Bahari. O homem franzino, que devia estar na casa dos quarenta, solta-se da corda, a lanterna iluminando as paredes antigas, cheias de inscrições. Ele sorriu, adentrando mais, havia anos trabalhava nessa tumba e a conhecia como a palma de sua mão, pelo menos as partes desbravadas até o momento.
Virou por um corredor que levava as escadas, desceu-as com cuidado, apesar de não ser o único dentro do esconderijo, sabia que as antigas paredes escondiam segredos milenares, e era por isso que se encontrava ali.
Seu chefe, o Sr. Patel, um jovem magnata indiano, investia pesado nas escavações. Após a descobertas de novas múmias escondidas na tumba, mais equipamento e pessoal foram contratados, e além dele mais vinte homens encontravam-se no local.
_ Senhor Ahmir!_ gritou um dos homens, ele usava um capacete.
O homem virou-se a ele de imediato, seu cenho enrugado:
_ Encontramos uma porta de calcário, cremos que seja o que o Sr. Patel está procurando.
Ahmir abriu passagem através de seus homens, caminhando até a fenda novamente, e chamou pela rádio.
_ Sr Patel, acho que encontramos.
O homem que se encontrava em uma das barracas, sorriu. Ele era alto, cabelo enrolado e sua pele estava mais queimada pelo sol do deserto, seus olhos castanhos escuros podiam ser confundidos com duas pérolas negras de tão escuras.
Ele saiu às pressas da barraca, colocando o equipamento necessário para descer pelo túnel. Ao chegar na fenda, estava ofegante quando parou diante da porta de calcário.
Patel analisou as inscrições na porta, suas mãos deslizaram pelas paredes, seus olhos brilharam, fascinado:
_ O senhor entende a inscrição?_ perguntou Ahmir.
Patel assentiu:
_ Mais ou menos_ ele as analisou com cuidado_, diz “Aqui dorme o filho de Amon-Rá”._ os olhos do indiano brilhavam na escuridão, era isso o que vinha procurando há anos.
_ Ahmir, prepare o equipamento, acho que fizemos uma grande descoberta.
Os homens empurraram a porta de calcário, com cuidado, as pedras rangeram e logo deslizaram. Ahmir era um experiente explorador, e não esperava pontes movediças, ou comportas falsas como nos filmes, sabia que a realidade que o esperava era diferente, talvez até mesmo monótona como a maior parte das descobertas anteriores. Quando os homens a empurram mais uma vez, elas se abriram e a poeira levantou.
Taj Patel pegou a lanterna, iluminando o local, a poeira era densa. E quando a luz iluminou o cômodo, um longo corredor foi descoberto. Haviam mais inscrições nas paredes, imagens de deuses e todo o ritual para o qual o ka (a alma) do defunto ali sepultado deveria percorrer ao além vida.
_ Senhor_ murmurou Ahmir_, devemos ser cautelosos, talvez apenas seja uma antecâmara, ou nem haja algo no fim deste corredor.
Patel deu de ombros, deixando o homem de lado, entendia o medo de Ahmir, mas naquele momento não havia nada que o aterrorizasse, nenhuma maldição ou pragas, ele seguiu adiante:
_ Procuro isto há anos, é um risco que pretendo correr._ ele suava, a câmara era apertada e havia pouco oxigênio.
O túnel o levou por uma escadaria e logo a sua frente viu uma porta de granito, as maçanetas amarradas com algo parecido a corda. Patel iluminou a parede e diante deles, fez-se a surpresa. O indiano sorriu, enquanto seus homens ajoelhavam-se abismados diante daquela maravilha, o desenho de Hórus e um disco solar ao seu lado, era algo que eles jamais haviam visto, era algo digno de deuses. Patel sorriu, seus olhos ficando mais escuros diante da descoberta. Agora, nada mais poderia detê-lo.




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Hola pessoal! Este é o minha primeira história do gênero e espero que gostem! Haverá muitos mistérios a serem desvendados e surpresas nos próximos capítulos! Espero realmente que gostem ❤️


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